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Pilõezinhos: uma cidade acolhedora

Pilõezinhos: uma cidade acolhedora

Clima aconchegante, boa comida e hospitalidade fazem qualquer turista se sentir em casa

O município Pilõezinhos, localizado na região de Guarabira, é uma das nove cidades que fazem parte da Rota Cultural Raízes do Brejo. A cidade atrai turistas de toda a Paraíba devido ao clima aconchegante do Brejo paraibano, gastronomia e turismo de aventura. O evento apresenta as peculiaridades de cada município com sua cultura, arte e culinária. Pilõezinhos, por exemplo, fica com a responsabilidade de encerrar o evento.

De acordo com o secretário de Finanças, Pádua Alves, o turismo gastronômico é um ponto forte na cidade.“Existem cinco restaurantes rurais que oferecem pratos da culinária raiz, sem falar na beleza de cada ambiente. Os pratos mais conhecidos são a galinha de capoeira, fava e buchada de bode”, disse Pádua, que também atua na área do turismo.

As estradas vicinais, belezas naturais e a geografia da região atraem inúmeros ciclistas, jipeiros, expedições e trilheiros que praticam o turismo de aventura. Outra beleza natural que apresenta potencial turístico é a Pedra do Juá, onde é possível enxergar seis cidades num raio de 40 quilômetros, apreciando o pôr do sol. Já a Pedra do Paraíso, localizada no sítio Alívio, vem recebendo visitantes, pois o local é favorável à prática de rapel em meio a mata e cavernas do complexo rochoso.

Na cidade, existem alguns casarões antigos que resistem ao tempo e à modernidade. Um dos mais conhecidos é o que pertenceu a Candido Moises, senhor que possuía quase toda zona urbana e rural de Pilõezinhos.

Situado à 109 quilômetros de João Pessoa, o município Pilõezinhos possui uma área territorial de 40.908 km² e uma população estimada de 4.937 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Era distrito de Guarabira até 27 de dezembro de 1963 – data da emancipação política- este ano, completará 59 anos de existência.

De acordo com o chefe de gabinete, Luan Azeredo, a cidade chegou a ter seis engenhos de cana-de-açúcar, que produziam tanto cachaça quanto rapadura; hoje possui apenas um engenho em atividade, o que produz a cachaça Mariana. O comércio é pouco desenvolvido devido à proximidade de Guarabira – cidade polo da região. A maior parcela da economia local gira em torno dos aposentados, funcionários públicos e ajuda governamental. No passado, Pilõezinhos ficou conhecida como a cidade dos fogueteiros. Comerciantes do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco vinham adquirir esses produtos. A tradição dos fogueteiros foi o tema escolhido na edição 2019, do Raízes do Brejo Cultural.

Um dos casarões antigos que resistem ao tempo e à modernidade é o que pertenceu a Candido Moises, senhor que possuía quase toda zona urbana e rural de Pilõezinhos

Situado a 109 quilômetros de João Pessoa e a seis minutos de Guarabira, Pilõezinhos possui uma área territorial de 40.908 km² e uma população estimada de 4.937 habitantes

Festa do padroeiro dura 10 dias do mês de janeiro

Considerado o santo protetor contra a peste, a fome e a guerra, São Sebastião é padroeiro da cidade por causa de uma promessa feita, há 166 anos. O morador Pedro Vieira prometeu rezar nove noites, caso o santo curasse a população da peste de cólera. A promessa deu certo. Para agradecer a graça, Pedro Vieira começou o primeiro novenário, em 1856, dedicado a São Sebastião, entre os dias 11 e 19 de janeiro – tradição centenária, que acontece até os dias de hoje.

A Festa de São Sebastião começa no dia 10 de janeiro, com uma grande carreata e encerra no dia 20 de janeiro. Cada noite da novena, os devotos saem em procissão de uma comunidade rural diferente e se dirigem à Igreja Matriz de São Sebastião, situada no centro da cidade. Ao final de cada novena, os fiéis assistem à queima de fogos.

Filhos ilustres? Pilõezinhos também tem os seus

Considerado como um dos maiores nomes da cantoria de todos os tempos, o poeta, repentista e cantador, Sebastião da Silva começou a cantar, no final dos anos 50. Segundo informações do site Paraíba Criativa, passou 31 anos de sua carreira trabalhando em dupla com o poeta Moacir Laurentino, com quem conseguiu mais de 200 primeiros lugares em festivais por todo o Brasil. Em 2015, o cantador sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que o deixou sem fala, mas sua história e suas canções nunca serão apagadas da memória.

Uma de suas canções mais marcantes “Criança morta”, em homenagem a Edinete, encontrada morta por falta de comida e água após se perder, na Serra dos Bois, em Riacho dos Cavalos- PB.

O poeta, carpinteiro e xilógrafo, José Camelo de Melo Resende, nasceu em 20 de abril de 1885 e faleceu na cidade de Rio Tinto, em 28 de outubro de 1964. Segundo informações, do site Memórias da Poesia Popular, o artista começou a versar romances, por volta de 1923, mas não escrevia suas composições; guardava-as na memória para cantá-las.

No fim de 1920, fugiupara o Rio Grande do Norte. Nessa época, João Melquíades Ferreira, publicou, na Paraíba, em seu nome, o romance Pavão Misterioso. Apesar de José Melo ter consigo provar a autoria, o caso gerou polêmica por muitos anos. Pavão misterioso tornou-se um dos maiores sucessos da literatura de cordel, sendo reeditado inúmeras vezes, além de inspirar peças de teatro, canção, novela de televisão e filme de animação. O grande líder das Ligas Camponesas, João Pedro Teixeira, também nasceu em Pilõezinhos, mas se mudou ainda criança para Sapé.