Glossário Ecológico
Abiótico – é o componente não vivo do meio ambiente. Inclui as condições físicas e químicas do meio.
Absorção: (i) processo pelo qual uma substância é introduzida até o interior dos vegetais, animais ou minerais. (ii) processo físico, no qual um material coleta e retém outro, com a finalidade de uma mistura; a absorção pode ser acompanhada de reação química.
Abundância: termo que indica o número de indivíduos presentes num biótopo ou numa área determinada; possui relação com os termos “densidade” e “dominância”.
Aceiro – prática utilizada por bombeiros e agricultores no combate e prevenção de incêndios florestais. Consiste numa faixa de terra aberta em volta da área que está sendo queimada ou que se quer proteger, mantida livre de vegetação, com capina ou poda, a qual impede a invasão do fogo.
Acondicionamento: ato ou efeito de embalar os resíduos sólidos.
Adubo verde – vegetal incorporado ao solo com a finalidade de adicionar matéria orgânica que vai se transformar, parcilmente, em húmus, bem como em nutrientes para a planta. Os adubos verdes podem consistir de ervas, gramíneas, leguminosas, etc.
Aeróbio: organismo para o qual a presença de oxigênio é indispensável à sua sobrevivência.
Afótica: zona aquática não atingida pela luz solar, com intensidade suficiente para ser percebida pelo olho humano, ou onde não há fotossíntese.
Agente etiológico: substância, cuja presença ou ausência pode iniciar ou perpetuar um processo mórbido; pode ser nutricional, física, química ou parasítica.
Agente fitotóxico: substância capaz de produzir danos aos vegetais.
Agente infeccioso: bactéria, protozoário, fungo, vírus ou helminto(verme), capaz de produzir infecção que, em circunstâncias favoráveis, no que se refere ao hospedeiro e ao meio ambiente, pode causar doença infecciosa. sin agente etiológico animado.
Agente mutagênico: substância ou radiação que provoca alterações genéticas nos organismos vivos, as quais podem ser transmitidas para gerações subseqüentes.
Agroindústrias: indústrias manufatureiras que utilizam como matéria prima, principalmente, os produtos agrícolas vegetais, animais ou florestais. . Água meteórica: o mesmo que água de chuva.
Algas: plantas primitivas, uni ou pluri celulares, usualmente aquáticas e capazes de elaborar seus alimentos pela fotossíntese. Podem também ser heterótrofos ou até parasitas (no caso das formas despigmentadas).
Alóctone: material, substância, elemento ou ser vivo introduzido em determinado ecossistema e originário de outro sistema. sin autóctone.
Alto montano: relativo aos ambientes situados em altitudes acima de 1500 metros.
Anaeróbio: organismo capaz de viver anoxicamente, isto é, na ausência de oxigênio livre gasoso ou dissolvido.
Análise ambiental: processo que conduz ao conhecimento dos impactos ambientais nos meios abiótico, biótico e antrópico, e avalia suas conseqüências, antes da implantação das atividades. ver impacto ambiental.
Anóxico: ambiente sem oxigênio.
Antrópico – resultado das atividades humanas no meio ambiente.
Antropocentrismo: doutrina que considera a espécie humana o centro do universo, fazendo com que todas as questões, incluindo a administração ambiental, sejam equacionadas em função do atendimento exclusivo dos valores humanos.
Antropogênico: resultado dos impactos da atividade humana na qualidade ambiental.
Aqüicultura: criação em ambiente confinado de seres vivos(animais ou plantas) que têm na água seu principal ou mais freqüente ambiente de vida, com a finalidade de exploração comercial e produção de alimentos. A aqüicultura abrange não apenas os organismos estritamente aquáticos, mas também anfíbios e répteis.
Área basal: (i)área da secção transversal de um tronco(de árvores e arbustos), a uma determinada altura do chão ou a uma determinada distância ao longo do tronco quando este está inclinado ou curvado.(ii)área expressa em m² que uma ou um grupo de árvores ocupa no terreno.
Área de Proteção Ambiental (APA) – categoria de unidade de conservação cujo objetivo é conservar a diversidade de ambientes, de espécies, de processos naturais e do patrimônio natural, visando a melhoria da qualidade de vida, através da manutenção das atividades sócio-econômicas da região. Esta proposta deve envolver, necessariamente, um trabalho de gestão integrada com participação do Poder Público e dos diversos setores da comunidade. Pública ou privada, é determinada por decreto federal, estadual ou municipal, para que nela seja discriminado o uso do solo e evitada a degradação dos ecossistemas sob interferência humana
Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) – é declarada por ato do Poder Público e possui características extraordinárias ou abriga exemplares raros da biota regional, com, preferencialmente, superfície inferior a cinco mil hectares.
Áreas de preservação permanente: aquelas em que as florestas e demais formas de vegetação natural existentes não podem sofrer qualquer tipo de degradação. ver reserva biológica.
Áreas de relevante interesse ecológico (ARIE): (i)áreas que possuam características naturais extraordinárias ou abriguem exemplares raros da biota regional, exigindo cuidados especiais de proteção por parte do Poder Público.(ii)áreas de até 5000 ha com pouca ou nenhuma ocupação humana que abrigue características naturais extraordinárias e/ou exemplares raros da biota regional.
Áreas especiais de interesse turístico (AEIT): (i)trechos do território nacional, inclusive suas águas territoriais, a serem preservados e valorizados no sentido cultural e natural, destinados à realização de planos e projetos de desenvolvimento turístico e que assim forem instituídos na forma da legislação em vigor. (ii) áreas com bens históricos culturais artísticos ou naturais de importância para as atividades recreativas e turísticas, sobre as quais se estabelece diretrizes de uso e ocupação.
Arrasto – atividade de pesca em que a rede é lançada e o barco permanece em movimento. É uma prática considerada predatória quando a malha das redes é pequena, fora dos padrões fixados pelo IBAMA, pois nestes casos há captura de peixes e outros organismos aquáticos jovens. Outro prejuízo causado pelo arrasto é o revolvimento do fundo do mar, o que prejudica sensivelmente o ambiente e a fauna bentônica (que vive no fundo).
Assentamento humano: estabelecimento de conglomerado demográfico, com o conjunto de seus sistemas de convivência, em área fisicamente localizada, considerando dentro da mesma os elementos naturais e as obras materiais que a integram.
Associação: (i)grupo de populações vivendo em um determinado espaço e onde ocorrem inter-relações ou relações funcionais definidas. (ii)grupos de plantas, com características bem definidas, que vivem numa área, onde as condições ambientais são geralmente uniformes.(iii)comunidade vegetal de definida composição, freqüentemente conhecida pela(s) espécie(s) dominante(s).
Assoreamento – processo em que lagos, rios, baías e estuários vão sendo aterrados pelos solos e outros sedimentos neles depositados pelas águas das enxurradas, ou por outros processos.
Aterro controlado – aterro para lixo residencial urbano, onde os resíduos são depositados recebendo depois uma camada de terra por cima. Na impossibilidade de se proceder a reciclagem do lixo, pela compostagem acelerada ou pela compostagem a céu aberto, as normas sanitárias e ambientais recomendam a adoção de aterro sanitário e não do controlado.
Aterro sanitário – aterro para lixo residencial urbano com pré-requisitos de ordem sanitária e ambiental. Deve ser construído de acordo com técnicas definidas, como: impermeabilização do solo para que o chorume não atinja os lençóis freáticos, contaminando as águas; sistema de drenagem para chorume, que deve ser retirado do aterro sanitário e depositado em lagoa próxima que tenha essa finalidade específica, vedada ao público; sistema de drenagem de tubos para os gases, principalmente o gás carbônico, o gás metano e o gás sulfídrico, pois, se isso não for feito, o terreno fica sujeito a explosões e deslizamentos.
Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos: técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à segurança , minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uima camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessários.
Auditoria ambiental: avaliação regular e sistemática, documentada e objetiva da organização, gerência, equipamentos do ciclo de vida do(s) produto(s) em relação as leis, decretos, regulamentos, normas técnicas e ao conjunto de processos e operações que disciplinam ou produzem a qualidade ambiental.
Autóctone: material, substância, elemento ou ser vivo encontrado e nativo em determinado ecossistema. sin alóctone.
Autótrofo: organismo que sintetiza seu alimento orgânico, formando seus próprios tecidos e realizando suas funções vitais, em vez de consumi-lo do próprio meio. Pode ser fotossintetizante (o que usa energia luminosa no processo de síntese) ou quimiossintetizante (o que emprega energia obtida em reação de oxiredução de sustâncias minerais).
Autótrofos – seres vivos, como as plantas, que produzem seus próprios alimentos à custa de energia solar, do CO2 do ar e da água do solo. Palavra originada do grego autos = próprio + trophos = nutrir.
Avaliação do Ciclo de Vida ( de produto): envolve o exame dos impactos ambientais benéficos ou adversos, diretos ou indiretos, ocasionados no ambiente por um produto, envolvendo as suas matérias primas, os processos de pré-produção, produção, a embalagem que o condiciona, o transporte,reutilização e eliminação.
Aves de arribação: qualquer espécie de ave que migre periodicamente.
Aviamento: termo utilizado na exploração da madeira na Amazônia, servindo para designar a forma de antecipação de crédito na relação capital-trabalho.
Avifauna – conjunto das espécies de aves que vivem numa determinada região.
Bacia hidrográfica – conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. A noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d’água, cursos d’água principais, afluentes, subafluentes, etc. Em todas as bacias hidrográficas deve existir uma hierarquização na rede hídrica e a água se escoa normalmente dos pontos mais altos para os mais baixos. O conceito de bacia hidrográfica deve incluir também noção de dinamismo, por causa das modificações que ocorrem nas linhas divisórias de água sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou diminuindo a área da bacia.
Banco de germoplasma – o mesmo que banco genético. Expressão genética para designar uma área de preservação biológica com grande variabilidade genética. Por extensão, qualquer área reservada para a multiplicação de plantas a partir de um banco de sementes ou de mudas, ou laboratório onde se conserva, por vários anos, sementes ou genes diferentes.
Bentos – conjunto de seres vivos que vivem restritos ao fundo de rios, lagos, lagos ou oceanos.
Bhopal – cidade central da Índia onde ocorreu um vazamento de químicos de uma fábrica de agrotóxicos, matando mais de mil pessoas. Ainda hoje continuam morrendo pessoas que foram atingidas pelo pesticida.
Biocenose: comunidade de seres vivos num ecossistema.
Biodegradação: (i)redução de uma substância a constituintes mais simples e menos prejudiciais como dióxido de carbono, água ou elementos individuais pela ação de organismos vivos. (ii)destruição ou mineralização de matéria orgânica natural ou sintética, por microrganismos existentes no solo, água natural ou em um sistema de tratamento de água residuária.
Biodiversidade: (i)soma da heterogeneidade de todas as plantas, animais, fungos e microrganismos de uma área particular, incluindo as suas variações individuais e as interações entre elas. (ii)variedade de indivíduos, comunidades, populações, espécies e ecossistemas existentes em uma determinada região.
Bioensaio: procedimentos para avaliar a resposta biológica de determinada substância química ou poluentes sobre organismos vivos e em condições padronizadas.
Biogás – mistura de gases cuja composição depende da forma como foi obtida. De modo geral sua composição é variável e é expressa em função dos componentes que aparecem em maior proporção. Assim o biogás pode conter 50 a 70% de metano (CH4), 50 a 30% de gás carbônico e traços de gás sulfídrico (H2 S). Pode ser obtido partindo-se de diversos tipos de materiais, tais como resíduos de materiais agrícolas, lixo,, vinhaça, casca de arroz, esgoto, etc. Nos digestores, pelo processo da fermentação anaeróbica (digestão) através de uma seqüência de reações que termina com a produção de gases como o metano e o carbônico.
Biogeocenose: o mesmo que ecossistema.
Bioindicador: (i)organismo vivo que identifica condições ambientais especiais. Por exemplo: a presença do grupo coliforme identifica a contaminação da água por material fecal. (ii)ser vivo utilizado em bioensaios, para determinação do efeito biológico de alguma substância, fator ou condição.
Bioma – amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de vegetação, com diferentes tipos climáticos. É o conjunto de condições ecológicas de ordem climática e características de vegetação: o grande ecossistema com fauna, flora e clima próprios. Os principais biomas mundiais são: tundra, taiga, floresta temperada caducifólia, floresta tropical chuvosa, savana, oceano e água doce.
Biomassa – quantidade de matéria orgânica presente num dado momento numa determinada área, e que pode ser expressa em peso, volume, área ou número.
Biosfera – sistema único formado pela atmosfera (troposfera), crosta terrestre (litosfera), água (hidrosfera) e mais todas as formas de vida. É o conjunto de todos os ecossistemas do planeta.
Biota: conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, em estreita correspondência com as características físicas,químicas e biológicas do ambiente.
Biótico – é o componente vivo do meio ambiente. Inclui a fauna, flora, vírus, bactérias, etc.
Biótipo: conjunto de características fundamentais comuns ou semelhantes, de grupos de indivíduos.
Borda de tabuleiro ou chapada: locais onde tais formações topográficas terminam por declive abrupto, com inclinação superior a 100% ou 45* (quarenta e cinco graus).
Briófita: (i)vegetal de pequenas dimensões, sem canais internos condutores de seiva,como os musgos.(ii)plantas terrestres sem sistema vascular.
Buraco da camada de ozônio: abertura resultante da redução da camada de ozônio na estratosfera, constatada entre setembro e novembro de 1989 na Antártida e que tem sido motivo de alarme. Essa camada é essencial à preservação da vida do planeta, porque filtra os raios ultravioleta do sol, motíferos às células. Observações recentes mostram que o buraco tem se estendido até o extremo sul da América do Sul e à Nova Zelândia
Cadeia alimentar: sistema no qual se processa a transferência de energia de organismos vegetais para uma série de organismos animais, por intermédio da alimentação, e através de reações bioquímicas; cada elo alimenta-se do organismo precedente e, por sua vez sustenta o seguinte. comparar com nível trófico.
Cadeia trófica: o mesmo que cadeia alimentar.
Camada de ozônio: camada de gás o3, situada a 30 ou 40 km de altura, atua como um verdadeiro escudo de proteção, filtrando os raios ultravioleta emitidos pelo sol. Gases nitrogenados emitidos por aviões e automóveis, assim como o CFC (clorofluorcarbono) têm efeito destrutivo sobre a camada de ozônio. O preço desta destruição é o aumento da radiação ultravioleta, o que provoca uma maior taxa de mutações nos seres vivos, acarretando, por exemplo, maior incidência de câncer no homem. Além disso é muito provável a ocorrência de distúrbios na formação de proteínas vegetais, com comprometimento do crescimento das plantas e a redução das safras agrícolas.Admite-se que o clima sofra transformações, principalmente com o aquecimento da superfície do planeta.
Caméfita: (i) plantas lenhosas ou herbáceas perenes, com mais de 20 cm de altura ou quando mais altas com os ramos morrendo periodicamente. Exemplo: inúmeras ervas e subarbustos dos campos, cerrados e brejos temporários, plantas com estolhos ou ramos prostados.(ii)plantas sublenhosas e/ou ervas com gemas e brotos de crescimento situados acima do solo, atingindo até 1 m de altura e protegidos durante o período desfavorável, ora por catáfilos, ora por folhas verticiladas ao nível do solo, ocorrendo preferencialmente nas áreas campestres pantanosas.
Campinarana: os termos Campinarana e Campina são sinônimos e significam falso campo e são utilizados para identificar região ecológica do Alto Rio Negro.
Capacidade de carga: (i) capacidade de um território ou meio de suportar determinada intensidade de uso. comparar com capacidade de sustentação.
Capacidade de suporte: o mesmo que capacidade de sustentação.
Capacidade de sustentação: (i) o número máximo de exemplares, de uma espécie da fauna silvestre, que pode ser sustentada numa determinada área de um terreno na condição mais crítica possível. (ii) capacidade de um ecossistema suportar organismos saudáveis e, ao mesmo tempo, manter sua produtividade, adaptalidade e capacidade de renovação. sin capacidade de suporte.
Carcinogênicos: substâncias químicas que causam câncer ou que promovem o crescimento de tumores iniciados anteriormente por outras substâncias. Há casos em que o câncer aparece nos filhos de mães expostas a estas substâncias. Algumas substâncias são carcinogênicas a baixos níveis, como a dioxina, e outras reagem com mais vigor. A maioria das substâncias carcinogênicas é também mutagênica e teratogênica.
Carga orgânica: quantidade de oxigênio necessária à oxidação bioquímica da massa de matéria orgânica que é lançada ao corpo receptor, na unidade de tempo. Geralmente, é expressa em toneladas de DBO por dia.
Carga poluidora admissível: carga poluidora que não afeta significativamente as condições ecológicas ou sanitárias de um corpo de água, ou seja, a carga aceitável dentro dos limites previstos para os diversos parâmetros de qualidade de água.
Carga poluidora: quantidade de material carregado por um corpo de água que exerce efeito danoso em determinados usos da água.
Catáfilo: folhas geralmente incolores e carnosas que cobrem os bulbos(escamosas e tonificadas) e que protegem as gemas auxiliares de muitas plantas. Exemplo : jacarandá
Césio 137: trata-se de um elemento químico que se caracteriza como um pó azul brilhante, altamente radiativo, que provoca queimaduras, vômitos e diarréia até a morte. Cientificamente, o césio 137 é um radioisótopo usado no tratamento do câncer e em processos industriais como fonte de calibração de instrumentos e de medição de radiatividade. O organismo humano necessita de 110 dias para eliminá-lo. Atualmente é substituído pelo cobalto. O césio 137 tornou-se famoso no Brasil a partir do ocorrido em Goiânia-GO, em setembro de 1987: um homem acha um cilindro de ferro e chumbo e o vende a um ferro velho, onde é quebrado. Dentro está uma cápsula de césio, a qual é imediatamente liberada. Em decorrência, 22 pessoas morrem e mais uma centena fica aleijada. O lixo altamente tóxico desse acidente foi colocado em barris lacrados a céu aberto no estado de Goiás.
Cespitosa: vegetação que cresce formando tufo ou touceira.
Chorume: resíduo líquido proveniente de resíduos sólidos (lixo), particularmente quando dispostos no solo, como por exemplo, nos aterros sanitários. Resulta principalmente de água de chuva que se infiltra e da decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos. É altamente poluidor.
Chuva ácida: resulta na dissolução de poluentes concentrados na atmosfera, tais como óxidos de nitrogênio ou dióxido de enxofre no vapor de água no ciclo hidrológico, resultando na precipitação de água, na forma de chuva, neve ou vapor com pH inferior a 5,6. O grau de impacto da chuva ácida no meio está relacionada aos seguintes fatores: concentração de contaminantes na atmosfera, altura e precipitação, ventos e a capacidade do solo em neutralizar ou diminuir os efeitos dos poluentes.
Ciclo de corte: corresponde à quantidade de anos necessários para que as arvores passem do estágio de co-dominantes para o estágio de dominantes. Na Amazônia o ciclo de corte está estimado entre 20 a 25 anos.
Ciclo de Vida ( de produto): significa todas as etapas da formação de um produto envolvendo as caracteísticas das matérias primas que o integram, sua produção, distribuição, reutilização ou eliminação no ambiente.
Ciclo vital: compreende o nascimento, o crescimento, a maturidade, a velhice e a morte dos organismos.
Clímax climático: vegetação que se mostra equilibrada dentro do clima regional, como por exemplo: Floresta Ombrófila Densa Amazônica, Floresta Atlântica e outros.
Clímax endáfico: vegetação que se mostra equilibrada dentro de uma situação pedológica uniforme regional, como por exemplo; campinarana, que ocupa áreas na bacia do Alto Rio Negro.
Clímax: comunidade biótica, final ou estável em sua série evolutiva e em equilíbrio com o habitat físico.
Clorofila: pigmento existente nos vegetais, de estrutura química semelhante à hemoglobina do sangue dos mamíferos, solúvel em solventes orgânicos.Capta a energia solar para realização da fotossíntese.
Cobertura morta: camada natural de resíduos de plantas espalhadas sobrea a superfície do solo, para reter a umidade, protegê-lo da insolação e do impacto das chuvas.
Código Florestal: código instituído pela Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 em cujo artigo 1º está previsto que as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do país.
Complexidade estrutural: grupo ou conjunto de espécies ocorrentes em uma floresta, cujos indivíduos interagem imprimindo características próprias a mesma em virtude de distribuição e abundância de espécies, formação de extratos, diversidade biológica.
Compostagem: técnica de elaborar mistura fermentada de restos de seres vivos, muita rica em húmus e microorganismos, que serva para, uma vez aplicada ao solo, melhorar a sua fertilidade.
Comunidade edáfica: conjunto de populações vegetais dependentes de determinado tipo de solo.
Comunidade florística: termo empregado para designar um conjunto populacional com unidade florística de aparência relativamente uniforme, carcterizada como uma subdivisão de subformação, com área espacial conhecida.
Comunidade: conjunto de populações concorrentes e que usualmente interagem de forma organizada. ver biocenose.
Concentração de poluentes: quantidade total de poluentes contidos em uma unidade de volume ou massa; no caso do ar, esta quantidade total é a uma dada temperatura e pressão. A concentração de poluentes é normalmente expressa em massa, volume ou número de partículas (no caso do ar) por unidade de volume ou massa.
Conservação da natureza: uso ecológico dos recursos naturais, com o fim de assegurar uma produção contínua dos recursos renováveis e impedir o esbanjamento dos recursos não renováveis, para manter o volume e a qualidade em níveis adequados, de modo a atender às necessidades de toda a população e das gerações futuras.
Conservação do solo: conjunto de métodos de manejo do solo que, em função de sua capacidade de uso, estabelece a utilização adequado do solo, a recuperação de suas áreas degradadas e mesmo a sua preservação.
Conservação: (i)desenvolvimento de ações de proteção dos recursos naturais para determinado uso.(ii)sistema flexível ou conjunto de diretrizes planejadas para o manejo e utilização sustentada dos recursos naturais, a um nível ótimo de rendimento e preservação da diversidade biológica.(iii)uso racional de qualquer recurso da natureza através de medidas que assegurem a sua renovação ou auto-sustentação, podendo ser efetuado a utilização econômica dos recursos naturais.(iv)consiste na gestão do uso dos recursos da biosfera pelo ser humano, de forma que produza o maior benefício sustentado para as gerações atuais, mas que mantenha sua potencialidade para satisfazer as necessidade e as aspirações das gerações futuras. ver manejo, desenvolvimento sustentável.
Contaminação: introdução no meio ambiente (água, ar, solo ou alimentos) de organismos patogênicos, de substâncias tóxicas ou radioativas em concentrações nocivas à saúde dos seres humanos. É um caso particular de poluição.
Criptófitas: plantas perenes, herbáceas, com a parte principal do sistema caulinar reduzida a bulbo, cormo e rizoma, com as gemas abaixo da superfície do solo. Podem-se distinguir aqui as geófitas (criptófitas terrestres) e as hidrófitas fixas (plantas aquáticas com gemas escondidas no fundo da massa líquida ou enterradas no lodo) e as helófitas (plantas de brejo com genmas enterradas).
Critérios de qualidade da água: nível de contaminantes que afeta a vida dos ambientes aquáticos e a adequabilidade da água para determinado uso.
Critérios de qualidade do ar ambiente: (i)critério estabelecido em função do conhecimento científico sobre as relações entre várias concentrações de poluentes do ar e seus efeitos adversos. (ii)nível de poluentes prescritos para o ar e que não pode ser excedido durante determinado período de tempo, em uma dada área geográfica.
Critérios de qualidade: síntese do conhecimento científico, à luz dos dados toxicológicos disponíveis, das diversas concentrações das substâncias químicas na água, ar ou alimentos e seus efeitos adversos à saúde do seres humanos e aos ecossistemas.
Critérios de qualidade: síntese do conhecimento científico, à luz dos dados toxicológicos disponíveis, das diversas concentrações das substâncias químicas na água, ar, solo ou alimentos e seus efeitos à saúde dos seres humanos e aos ecossistemas.
Danos por poluição: todas as manifestações que perturbam ou afetam os fatores de equilíbrio que condicionam a vida, bem como danos materiais a objetos e instalações situadas no local. Também são considerados os prejuízos econômicos e financeiros a terceiros, como ao turismo, indústria e outros.
Dano ambiental – qualquer alteração provocada por intervenção antrópica.
DDT – iniciais do nome químico “dicloro-difenil-tricloroetano”, inseticida orgânico de síntese, empregado em forma de pó, em fervura ou em aerossol, contra insetos. O DDT se bioacumula na cadeia alimentar, sendo considerado uma substância potencialmente cancerígena.
Decídua: comunidade vegetal que perde as folhas sazonalmente.
Decompositores – organismos que transformam a matéria orgânica morta em matéria inorgânica simples, passível de ser reutilizada pelo mundo vivo. Compreendem a maioria dos fungos e das bactérias. O mesmo que saprófitas.
Degradação ambiental: termo usado para designar alterações adversas, resultantes da atividade humana no ambiente e que podem causar desequilíbrio e destruição, parcial ou total, dos ecossistemas.
Demografia: estudo estatístico do tamanho da população humana, crescimento, densidade e distribuição etária.
Desenvolvimento sustentável: (i)processo de melhora nas condições de vida das comunidades humanas que respeite, ao mesmo tempo, os limites de capacidade de renovação dos ecossistemas, ou seja, a sua natural regeneração. (ii)processo de mudança em que o uso dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais concretizam o potencial de atendimento das necessidades humanas do presente e do futuro. (iii) conjunto de esforços para integrar procedimentos ambientalmente saudáveis no crescimento econômico, enfatizando a conservação dos recursos naturais. ver conservação.
Desenvolvimento: aumento da capacidade de atendimento das necessidades materiais dos seres humanos e melhoria da qualidade da vida.
Desertificação – opõe-se à biologização, indicando redução de processos vitais nos ambientes. Tem sido usado para especificar a expansão de áreas desérticas em países de clima quente e seco. Há fortes evidências de que resultam, em muitos casos, das formas antibiologizantes desenvolvidas pelas atividades humanas. Implica portanto, na redução das condições agrícolas do planeta. Milhares de hectares de terras produtivas são transformadas em zonas irrecuperáveis anualmente no mundo. Para tanto, contribuem o desmatamento, o uso de tecnologias agropecuárias inadequadas e as queimadas.
Diagnóstico ambiental: consiste no conhecimento e na interpretação da interação e dinâmica do estado ambiental numa determinada área, relacionado-os aos fatores abióticos, bióticos e antrópicos.
Distribuição diamétrica: maneira como se apresentam os diâmetros dos troncos medidos a 1,30 metros do solo(DAP).
Distrófico: (i)solo de baixa fertilidade. (ii)descreve uma água rica em matéria húmica resultante da degradação da biota vegetal e freqüentemente de cor escura.
Diversidade genética: variação entre indivíduos de uma mesma espécie.
Diversidade: a pluralidade das espécies representativas numa dada área.
Dominância de espécies: grau em que determinadas espécies dominam em uma comunidade, devido ao tamanho, abundância ou cobertura, e que afeta as potencialidades das demais espécies.
Dossel: parte formada pela copa das árvores que compõe o estrato superior da floresta.
Ecobatímetro: instrumento para determinar a profundidade da água em um rio pela medida do tempo decorrido entre a emissão do sinal sonoro e o retorno do seu eco, após reflexão no fundo. sin eco-sonda
Ecodesenvolvimento – visão moderna do desenvolvimento consorciado com o manejo dos ecossistemas, procurando utilizar os conhecimentos já existentes na região, no âmbito cultural, biológico, ambiental, social e político, evitando-se assim a agressão ao meio ambiente.
Ecologia – ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o ambiente físico. Palavra originado do grego: oikos = casa, moradia + logos = estudo.
Ecologia humana: divisão da ecologia que considera as relações dos indivíduos e de comunidades humanas com o seu ambiente particular, a nível fisiográfico, ecológico e social.
Ecologia urbana: estudo do ecossistema urbano.
Ecologia vegetal: ou fitoecologia, é o ramo da ecologia que enfatiza as relações entre vegetais e o ambiente ou entre as diferentes espécies de uma comunidade sem referência ao ambiente.
Ecologia: ciência que trata das inter – relações dos seres vivos com o seu ambiente.
Ecossistema – conjunto integrado de fatores físicos, químicos e bióticos, que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaço de dimensões variáveis. Também pode ser uma unidade ecológica constituída pela reunião do meio abiótico (componentes não-vivos) com a comunidade, no qual ocorre intercâmbio de matéria e energia. O ecossistemas são as pequenas unidades funcionais da vida.
Ecossistema: ou sistema ecológico, é qualquer unidade que inclua todos os organismos em uma determinada área, interagindo com o ambiente físico, de tal forma que um fluxo de energia leve a uma estrutura trófica definida, diversidade biológica e reciclagem de materiais (troca de materiais entre componentes vivos). O ecossistema é a unidade básica da ecologia, constituído pelo ecótopo mais a biocenose.
Ecótipo – raças de uma mesma espécie que diferem unicamente em alguns caracteres morfológicos e que se encontram adaptadas às condições locais.
Ecótipo: (i) conjunto de indivíduos de uma comunidade com um mesmo padrão genotípico. (ii) raças de uma mesma espécie que diferem unicamente em alguns caracteres morfológicos e que se encontram adaptadas às condições locais.
Ecótono: zona de contato ou transição entre duas formações vegetais com carcacterísticas distintas.
Ecótopo – determinado tipo de habitat dentro de uma área geográfica ampla.
Ecótopo: (i)meio ambiente de um ecossistema. (ii)conjunto de habitats em que uma determinada espécie vive. ver biótopo e habitat.
Ecoturismo – também conhecido como turismo ecológico é a atividade de lazer em que o homem busca, por necessidade e por direito, a revitalização da capacidade interativa e do prazer lúdico nas relações com a natureza. É o segmento da atividade turística que desenvolve o turismo de lazer, esportivo e educacional em áreas naturais utilizando, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação, promovendo a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente e garantindo o bem-estar das populações envolvidas.
Ecoturismo: variante do turismo convencional destinada a aprofundar os conhecimentos e aprimorar a sensibilidade dos seres humanos na defesa das belezas cênicas, da vida selvagem e dos recursos naturais, bem como contribuir para a redução dos impactos culturais entre as diversas comunidades antrópicas de uma determinada região.
Edafológia: é a ciência que estuda os solos. Esta ciência, como tal, compreende todos os métodos para o estudo do solo, suas propriedades e sua classificação.
Edema: presença anormal de quantidades de água nos espaços dos tecidos intercelulares.
EDTA: abreviação do sal de sódio do ácido etilnodiamina tetra-acético.
Educação ambiental – conjunto de ações educativas voltadas para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas, considerando efeitos da relação do homem com o meio, a determinação social e a variação/evolução histórica dessa relação. Visa preparar o indivíduo para integrar-se criticamente ao meio, questionando a sociedade junto à sua tecnologia, seus valores e até o seu cotidiano de consumo, de maneira a ampliar a sua visão de mundo numa perspectiva de integração do homem com a natureza.
Efeito ambiental: resultado das ações positivas ou negativas, diretas ou indiretas no ambiente, ocasionadas pelas atividades antropogênicas.
Efeito chaminé: fenômeno que consiste na movimentação vertical de uma massa gasosa localizada ou de fluxo de gases devido à diferença de temperatura ou pressão com o meio.
Efeito cumulativo – fenômeno que ocorre com inseticidas e compostos
Efeito estufa – fenômeno que ocorre quando gases, como o dióxido ce carbono entre outros, atuando como as paredes de vidro de uma estufa, aprisionam o calor na atmosfera da Terra, impedindo sua passagem de volta para a estratosfera. O efeito estufa funciona em escala planetária e o fenômeno pode ser observado, como exemplo, em um carro exposto ao sol e com as janelas fechadas. Os raios solares atravessam o vidro do carro provocando o aquecimento de seu interior, que acaba “guardado” dentro do veículo, porque os vidros retém os raios infravermelhos. No caso específico da atmosfera terrestre, gases como o CFC, o metano e o gás carbônico funcionam como se fossem o vidro de um carro. A luz do sol passa por eles, aquece a superfície do planeta, mas parte do calor que deveria ser devolvida à atmosfera fica presa, acarretando o aumento térmico do ambiente. Acontecendo em todo o planeta, seria capaz de promover o degelo parcial das calotas polares, com a consequente elevação do nível dos mares e a inundação dos litorais.
Efeito estufa: denominação dada ao aumento da temperatura superficial da terra, numa escala global, decorrente do acréscimo das concentrações atmosféricas de gases com características de serem fortes absorvedores de energia, na faixa de radiação infravermelha e fracos absorvedores, no espectro visível. Os principais gases a contribuir com o efeito estufa são o dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e os clorofluorcarbono. Estudos realizados induzem a conclusão de que, 50% a 60% da responsabilidade pelo efeito estufa no Planeta é provocada pela alta concentração de dióxido de carbono( das quais 40% a 50% provenientes de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo e 10% a 15% pela biomassa florestal.
Efeito fotoelétrico: processo em que um fotón retira elétron de um átomo, após lhe transmitir toda a sua energia.
Efeito genéticos das radiações: trocas hereditárias, principalmente mutações, produzidas pela absorção de radiações ionizantes.
Efeito ilha de calor: características meteorológicas de determinada área urbana ou industrial que a distinguem de áreas vizinhas. Em tais áreas geralmente ocorrem temperaturas mais altas, perfis térmicos noturnos menos estáveis junto à superfície do solo, umidades do solo, umidades relativas comparativamente mais baixas, maior nebulosidade, neblina mais freqüente, menor radiação incidente, velocidade de vento mais baixas e maior precipitação pluviométrica.
Efeito isotópico: efeito proveniente da diferença de massa entre os isótopos de um elemento, importante nas medidas de velocidade das reações químicas ou nos equilíbrios químicos.
Efeito Tyndall: propriedades das partículas microscópicas de difratarem a luz visível.
Eficiência de tratamento: porcentagem de redução de parâmetro ou parâmetros de carga poluidora no efluente, em relação ao afluente.
Efluente estável: despejo tratado, que contém oxigênio suficiente para satisfazer sua demanda de oxigênio.
Efluente recirculado: em geral, o efluente final de uma estação de tratamento biológico que retorna ao início do processo.
Efluentes gasosos: termo impropriamente utilizado para designar emissões atmosféricas.
Ejetor: equipamento que usa um fluído sob pressão, como vapor, ar ou água, para mover outro fluído desenvolvendo sucção. A sucção é obtida passsando-se o fluido sobre pressão através de um venturi.
Eletrólise: decomposição de uma substância química pela corrente elétrica.
Eletro-osmose: escoamento através de um meio poroso causado por diferença de potencial elétrico.
Elutriação: (i) processo de tratamento de lodo em que certas substâncias são removidas por decantações sucessivas com água ou com efluente de estações de tratamento ou demanda de substâncias químicas.(ii) operação que consiste em separar seletivamente partículas suspensas em um gás, de acordo com o seu diâmetro aerodinâmico.
Elutriador horizontal: equipamento para a amostragem seletiva de partículas em uma corrente gasosa horizontal, que integra normalmente um trem de amostragem de dois estágios. Consiste em placas planas separadas que formam canais ou câmaras onde as partículas se sedimentam de acordo com seu diâmetro aerodinâmico. As partículas que não se sedimentam no elutriador são retiradas no segundo estágio do trem de amostragem.
Elutriador vertical: equipamento para a amostragem seletiva de partículas em uma corrente gasosa ascendente, de velocidade definitiva, que normalmente faz parte de um trem de amostragem de dois estágios. As partículas maiores que um diâmetro crítico são todas retiradas e as menores são carregadas para fora do equipamento, sendo possível retê-las posteriormente, no segundo estágio do trem de amostragem.
Emissão atmosférica: descarga de substâncias e/ou energia no ar.
Emissário: coletor que recebe o esgoto de uma rede coletora e o encaminha a um ponto final de despejo ou de tratamento.
Empuxo: força resultante vertical, geralmente de baixo para cima, exercida pela água num corpo total ou parcialmente imerso.
Emulsão nuclear: emulsão fotográfica destinada à fixação e observação da trajetória individual das partículas ionizantes.
Emulsão: mistura líquida heterogênea de duas ou mais fases, normalmente não miscíveis entre si, mas mantida em suspensão uma na outra, por forte agitação ou emulsionantes que modificam a tensão superficial.
Enchente: fase de crescimento contínuo das alturas da água de um curso de água ou lago.
Endêmica: espécie nativa, restrita a uma determinada área geográfica.
Endoenzima: enzima formado intracelularmente e não excretada no meio de cultura.
Endógeno: proveniente do interior ou produzido pelo interior.
Endósporo: esporos com membranas espessas formados por certas células bacterianas.
Endotoxina: toxina de origem endógena, isto é, formada no interior do organismo ou da célula e não secregada por estes.
Endrim: inseticida hidrocarboneto clorado, insolúvel na água, acetona, benzeno e ligeiramente solúvel no álcool.
Energia cinética: é aquela possuída por um objeto quando em movimento.
Energia de excitação: é necessária para elevar um sistema de seu estado estacionário(de menor energia) para um estado excitado. A cada diferente estado excitado está associado uma energia de excitação específica. Resulta da absorção de fotóns ou da colisão inelástica com outras partículas.
Energia de ionização: a energia média perdida por uma radiação ionizante ao produzir um par iônico num gás. Para o ar vale cerca de 33 eV.
Energia de ligação: representa a diferença, em massa, entre a soma das partes componentes e a verdadeira massa de um núcleo.
Energia de reação(nuclear): na desintegração de uma reação nuclear é igual à soma das energias cinéticas ou radiantes dos requerentes, menos a soma das energias cinéticas ou radiantes dos produtos de reação. Se qualquer produto de uma reação específica se acha em estado excitado, a energia de radiação gama emitida subseqüentemente não esta incluída na soma. A energia nuclear do estado estacionário é a energia de reação quando todos os núcleos reagentes e produtos estão em seu estado estacionário: símbolo Q0.
Energia primária: tem como fonte os produtos energéticos providos pela natureza na sua forma direta: petróleo, gás natural, carvão-vapor, carvão metalúrgico, resíduos vegetais e animais, energia solar, eólica e outras.
Energia radiante: características das ondas eletromagnéticas, tais como : de rádio, luz, raios x e gama.
Energia secundária: tem como fonte produtos energéticos resultantes do processamento da energia primária nos centros de transformação, como: óleo diesel, óleos combustíveis, gasolinas automotiva e de aviação, gás liquefeito de petróleo, nafta, querosene iluminante, gás canalizado, carvão mineral, carvão vegetal, álcool e outros.
Energia: capacidade de produzir trabalho. A energia potencial é inerente a um determinado objeto devido à posição em relação a outros objetos de referência.
Enfermidade: afecção ou moléstia que se tornou irreversível, não havendo mais possibilidade de cura. Ex: lesão paralítica da poliomielite.
Ensaio biológico: teste feito com o emprego de seres vivos, como peixes, cobaias, macacos, microrganismos e outros.
Ensaio de bombeamento: extração de água de um poço a uma ou várias descargas selecionadas, durante a qual os níveis piezométricos ou freáticos são medidos regularmente no poço de bombeamento e nos poços de observação vizinhos. Os dados assim obtidos são utilizados para determinar os parâmetros da formação aqüífera nas vizinhanças do poço de bombeamento.
Enterococos: bactéria do grupo de cocos, incluídos entre os estreptococos fecais, cujo ambiente natural é o intestino do homem ou de animais de sangue quente ou de temperatura constante.
Enterovírus: vírus que se fixam ou se desenvolvem no aparelho digestivo. . Entropia : estado de desorganização térmica de um sistema.
Enzima adaptativa: enzima sintetizada por um microrganismo em resposta à presença de determinado substrato ou de uma substância de estrutura molecular semelhante.
Enzima constitutiva: enzima cuja síntese não dependente da presença de substrato específico.
Enzima reprimível : enzima cuja taxa de produção é inversamente proporcional à concentração intracelular de certos metabólitos.
Enzimas : proteínas de elevado peso molecular, dotados de propriedades catalíticas, que tornam possíveis a maioria das reações químicas, desenvolvidas nos seres vivos.
Eosina azul de metileno(EAM agar): é um meio sólido, seletivo e diferencial, em que a combinação de eosina e do azul de metileno fornece diferenças nítidas entre a coloração de colônias de organismos fermentadores de lactose e dos não fermentadores.
Epidemia: elevação brusca, temporária e significativa da incidência de uma doença numa comunidade humana. Em outras palavras, é uma erupção de uma doença numa comunidade humana, afetando grande número de pessoas, em curto espaço de tempo.
Epidemiologia: ciência que estuda a distribuição das doenças e agravos à saúde nas comunidades e as relaciona a múltiplos fatores concenentes ao agente etiológico, hospedeiro e ambiente, indicando as medidas para a sua plofilaxia.
Epifauna: animais bênticos que vivem sobre o substrato.
Epífita: (i)planta que se desenvolve sem interação trófica sobre a superfície de outra planta. (ii)um autótrofo, sem ter ligação com o solo.
Epífitas – plantas que crescem agarradas a outras plantas, tais como as orquídeas, musgos, líquens, bromélias, etc.
Epilímnio: camada superficial turbulenta da água de um lago, acima da termoclina, sem estratificação termal permanente.
Epizootia : definição igual à de epidemia, porém aplicada a uma comunidade animal. sin enzootia.
Equalização : regularização das variações de vazão e composição de uma água residuária.
Equilíbrio natural: a aparente estabilidade das relações entre as espécies de populações que constituem uma comunidade biótica.
Equipamento de amostragem inercial: equipamento que utiliza as propriedades inerciais do material particulado para a sua coleta.
Equivalente populacional: quociente da divisão da carga poluidora de água residuária expressa em DBO, dividida por 54 gramas, que é a estimativa da DBO produzida por uma pessoa durante o dia.
Erosão – processo pelo qual a camada superficial do solo ou partes do solo são retiradas pelo impacto de gotas de chuva, ventos e ondas e são transportadas e depositadas em outro lugar. Inicia-se como erosão laminar e pode até atingir o grau de voçoroca.
Erosão: desgaste do solo, ocasionados por diversos fatores, tais como: água pluvial, agua superficial, geleiras, ventos e vagas.
Erro : a diferença entre um valor observado e o valor real.
Erro absoluto de um hidrômetro : é a diferença entre o volume indicado e o volume de líquidos efetivamente escoado através do hidrômetro.
Erro de medição de vazão: são as diferenças entre a quantidade de água indicada, totalizada ou registrada pelos medidores e a quantidade de água que efetivamente passou pelos mesmos num intervalo de tempo. Os erros ocasionados pelos medidores utilizados no sistema distributivo se denominam erros de macromedição, enquanto que, os que ocorrem nos medidores de consumo da instalação predial se denominam erros de micromedição.
Erro relativo de um hidrômetro : é o quociente do erro absoluto pelo valor do volume efetivamente escoado através do hidrômetro. Esse erro deve ser expresso em porcentagem.
Escala : régua graduada de madeira ou metal, permitindo medir a altura ou nível da água.
Escala com flutuador: flutuador de madeira, de cortiça ou de um corpo oco sobre a superfície da água, acompanhando-lhe as variações de nível e cujo movimento é indicado numa escala.
Escala de Ringelmann : escala gráfica para a avalição colorimétrica de a densidade de fumaça, cosntituida de seis padrões com variações uniformes de tonalidade entre o branco e o preto. Os padrões são apresentados por meio de quadros retangulares, com redes de linha de espessura e espaçamento definidos, sobre um fundo branco.
Escala linimétrica: escala utilizada para indicar a altura da superfície da água de um rio, reservatórios e lagos.
Escoamento de águas subterrâneas: movimento de água num aqüífero.
Escoamento: parte da precipitação que escoa para um curso de água pela superfície do solo(escoamento superficial) ou pelo interior do mesmo(escoamento subterrâneo).
Escuma: é uma dispersão na qual o ar ou outro gás forma a fase dispersa e um líquido a fase contínua. Este termo é empregado quando a concentração da fase dispersa é suficiente para que o sistema consista de bolhas de gás separadas por finas partículas de líquido.
Esgoto tratado: esgoto submetido a um tratamento parcial ou completo, com a finalidade de conseguir a remoção de substâncias indesejáveis e a mineralização da matéria orgânica.
Espécie ameaçada de extinção biológica: aquela cuja densidade populacional é baixa e que sofre ação negativa por parte da atividade humana.
Espécie emergente: aquela que se sobressai devido a existência de determinadas condições no ambiente em que ocorre.
Espécie exótica: espécie introduzida numa determinada área ou região.
Espécie indicadora: aquela cuja presença indica a existência de determinadas condições no ambiente em que ocorre.
Espécie nativa: espécie natural de uma região.
Espécie pioneira – espécie vegetal que inicia a ocupação de áreas desabitadas de plantas em razão da ação do homem ou de forças naturais.
Espécie pioneira: aquela que se instala em uma região, área ou habitat anteriormente não ocupada por ela, iniciando a colonização de áreas desabitadas.
Espécie: (i)compõe-se de indivíduos semelhantes em todos ou na maioria de seus caracteres estruturais e funcionais, que se reproduzem sexuada ou assexuadamente e constituem uma linhagem filogenética distinta.(ii) a menor população natural considerada diferente de todas as outras para merecer um nome científico, sendo assumido ou provado que permanecerá diferente de outras, ainda que possam ocorrer eventuais intercruzamentos com espécies próximas.(iii)categoria da classificação biológica subordinada imediatamente ao gênero ou subgênero sendo, a menor população natural considerada suficientemente diferente de outras partes para merecer um nome e da qual se assume ou se prova que permanecerá diferente apesar de eventuais intercruzamentos com espécies aparentadas.
Espectroscopia de absorção: método analítico-ótico, baseado na medida da radiação absorvida por uma substância.
Espectroscopia de emissão: método analítico-ótico, baseado na medida da radiação emitida por uma susbstância.
Espirômetro: gasômetro que mede o volume de um gás em função da altura do deslocamento do êmbolo de um cilindro de diâmetro conhecido, provocado pela introdução do gás.
Esporângio: estrutura na qual se formam os esporos.
Esporicida: é a substância ou a preparação química que destrói os esporos.
Esporos: são estruturas especializadas que se formam em certas bactérias gram-positivas, sob condições de nutrição inadequadas. Os esporos não apresentam atividade metabólica e são muito mais resistentes aos efeitos do calor, dessecação, congelamento, drogas deletérias e radiações, do que as próprias células que os formam; ocorrem em bastonetes anaeróbios do gênero Clostridium e alguns Cocos.
Esquistossomose: moléstia causada por vermes do gênero Schistosoma. O seu portador apresenta sintomas diversos, dependendo do ponto do organismo em que se localiza o parasita. O diagnóstico é realizado através do exame de fezes, em que se procura identificar os ovos característicos do verme.
Estação de medição: local de um rio onde são determinados os regularmente os valores hidrométricos.
Estação de tratamento de água(ETA): é o conjunto de instalações e equipamentos destinados a obter água para consumo humano em conformidade com os Padrões de Qualidade.
Estação de tratamento de águas residuárias: conjunto de dispositivos e estruturas para a redução do potencial de poluição de determinado efluente líquido e do resíduo sólido produzido.
Estação ecológica – áreas representativas de ecossistemas destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia, à produção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação conservacionista. Nas áreas circundadas às estações ecológicas, num raio de 10 quilômetros, qualquer atividade que possa afetar a biota ficará subordinada às normas editadas pelo CONAMA. Têm o objetivo de proteger amostras dos principais ecossistemas, equipando estas unidades com infra-estrutura que permita às instituições de pesquisas fazer estudos comparativos ecológicos entre áreas protegidas e aquelas que sofreram alteração antrópica.
Estação ecológica: (i) características idênticas às reservas biológicas mas permitindo alterações antrópicas com finalidade de pesquisa ou outras atividades, em até 10% da sua área, desde que não coloque em perigo a sobrevivência das espécies ali existentes. (ii) áreas representativas de ecossistemas brasileiros, destinados à realização de pesquisas básicas e aplicadas a Ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação conservacionista. Noventa por cento ou mais da área de cada estação ecológica será destinada, em caráter permanente, definida por ato do Poder Executivo à preservação da biota e na área restante pode-se desenvolver ações antrópicas de caracter científico, desde que não coloque em perigo a sobrevivência das espécies ali existentes.
Estação elevatória: é o conjunto de bombas e acessórios que possibilitam a elevação da cota piezométrica da água transportada nos serviços de abastecimento público.
Estação pitométrica: é a instalação que se executa num determinado ponto da tubulação com o objetivo de medir o seu diâmetro a velocidade do curso de água, empregando para isso calibradores de diâmetros e tubos Pitot. Normalmente, uma estação pitométrica se compõe de um válvula de incorporação de 1″ de diâmetro livre e rosqueada na tubulação, além de um poço de visita destinado a permitir o acesso do operador da válvula de incorporação.
Estado de controle: diz-se que um evento, processo ou meio está em estado de controle, quando as causas que provocam o desvio da qualidade em relação a determinado referencial são conhecidas e não geram tensões que comprometam a não observância dos critérios ou padrões previamente adotados.
Estase: estagnação do sangue ou de outros humores do corpo.
Estequiometria: cálculo das quantidades de reagentes ou produtos das reações químicas, efetuado com base nas leis das reações e executado, em geral, com auxílio das equações químicas correspondentes.
Ester: são compostos orgânicos que apresentam átomo de hidrogênio da carboxila, substituídos por um radical alcoíla ou arila.
Estereoisômeros: denomina-se os isômeros que se diferenciam dos outros pela forma como os átomos se dispõem no espaço.
Esterificação: reação química permitindo obter um ester a partir de ácido e um álcool, enol – fenol, com eliminação de água.
Esterilização por calor a seco: processo baseado na exposição do material ao ar quente, provocando a termocoagulação das proteínas e conseqüente morte dos microrganismos.
Esterilização por calor úmido: processo baseado na termocoagulação das proteínas pela ação do calor úmido. A esterilização por esse processo é obtida em temperaturas inferiores às necessidades para a esterilização por calor a seco, pois a termocoagualção das proteínas é catalisada pela água.
Esterilização por radiação ultravioleta: processo baseado na exposição direta do material contaminado à radiação ultravioleta(UV).
Esterilização: é a destruição de todas as formas de vida(bactérias, fungos, protozoários, formas vegetativas e esporos).
Esterilizante: é a substância ou a preparação química capaz de destruir todas as formas de vida(bactérias, fungos, vírus, protozoários, formas vegetativas e esporos).
Estratificação térmica: presença de camadas de temperaturas diferentes na massa de água.
Estrato: (i)determinada camada de vegetação que constitui o habitat de determinadas espécies. (ii) situações verticais em que se dispõem as plantas lenhosas dentro da comunidade, avaliadas em metros.
Estreptococos fecais: são cocos gram-positivos, geralmente ocorrendo aos pares ou em cadeias curtas que crescem na presença de sais biliares; usualmente são capazes de se C, produzem ácido, mas não gás a partir do manitol ou? desenvolverem a 45 lactose, não atacam a rafinose, não reduzem nitrato a nitrito, produzem ácido em leite tornassolado, precipitam a gaseína; em forma livre são mais resistentes ao calor, condições alcalinas e altas concentrações de sais do que a maioria das bactérias vegetativas. Quando usado como indicadores de poluição fecal, as seguintes espécies são consideradas : Streptococus faecalis, S. faecalis, Var liquefaciens, S. faecalis, Var zymogenes, S. faecium, S. durans, S. bovis, S. equinus.
Estuário: corpo de água semi-fechado onde as águas de um rio entram em contato com as águas do mar.
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) – sigla do termo Enviromment Impact Assessment, que significa Avaliação de Impactos Ambientais, também chamado de Estudos de Impactos Ambientais.
Estudo de Impacto Ambiental: instrumento da política ambiental, com a finalidade de identificar, predizer e descrever as alterações positivas ou negativas de determinada ação antrópica sobre a qualidade da vida dos seres humanos e dos recursos naturais.
ETA: abreviação de Estação de Tratamento de Água.
ETE: abreviação de Estação de Tratamento de Esgotos.
Etologia – ciência que estuda o comportamento dos seres vivos, visando estabelecer os efeitos e as causas, assim como os mecanismos responsáveis por diferentes formas de conduta.
Etologia: estudo comparativo do comportamento dos animais em seu ambiente natural. A etologia humana é o estudo específico do comportamento dos seres humanos.
Etoxilação: reação química permitindo a fixação de uma ou mais moléculas de óxido de etileno sobre um composto químico.
Eufótica: superfície da água bem iluminada. Refere-se à superfície superior dos corpos de água, na qual existe penetração dos raios solares que permitem o desenvolvimento de plantas clorofiladas.
Euritermo: organismos que toleram amplas variações de temperatura
Eutrófico: (i)solo fértil. (ii)qualquer meio (solo, água) rico em nutrientes; antônimo de oligrotrófico.
Eutrofização: aumento da concentração de nutrientes em águas naturais, doce ou salina, decorrentes de um processo de intensificação do fornecimento ou produção de nutrientes (principalmente nitratos e fosfatos), o que acelera o crescimento de algas e de formas mais desenvolvidas de vegetais e a deterioração da qualidade das águas. Este processo, quando provocado pelo lançamento de águas residuárias, ou dos afluentes do seu tratamento, em um lago, vem a ser um dos principais problemas no gerenciamento dos recursos hídricos. sin eutroficação.
Evaporação de água: emissão de vapor por uma superfície de água livre em temperatura inferior ao ponto de ebulição.
Evaporação efetiva: vide evaporação real.
Evaporação real: quantidade de água evaporada de uma superfície de água livre ou do solo.
Evaporação: processo pelo qual um líquido é transformado lentamente em vapor.
Evapotranspiração: quantidade de água transferida do solo à atmosfera por evaporação e transpiração das plantas.
Evapotranspirômetro: instrumento utilizado para medir a evapotranspiração.
Exigência: qualquer fator do meio ambiente (ex: fosfato, sombra) necessário para o desenvolvimento de um organismo; necessidade.
Exoenzima: enzima excretada por certos microrganismos no meio de cultura.
Exorreico: que drena para o oceano.
Exploração seletiva: o mesmo que explotação seletiva. Extração de espécies ou produtos de origem vegetal previamente determinados.
Explosímetro: equipamento destinado a determinar a concentração de uma substância no ar, mediante método potenciométrico.
Extrativismo – ato de extrair madeira ou outros produtos das florestas ou minerais radioativos que se concentram nos organismos terminias da cadeia alimentar, como o homem.
Extrator magnético: eletroimã ou imã permanente envolvido por uma correia transportadora provida de aletas para a separação dos materiais ferrosos presentes nos resíduos.
Extravasor: canalização destinada a escoar eventuais excessos de água dos reservatórios.
Faciação de uma formação: caracteriza-se por apresentar parâmetros particulares dentro de uma paisagem vegetacional que se destacam fisionomicamente, como por exemplo: tipo de dossel que domina na floresta.
Faixa capilar: camada do solo acima do lençol de água, cujos interstícios, em sua maioria, estão cheios de água, por efeito de capilaridade.
Família: uma categoria da classificação biológica situada segundo uma hierarquia acima do gênero e abaixo da ordem. Grupo taxonômico de gêneros relacionados entre si.
Fanerófita: plantas lenhosas com as gemas e brotos de crescimento protegidos por catafilos, situados acima de 0,25m do solo, subdivididos conforme as suas alturas médias em: (i)macrofanerófitas, plantas de alto porte variando entre 30 a 50m de altura, ocorrendo preferencialmente na Amazônia e no sul do Brasil; (ii)mesofanerófitas, plantas de porte médio, variando entre 20 e 30m de altura, ocorrendo nas áreas extra-amazônicas; (iii)microfanerófitas, plantas de baixo porte, variando entre 5 e 20m de altura, ocorrendo preferencialmente nas áreas nordestinas e no centro-oeste; (iv)nanofanerófitas, plantas anãs, raquíticas, variando entre 0,25 e 5m de altura, ocorrendo preferencialmente em todas as áreas campestres do País. Exemplo: a grande maioria das árvores e arbustos.
Farmaco: substância de estrutura química bem definida que, quando introduzida no organismo vivo, modifica uma ou mais de suas funções com propósito terapêutico.
Fase exponencial de crescimento: estágio de crescimento durante o qual determinada população(ex: bacteriana) duplica regularmente o seu número a intervalos de tempos regulares.
Fatalidade: vide coeficiente de letalidade.
Fator de crescimento: substância específica cuja presença no meio de cultura é necessária para permitir a multiplicação de determinado organismo.
Fator de emissão: quantidade de material emitido por quantidade de material processado e usualmente expresso em kg/1000kg.
Fator de forma: constante de proporcionalidade que relaciona a área superficial ou o volume de uma partícula, ou de uma amostra de partículas , a uma dimensão linear medida de modo padronizado( ex: diâmetro de Feret, diâmetro de Martin).
Fator de incerteza: ver fator de segurança.
Fator de recirculação: relação entre o volume ou vazão que retorna ao processo e o volume ou vazão efluente do processo.
Fator ecológico – refere-se aos fatores que determinam as condições ecológicas no ecossistema.
Fator ecológico: refere-se aos fatores que determinam as condições ecológicas no ecossistema.
Fator limitante – aquele que estabelece os limites do desenvolvimento de uma população dentro do ecossistema, pela ausência, redução ou excesso desse fator ambiental.
Fator limitante: é o fator de maior carência ou de fornecimento mais baixo que limita o desenvolvimento de um processo.
Fauna- conjunto de animais que habitam determinada região.
Fauna silvestre: conjunto de animais que vivem livres em seu ambiente natural.
Fauna: conjunto de animais que vivem num determinado ambiente, região ou época.
Febre paratifóide: moléstia intestinal causada principalmente pela “Salmonella paratyphi” e com características idênticas a febre tifóide.
Febre tifóide: moléstia intestinal grave adquirida pela ingestão de água ou alimentos(verduras cruas) contendo bactérias da espécie “Salmonella typhosa”.
Fecho hídrico: coluna líquida que, num sifão sanitário, veda a passagem dos gases nas instalações prediais de esgotos sanitários.
Fenóis: um grupo de compostos aromáticos, tendo um grupo hidroxila ligado diretamente ao núcleo benzênico. Eles são altamente tóxicos aos organismos vivos ou durante a ingestão do lodo. Não obstante, em determinadas condições, eles podem ser decompostos por tratamento biológico.
Fermentação metânica: fermentação resultante da conversão da matéria orgânica em gás metano.
Fermentação: transformação química, freqüentemente anaeróbia, de substrato orgânico, por ação enzimática.
Ferro bactérias: bactérias ferruginosas que na natureza metabolizam o ferro em meio neutro ou ligeiramente ácido.
Ferro total: é a quantidade total de ferro presente na amostra, nas formas solúvel ou insolúvel, nos estados bivalentes ou trivalentes.
Fertilidade do solo: capacidade de produção do solo devido à disponibilidade equilibrada de elementos químicos como potássio, sódio, ferro, magnésio e da conjunção de alguns fatores, tais como: água, luz, ar, temperatura e da estrutura física da terra.
Fertilizante: material aplicado no solo para enriquecê-lo de substâncias químicas essenciais à vida das plantas.Os principais fertilizantes são os compostos de nitrogênio, fósforo e potássio, empregados para promover o crescimento, e a cal para ajustar a acidez e a alcalinidade do solo.
Fibra: termo geralmente aplicado a partículas sólidas, cuja relação entre a maior e a menor dimensão é igual ou superior a três.
Ficomicetos aquáticos: fungos, cujo habitat natural é a água. Geralmente são saprófitas, podendo apresentar algumas espécies que são parasitas de plantas e outras que causam doenças em peixes .Todas as espécies apresentam sempre esporângios, que são órgão de reprodução assexual, podendo produzir esporos móveis, flagelados(zoósporos) ou esporos desprovidos de movimento sem flagelos(esporangiósporos).
Filtração biológica: processo que consiste na utilização de um leito artificial de material grosseiro, tal como pedra britada, escórias de ferro, ardósia, tubos, placas finas ou material plástico, sobre os quais às águas residuárias são distribuídas, constituindo filmes, dando oportunidade para a formação de limos( zoogléia) que floculam e oxidam a água residuária.
Filtração por membrana: método de exame quantitativo ou qualitativo de bactérias em amostra de água, realizado por filtração através de uma membrana capaz de reter os microrganismos, para posterior incubação, crescimento de colônias, contagem e indentificação.
Filtração(ETA): processo aplicado ao tratamento da água destinada ao abastecimento, que consiste na utilização de um leito artificial, usualmente areia e pedra, sobre o qual a água bruta(filtro lento) ou a água decantada(filtro rápido) é distribuída, havendo retenção de partículas finas e/ou flocos na passagem por esse meio filtrante. A filtração é realizada numa unidade denominada “filtro”.
Filtrado: o efluente do filtro.
Filtro biológico: leito de areia, cascalho, pedra britada ou outro meio, pelo qual a água residuária sofre filtração biológica.
Filtro de tecido: equipamento para a coleta de partículas sólidas de uma corrente gasosa, forçando o gás carreador de partículas a passar através de tubos, sacos ou envelopes de tecidos onde as partículas são retidas.
Filtro dedal: filtro de forma cilídrica fechado numa das extremidades, geralmente de material cerâmico ou celulósico, utilizado em poluição do ar.
Filtro lento: são os filtros assim denominados pela sua baixa taxa de filtração.
Filtro membrana: filtro de malha rígida, de material polímero na forma de uma película, com poros de tamanho uniforme determinados com precisão. O mesmo que filtro molecular.
Filtro rápido: são os filtros assim denominados pela sua alta taxa de filtração.
Filtro: meio poroso que permite a separação e retenção de partículas sólidas ou líquidas de um fluído.
Fisionomia: feições características no aspecto de uma comunidade vegetal.
Fitocenose: comunidade de plantas verdes.
Fitoecologia: ver ecologia vegetal.
Fitófago: que se alimenta de vegetais; animais que comem planta; termo geralmente aplicado para insetos.
Fitoplâncton: termo utilizado para se referir à comunidade vegetal microscópica, que flutua livremente nas diversas camadas da água, estando sua distribuição vertical restrita ao interior da zona eufótica, onde, graças à presença da energia luminosa, promove o processo fotossintético, responsável pela base da cadeia alimentar do meio aquático.
Fitossociologia: a parte da ecologia que trata da composição, estrutura e classificação da vegetação.
Fler: equipamento utilizado em refinarias de petróleo, operações de tratamento térmico, instalações de gás liquefeito de petróleo para queimar misturas ricas de gases combustíveis. O fler é diferenciado do pós-queimador por necessitar apenas de uma chama-piloto, dispensando outro combustível auxiliar.
Floco Biologicamente Ativo: floco formado pela ação de agentes biológicos, por exemplo, lodos ativados.
Floco: (i) agregado indefinido, formado pelo processo de aglomeração; (ii) pequenas massas gelatinosas, formadas num líquido pela adição de coagulante ou por meio de processos biológicos ou por aglomeração.
Floculação: aglomeração de material coloidal e em suspensão, após coagulação por agitação leve, por meios mecânicos ou hidráulicos, no tratamento de água de abastecimento ou residuária. No tratamento biológico de água residuária, onde a coagulação não é usada, a aglomeração pode realizar-se biologicamente.
Floculador: dispositivo destinado à formação de flocos na água ou no esgoto.
Flora: a totalidade das espécies vegetais que compreende a vegetação de uma determinada região, sem qualquer expressão de importância individual.
Floração das águas: excessivo crescimento de plantas microscópicas, tais como: as algas azuis, que ocorrem em corpos de água, dando origem geralmente a formação de flocos biológicos e elevando muito a turbidez da água.
Floresta ciliar: aquela estreita da beirada dos diques marginais dos rios, mata ciliar.
Floresta de Terra Firme: compreende as áreas mais elevadas e, portanto, não atingidas pelas cheias dos rios, mas influenciadas pela geologia e climatologia da região, resultando em formações vegetais com dossel mais fechados, tais como : matas densas, matas de cipó, matas aberta de bambu, matas de encostas e campinas.
Floresta de Várzea: localizadas em áreas periodicamente pelas cheias dos rios, caracterizadas por possuir um dossel mais aberto o qual, ao propiciar elevada taxa de umidade e calor e luz cria condições para o desenvolvimento de formações arbustivas e herbácea – além de imensas árvores como a sumaúma, o cedro, a virola e muitas palmeiras como bacabas, açai, buriti, camona, brejeúba e acuri.
Floresta Estacional: floresta que sofre ação climática desfavorável, seca ou fria, com perda de folhas.
Floresta Nacional, Estadual ou Municipal – área extensa, geralmente bem florestada e que contém consideráveis superfícies de madeira comercializável em combinação com o recurso água, condições para sobrevivência de animais silvestres e onde haja oportunidade para recreação ao ar livre e educação ambiental. Os objetivos de manejo são os de reproduzir, sob o conceito de uso múltiplo, um rendimento de madeira e água, proteger os valores de recreação e estéticos, proporcionar oportunidades para educação ambiental e recreação ao ar livre e, sempre que possível, o manejo da fauna. Partes desta categoria de unidades de conservação podem ter sofrido alterações pelo homem, mas geralmente as florestas nacionais não possuem qualquer característica única ou excepcional, nem tampouco destinam-se somente para um fim.
Floresta Nacional: área normalmente vasta e coberta principalmente por florestas manejáveis produtivas, onde se permite ação humana direta com o objetivo de usos múltiplos.
Floresta Ombrófila Aberta: este tipo de vegetação foi considerado durante anos como um tipo de transição entre a floresta amazônica e as áreas extra-amazônicas, imprimindo-lhe claros (daí advindo o nome adotado) além dos gradientes climáticos com mais de 60 dias secos.Conforme a latitude ou altitude que se encontra, apresenta faciações florísticas que alteram a fisionomia da Floresta Ombrófila Aberta e subdivididas em: (i)terras baixas, com altitude variável entre 5 a 100m e com predominância da faciação palmeira; (ii)submontana, situadas acima de 100m e não raras vezes chegando a 600 m , com ocorrência das faciações palmeiras, cipó, sororoca e bambu; (iii)montana, restrita a poucos planaltos do sul da Amazônia e a muitas serras do norte (faixa altimétrica entre 600 a 2000m), apresenta faciações com palmeiras e com cipó.
Floresta Ombrófila Densa: este tipo de vegetação é caracterizado por fanerófitas nas suas subformas de vida macro e mesofanerófitas, além de lianas lenhosas e epífitos em abundância que o diferenciam das outras classes de formações, desenvolvendo em latitudes e faixas altimétricas variáveis, refletindo fisionomias diferentes, sub-divididas em: (i)aluvial, não varia topograficamente e apresenta sempre ambientes repetitivos nos terraços aluviais dos flúvios; (ii)terras baixas, corresponde a altitude de 5 a 100m; (iii)submontana, situada nas encostas dos planaltos e/ou serras, a partir de 100 até 600m; (iv)montana, situada no alto de planaltos e/ou serras, de 600 até 2000 metros.
Floresta Ombrófila Mista: esta floresta, também conhecida como mata de araucária ou pinheiral, é um tipo de vegetação do Planalto Meridional, onde ocorria com maior freqüência.
Floresta Ombrófila: floresta que ocorre em ambientes sombreados onde a umidade é alta e constante ao longo dos anos.
Floresta Temperada: floresta praticamente homogênea, decídua, formada por indivíduos de porte médio (25m), encontrada em latitudes médias(35-45*) onde dominam climas temperados. Sua estrutura e diversidade vegetal são mais pobres que as das florestas tropicais, apresentando um estrato bem definido onde predominam bétulas, carvalhos, faias, bordos e nogueiras.
Floresta Tropical: floresta pluvial densa muito rica em espécies situada entre os trópicos. Considera-se floresta tropical as associações arbóreas de grande porte relacionadas a climas quentes e úmido(equatoriais, tropicais, constantemente úmidos e climas de vertentes fortemente chuvosos). É a formação vegetal de máximo desenvolvimento na terra, em geral fetos arborescentes, lianas e muitas epífitas.
Floresta: (i)termo semelhante à mata no sentido popular, tem conceituação bastante diversificada, mas firmada cientificamente como sendo um conjunto de sinúsias dominado por fanerófita de alto porte, com quatro estratos bem definidos (herbáceo, arbustivo, arvoreta, arbóreo). Além destes parâmetros, acrescenta-se o sentido de altura, para diferenciá-la das outras formações lenhosas campestres. (ii)área de domínio público federal, estadual ou municipal delimitada com a finalidade de manter, criar, manejar, melhorar ou restaurar potencialidades florestais, e aproveitar seus recursos.
Florestamento: restauração da cobertura vegetal arbórea de uma área degradada utilizando várias espécies nativas (heterogênea) e visando fins ecológicos.
Flotação: processo de elevação de matéria suspensa para a superfície do líquido, na forma de escuma, por meio de aeração, insuflação de gás, aplicação de produtos químicos, eletrólise, calor ou decomposição bacteriana e a remoção subseqüente da escuma.
Flotador: unidade na qual se processa a flotação.
Flubina: termo derivado de fumo e neblina aplicado a extensas poluições atmosféricas por aerossóis provenientes dos processos naturais e da atividade humana( do inglês “smog”).
Fluído: é qualquer tipo de matéria que oferece pouca resistência à deformação; pode ser, portanto, um líquido, gás ou vapor.
Fluorescência: emissão de radiação de comprimentos de onda específica por uma substância, como resultado da absorção de radiação de menor comprimento de onda.Ocorre somente durante a irradiação.
Fluoretação: adição de uma substância química para aumentar a concentração de íons fluoreto, até um limite pré-determinado, a fim de reduzir a incidência da cárie dentária.
Flutuabilidade: tendência ascencional dos gases quentes oriundos de uma chaminé, que decorre, principalmente, da menor densidade destes gases em relação à densidade do ar circulante(empuxo térmico).
Flutuador: corpo que se desloca na superfície da água ou abaixo dela, indicando a velocidade da mesma à superfície ou a diversas profundidades.
Fluviograma unitário: fluviograma resultante de uma chuva unitária efetiva, de intensidade constante, distribuída uniformemente sobre a bacia num período de tempo unitário.
Fluviograma: registro gráfico cronológico das descargas, ver descarga.
Fluxo de DBO: ver carga de DBO.
Fluxo subterrâneo: parte da precipitação que se escoa através do solo pela zona de saturação.
Fluxo superficial(surface run-off): parte da água meteórica que se escoa sobre a superfície do solo.
Fluxo total(run-off): resíduo da precipitação de água meteórica que se escoa, através e sobre a superfície do solo, vindo a formar o deflúvio.
Fluxo: qualquer escoamento ou descarga de um fluído.
Fómites: objetos que tenham estado em contato com o doente ou portador que podem estar contaminados, cujo controle é feito por meio da desinfecção e/ou esterilização.
Fontanário: local destinado ao uso público, onde ocorre o consumo água mineral natural ou água natural de fonte, tal como emerge.
Fonte artesiana: fonte, cuja água sai sob pressão, proveniente de um aqüífero artesiano, geralmente através de alguma fissura ou outra abertura no leito confinante superposto ao aqüífero.
Fonte de água mineral: fonte, cuja água contém quantidades significativas de sais minerais.
Fonte de água: ver nascente.
Fonte de falha: ver nascente de falha.
Fonte de fissura: ver nascente de fissura.
Fonte de gravidade: ver nascente de gravidade.
Fonte de infecção: ser, animado ou inanimado, que transporta um agente etiológico animado. Divide-se em fonte primária e secundária.
Fonte de lama: escoamento de lama levado à superfície por gases naturais ou por pressão artesiana.
Fonte intermitente: ver nascente intermitente.
Fonte poluidora potencial: (i) instalação ou atividade que, a qualquer tempo, possa vir a lançar contaminantes que alterem os níveis da qualidade da água, do ar, do solo e da biodiversidade que interage com o meio. (ii) poluidor potencial, em sentido genérico.
Fonte poluidora: (i) instalação ou atividade que lança poluentes no meio ambiente. (ii) poluidor, em sentido genérico.
Fonte primária de infecção: homem ou animal(raramente, solo ou vegetal), responsável pela sobrevivência de uma determinada espécie de agente etiológico na natureza. O homem é a fonte primária de infecção, por exemplo, na febre tifóide e na hepatite infecciosa; são animais, as fontes primárias da raiva e da febre amarela silvestre; o solo é fonte primária no caso do Strongyloides stercoralis. No caso de parasitas heteroxenos, o hospedeiro mais evoluído(que em geral é também o hospedeiro definitivo) é denominado fonte primária de infecção e o hospedeiro menos evoluído (em geral, hospedeiro intermediário) é chamado de vetor biológico.
Fonte secundária de infecção: ser, animado ou inanimado, que transporta um determinado agente etiológico, não sendo o principal responsável pela sobrevivência deste como espécies. Esta expressão é substituída com vantagem pelo termo veículo.
Fonte surgente: fonte cuja água emerge em decorrência da interseção da superfície topográfica com o nível freático.
Fonte termomineral: fonte cuja água está a uma temperatura acima da temperatura média anual, do local onde emerge.
Formação consolidada: formação geológica não desagregável e não sujeita a desmoronamento.
Formação não consolidada: formação geológica desagregável, sujeita a desmoronamento.
Fórmula empírica: a fórmula mais simples de um substância química, e que indica as proporções relativas das diferentes espécies de átomos constituintes da molécula.
Fórmula molecular: a fórmula que indica o número e as espécies de átomos existentes numa molécula.
Formulação: produto elaborado pela associação de duas ou mais substâncias químicas.
Fosfatação: reação química para a obtenção de éster fosfórico.
Fosfato orgânico total( filtrável e não filtrável): é a porção do fósforo da amostra que só se transforma em ortofosfato por destruição oxidativa da matéria orgânica à que o fósforo esta ligado.
Fosfonação: reação química ou seqüência de reação química que permite introduzir numa molécula um ou mais radicais fosfônicos, pela ligação direta carbono/fósforo.
Fosforescência: emissão de radiação por uma substância, como resultado de absorção prévia de radiação de menor comprimento de onda. Ao contrário da fluorescência, a emissão pode continuar por tempo considerável após a cessação da irradiação excitante.
Fósforo total não filtrável: é a porção do m de? fósforo total da amostra que fica retida num filtro de membrana de 0,45 porosidade.
Fossa séptica: tanque de sedimentação e digestão, no qual se deposita o lodo constituído pelas matérias insolúveis das águas residuárias que passam pelo mesmo, sofrendo decomposição pela ação de bactérias anaeróbias.
Fotossíntese: é o processo de conversão do dióxido de carbono e água para carbohidratos, que ocorre ao nível dos cloroplastos, pela ação da energia luminosa absorvida pelos pigmentos fotossintetizantes(especialmente clorofila).
Fotossintetizantes: vegetais autótrofos clorofilados. Sintetizam matéria orgânica, utilizando a luz como fonte de energia.
Fototaxia: movimentos de deslocamento que certos organismos apresentam quando estimulados pela luz. A fotoxia pode ser positiva quando o organismo se aproxima da fonte luminosa, ou negativa quando dela se afasta.
Fototropismo: direção do crescimento da planta em resposta à ação da luz. As folhas possuem fototropismo positivo e as raízes fototropismo negativo.
Fouling: formação gelatinosa que algumas vezes se verifica nas canalizações de água potável, em conseqüência da ação de microrganismos.
Fração molar: de um componente de uma solução, é o quociente entre o número de moles desse componente e o número total de moles existentes na solução.
Fracionamento: processo de separação dos componentes de uma mistura que possuem propriedades distintas(por exemplo: através da destilação, precipitação e filtragem).
Franja capilar: faixa de água subsuperficial mantida por capilaridade, acima da zona de saturação.
Freatófitas: plantas, ávidas de água, que crescem principalmente ao longo dos rios e cujas raízes profundas atingem a franja de capilaridade.
Frente de superfície: zona de descontinuidade do campo de pressão e de temperatura, que separa duas massas de ar de propriedades termodinâmicas diferentes.
Frente fria: região de transição entre duas massas de ar, onde o ar frio(polar) substitui o ar quente(tropical ou subtropical).
Frente quente: região de transição entre duas massas de ar, onde o ar quente( tropical) substitui o ar frio(polar).
Freqüência de cheias: número de vezes que uma cheia de uma dada vazão ou de uma dada altura de nível tem possibilidade de ocorrer durante um certo período de anos.
Freqüência de coleta: número de vezes por unidade de tempo em que os resíduos são coletados e transportados para o destino final.
Fuligem: aglomeração de partículas, predominantemente de carbono, impregnadas de compostos orgânicos, provenientes de combustão incompleta de matéria orgânica.
Fumaça: aerossol constituído por partículas resultantes da combustão.
Fumigantes: são substâncias químicas ou mistura de substâncias voláteis capazes de exterminar insetos ou roedores, devendo ser utilizados em ambiente que possam ser fechados de maneira a reter o fumigante.
Função orgânica: é um conjunto de compostos dotado de propriedades químicas semelhantes, identificado e caracterizado por meio de um grupo de átomos denominados grupamento funcional.
Fungicida: é a substância ou a preparação química que tem a propriedade de destruir os fungos.
Fungistático: é a substância ou a preparação química capaz de inibir a multiplicação de fungos(não tem ação sobre os esporos).
Fungos aquáticos facultativos(geofungos): fungos, geralmente conhecidos como fungos do solo, que não estão adaptados ao ambiente aquático, mas são capazes de completar seu ciclo da vida na água se existirem nutrientes adequados. Estes incluem tanto as formas patogênicas como as não patogênicas.
Fungos aquáticos obrigatórios(hidrofungos): fungos que requerem água para a complementação do seu ciclo da vida.
Fungos aquáticos: fungos que são encontrados em ambientes aquáticos.
Fungos: são protistas superiores que produzem esporos, não possuem clorofila e são incapazes de sintetizar seus alimentos, conseqüentemente, dependendo de outros organismos para completar a sua nutrição. Os fungos podem viver da matéria orgânica morta, ocasionando ou auxiliando a sua decomposição ou parasitar outros seres vivos, alimentando-se do protoplasma das células hospedeiras e também formar associações com outras plantas, como algas ou com raízes vegetais superiores.
Gás bioquímico(GBQ): mistura de gases produzidos pela ação biológica na matéria orgânica em condições anaeróbias, compostas principalmente de dióxido de carbono e metano em composições variáveis . sin: gás de aterro ou biogás.
Gestão Ambiental: (i)condução, direção e controle das emissões antropogênicas e da preservação e conservação dos recursos naturais, através de instrumentos que incluam medidas econômicas, desenvolvimento de tecnologias, formação de recursos humanos, regulamentos e normas, além da fiscalização.
Habitat: ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento, a sobrevivência e a reprodução de determinados organismos . Os ecossistemas, ou parte deles, nos quais vive um determinado organismo, são seu habitat. O habitat constitui a totalidade do ambiente do organismo. Cada espécie necessita de determinado tipo de habitat porque tem um determinado nicho ecológico.
Hidrosfera: parte da biosfera representada por toda massa de água (oceanos, lagos, rios, vapor d’água, água de solo, etc).
Homeostase: capacidade de adaptação que um ser vivo apresenta no intuito de manter o seu organismo equilibrado em relação às variações ambientais.
Homeotermos: ou endotermos, são animais que mantém constantemente sua temperatura corporal, independentemente da temperatura externa, despendendo uma grande quantidade de energia na realização do seu controle.
Húmus: fração orgânica coloidal (de natureza gelatinosa), estável, existente no solo, que resulta da decomposição de restos vegetais e animais.
Ictiofauna: é a fauna de peixes de uma região.
Impacto ambiental: qualquer alteração das propriedades físico-químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, enfim, a qualidade dos recursos ambientais.
Impacto ecológico: refere-se ao efeito total que produz uma variação ambiental, seja natural ou provocada pelo homem, sobre a ecologia de uma região, como, por exemplo, a construção de uma represa.
Indicadores ecológicos: referem-se a certas espécies que, devido a suas exigências ambientais bem definidas e à sua presença em determinada área ou lugar, podem se tornar indício ou sinal de que existem as condições ecológicas para elas necessárias.
Inquilinismo: associação interespecífica harmônica em que os indivíduos de uma espécie alojam-se em outra, obtendo proteção e suporte.
Jangada do tipo cabeça: as toras são distribuidas e amarradas de maneira a formar um cone, sendo recomendada para pequenas distâncias e para rios pouco caudalosos.
Jangada tipo espinha de peixe: as toras são atadas umas nas outras a um cabo de aço no centro da jangada, sendo apropriadas para percorrer longas distâncias e rios caudalosos.
Jangada tipo pente: a tora é disposta simetricamente de maneira que possa ser puxada para qualquer lado, sendo utilizadas para grande distância e ao longo de rios caudalosos.
Jangada: sistema de transporte de madeira rio Amazonas e onde se aglutinam até 1000 toras. A opção pelo tipo de jangada está em função da distância a percorrer e das características do rio até o centro consumidor, sendo freqüentemente utilizados três tipos delas, conhecidos como espinha de peixe, pente e cabeça.
Lixiviação: arraste vertical, pela infiltração da água, de partículas da superfície do solo para camadas mais profundas.
Lixo nuclear: rejeito de reações nucleares, que pode emitir radiações em doses nocivas por centenas de anos.
Lixo tóxico: é composto por resíduos venenosos, como solventes, tintas, baterias de carros, baterias de celular, pesticidas, pilhas, produtos para desentupir pias e vasos sanitários, dentre outros.
Manancial: todo corpo d’água utilizado para o abastecimento público de água para consumo.
Manejo: aplicação de programas de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseada em teorias ecológicas sólidas, de modo a manter, de melhor forma possível, nas comunidades, fontes úteis de produtos biológicos para o homem, e também como fonte de conhecimento científico e delazer.
Meio ambiente: Tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e que é indispensável à sua sustentação. Estas condições incluem solo, clima, recursos hídricos, ar, nutrientes e os outros organismos. O meio ambiente não é constituido apenas do meio físico e biológico, mas também do meio sócio-cultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem.
Metais pesados: metais como o cobre, zinco, cádmio, níquel e chumbo, os quais são comumente utilizados na indústria e podem, se presentes em elevadas concentrações, retardar ou inibir o processo biológico aeróbico ou anaeróbico e serem tóxicos aos organismos vivos.
Microclima: conjunto das condições atmosféricas de um lugar limitado em relação às do clima geral.
Migração: deslocamento de indivíduos ou grupo de indivíduos de uma região para outra. Pode ser regular ou periódica, podendo ainda coincidir com mudanças de estação.
Mimetismo: propriedade de alguns seres vivos de imitar o meio ambiente em que vivem, de modo a passarem despercebidos.
Monitoramento ambiental: medição repetitiva, descrita ou contínua, ou observação sistemática da qualidade ambiental.
Mutações: variações descontínuas que modificam o patrimônio genético e se exteriorizam através de alterações permanentes e hereditárias. Se constituem em fatores de relevante importância no sentido da adaptação do ser vivo ao meio ambiente.
Mutualismo: associação interespecífica harmônica em que duas espécies envolvidas ajudam-se mutuamente.
Nascente: local onde se verifica o aparecimento da água por afloramento do lençol freático. sin olho d’água.
Nicho ecológico – espaço ocupado por um organismo no ecossistema, incluindo também o seu papel na comunidade e a sua posição em gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de existência.
Nicho ecológico: atividades e relações de um organismo dentro do seu ambiente.
Nível trófico: ou nível alimentar, é a posição ocupada por um organismo na cadeia alimentar. Os produtores ocupam o primeiro nível, os conumidores primários o segundo nível, os secundários o terceiro nível e assim por diante. Os decompositores podem atuar em qualquer nível trófico.
OCDE: sigla da Organização para cooperação e Desenvolvimento Econômico, compreendendo a Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia.
Oligotrófico: refere-se ao meio no qual os elementos nutritivos são inadequados ou ausentes comparar com eutrotófico.
ONGs : sigla de organizações não governamentais. São movimentos da sociedade civil, independentes, que atuam nas áreas de ecologia, social, cultural, dentre outras.
Onívoro: os consumidores de um ecossistema podem participar de várias cadeias alimentares e em diferentes níveis tróficos, caso em que são denominados onívoros. O homem, por exemplo, ao comer arroz, é consumidor primário; ao comer carne é secundário; ao comer cação, que é um peixe carnívoro, é um consumidor terciário.
Ordenamento territorial: conjunto dos instrumentos operacionais para organização do espaço-paisagem das ações antópicas num bioma gerados pelo zoneamento ecológico-econômico.
Organismo: qualquer ser vivo, seja do reino vegetal ou animal.
Organização Não Governamental (ONG): qualquer organização que não seja parte do governo federal, estadual ou municipal, incluindo organizações voluntárias, empresas privadas, instituições educacionais e sindicatos.
Parques Nacionais, Estaduais ou Municipais – são áreas relativamente extensas, que representam um ou mais ecossistemas, pouco ou não alterados pela ocupação humana, onde as espécies animais, vegetais, os sítios geomorfológicos e os habitats ofereçam interesses especiais do ponto de vista científico, educativo, recreativo e conservacionista. São superfícies consideráveis que contém características naturais únicas ou espetaculares, de importância nacional, estadual ou municipal.
Patrimônio ambiental – conjunto de bens naturais da humanidade.
Piracema – movimento migratório de peixes no sentido das nascentes dos rios, com o fim de reprodução. Ocorre em épocas das grandes chuvas, no período da desova.
Pirâmide alimentar – representações gráficas dos dados fornecidos pelas cadeias alimentares e que podem ser divididas em três tipos: de números, de biomassa e de energia.
Pirâmide de biomassa – engloba toda a biomassa de cada nível trófico. De modo geral, à medida que se sobe na pirâmide, a biomassa de cada nível diminui (quantidade de matéria orgânica), ao passo que a biomassa individual aumenta.
Pirâmide de energia – mostra o fluxo unidirecional de energia e explica a estrutura das pirâmides de números e de biomassa. A quantidade de energia disponível em cada nível é progressivamente menor, pois apenas uma fração da energia passa de um nível para outro.
Plano de manejo – plano de uso racional do meio ambiente, visando à preservação do ecossistema em associação com sua utilização para outros fins (sociais, econômicos, etc).
Poluição – efeito que um poluente produz no ecossistema. Qualquer alteração domeio ambiente prejudicial aos seres vivos, particularmente ao homem. Ocorre quando os resíduos produzidos pelos seres vivos aumentam e não podem ser reaproveitados.
Predatismo – relação ecológica que se estabelece entre uma espécie denominada predadora e outra denominada presa. Os predadores caracterizam-se pela capacidade de capturar e destruir fisicamente as presas para alimentar-se.
Preservação ambiental – ações que garantem a manutenção das características próprias de um ambiente e as interações entre os seus componentes.
Qualidade ambiental: conjunto de características bio-física ou químicas que tornam determinado meio ou produto adequado ao uso pelos seres vivos.
Qualidade da água: características químicas, físicas e biológicas relacionadas com o seu uso para um fim específico.
Qualidade do ar: qualidade do ar próximo ao nível do solo, expressa como concentração de poluente durante certo período de tempo.
Reabilitação: restituir um ecossistema ou população degradada à sua condição não degradada e que pode ser diferente de sua condição original, comparar com recuperação.
Radioatividade – características de alguns átomos instáveis como o urânio e o césio, de se trasnformarem em outros elementos através da expulsão de partículas ou raio do núcleo, com liberação de energia. A radiação pode causar mutações e outros danos, como câncer e morte aos organismos que a ela ficam expostos. Entretanto, a radioatividade pode ser benéfica em algumas situações em que é controlada, como mutações para melhoramento genético de algumas plantas, na esterilização de material, na esterilização de insetos e na medicina, para eliminar algumas formas de tumores cancerígenos.
Recuperação: restituir um ecossistema ou população degradada à sua condição natural comparar com reabilitação.
Recursos hídricos: numa determinada bacia, a quantidade de águas superficiais ou subterrâneas disponível para uso.
Recursos não renováveis: recurso cuja quantidade física não aumenta com o tempo e sim, diminui irreversivelmente com o uso da quantidade disponível. Um recurso não renovável é aquele cujo consumo envolve necessariamente o seu esgotamento.
Recursos naturais: fontes de riqueza material e de biodiversidade que existe em estado natural, tais como florestas, reservas minerais e outros.
Recursos renováveis: bens naturais destinados às múltiplas atividades dos seres humanos e cuja disponibilidade futura é reversível com o uso, sempre que se utilize técnicas de manejo em que a taxa de consumo não exceda a capacidade de carga do meio comparar com desenvolvimento sustentável. Um recurso renovável pode se auto-renovar a nível constante, porque se recicla rapidamente (água) ou porque está vivo e pode propagar-se ou ser propagado(organismos e ecossistemas).
Reflorestamento – processo que consiste no replantio de árvores em áreas que anteriormente eram ocupadas por florestas.
Refúgio ecológico: lugar geralmente de reduzida extensão e de condições excepcionalmente favoráveis para determinadas plantas em meio que lhe é hostil.
Região ecológica: conjunto de ambientes marcados pelo mesmo fenômeno geológico de importância regional que foram submetidos aos mesmos processos geomorfológicos, sob um clima também regional, que sustentam um mesmo tipo de vegetação.
Reposição florestal: plantio de espécies florestais adequadas, preferencialmente nativas, cuja produção seja, no mínimo igual ao volume anual necessário à plena sustentação da atividade econômica. Até recentemente o órgão central do SISNAMA, estabelecia uma reposição florestal mínima de seis árvores por metro cúbico de madeira retirada ou consumida. Todavia, as disparidades nos biomas e das espécies a recuperar, recomenda que se realize estudo prévio para determinar o número de árvores a serem replantadas.
Reserva biológica – unidade de conservação visando a proteção dos recursos naturais para fins científicos e educacionais. Possui ecossistemas ou espécies da flora e fauna de importância científica. Em geral não comportam acesso ao público, não posuindo normalmente belezas ciênticas significativas ou valores recreativos. Seu tamanho é determinado pela área requerida para os objetivos científicos a que se propõe, garantindo sua proteção.
Reserva Biológica do Poço das Antas – A principal razão da criação da Reserva Biológica do Poço das Antas, situada no Estado do Rio de Janeiro, fundamenta-se na necessidade de preservar os últimos remanescentes florestais, habitats do mico-leão-dourado (Leonthopitecus rosalia), uma vez que são restritos à Floresta Atlântica e suas populações foram drasticamente reduzidas pela caça, devido ao seu valor comercial. Atualmente, verifica-se o êxito deste trabalho, devido a reprodução em cativeiro e o percentual de sobrevivência nas reintroduções realizadas nesta Reserva. Nos trechos florestais preservados são encontradas espécies como o jequitibá-branco, o pau-brasil, o vinhático, o jacatiá, as figueiras-bravas, o mulungu e os ipês. Também estão presentes os campos, resultados de pastos e lavouras abandonadas, brejos bem preservados e a vegetação aquática nos remansos. Diante da variedade de ambientes preservados, a fauna também econtra abrigo nesta área, inclusive espécies ameaçadas de extinção, como a lontra, a ariranha, a preguiça-de-coleira e o jacaré-de-papo-amarelo.
Reserva biológica: (i)área natural intocada cuja superfície varia em função do ecossistema ou ente biológico de valor científico a preservar. São reservas biológicas as florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente, relacionadas no art 2* da Lei n* 4 771, de 15 de setembro de 1965 – Código Florestal, bem como as que forem estabelecidas por ato do Poder Público, e pouso de aves de arribação protegidas por convênios, acordos ou tratados assinados pelo Brasil com outras nações. (ii)a área de domínio público, compreendida na categoria de áreas protegidas, criada com a finalidade de preservar ecossistemas naturais que abriguem exemplares da flora e fauna nativas sin reserva ecológica.
Reserva da biosfera: o programa do Homem e Biosfera, das Nações Unidas, iniciou um projeto de estabelecimento de reservas da biosfera em 1970. Estas reservas devem incluir: amostras de biomas naturais; comunidades únicas ou áreas naturais de excepcional interesse; exemplos de uso harmonioso da terra; exemplos de ecossistemas modificados ou degradados, onde seja possível uma restauração a condições mais naturais. Uma reserva da biosfera pode incluir unidades de conservação como parques nacionais ou reservas biológicas.
Reserva do patrimônio mundial: a Conservação Internacional para a Proteção do Patrimônio Cultural (Unesco-1972) prevê a designação de áreas de valor universal como reserva do patrimônio mundial. Essas reservas devem preencher um ou mais dos seguintes critérios: conter exemplos significativos dos principais estágios da evolução da Terra; conter exemplos significativos de processos geológicos, evolução biológica e interação humana com o ambiente natural; conter únicos, raros ou superlativos fenômenos naturais, formações de excepcional beleza; conter habitats onde populações de espécies raras ou ameaçadas de extinção possam ainda sobreviver.
Reserva ecológica – unidade de conservação que tem por finalidade a preservação de ecossistemas naturais de importância fundamental para o equilíbrio ecológico.
Reserva ecológica: (i)possuem as mesmas características das reservas biológicas ou das áreas de preservação permanente. (ii)área representativa de ecossistemas brasileiros, destinada à realização de pesquisas básicas e aplicadas a ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação ambiental sin reserva biológica.
Reserva extrativista: esse tipo de unidade de conservação surgiu a partir da proposta do seringalista e líder sindical Chico Mendes, assassinado em dezembro de 1989. As reservas extrativistas são espaços destinados à exploração auto-sustentável e conservação dos recursos naturais renováveis por uma população com tradição extrativista, como os seringueiros por exemplo, baseada na experiência do extrativismo do látex na região de Xapuri, Acre.. O projeto de assentamento extrativista se materializa pela concessão de uso de áreas com potencial a populações que se ocupam ou venham a se ocupar do extrativismo de forma economicamente viável e ecologicamente sustentável.
Reserva indígena: área caracterizada por possuir sociedades indígenas. Geralmente, as reservas indígenas são isoladas e remotas e podem manter sua inacessibilidade por um longo período de tempo. Os objetivos de manejo são proporcionar o modo de vida de sociedades que vivem em harmonia e em dependência do meio ambiente, evitando um distúrbio pela moderna tecnologia e, em segundo plano, realizar pesquisas sobre a evolução do homem e sua interação com a terra.
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): área de domínio privado onde, em caráter de perpetuidade, são identificadas condições naturais primitivas, semiprimitivas, recuperadas ou cujo valor justifique ações de recuperação destinadas à manutenção, parcial ou integral, da paisagem, do ciclo biológico de espécies da fauna e da flora nativas ou migratórias e dos recursos naturais físicos, devidamente registrada. Áreas consideradas de notável valor paisagístico, cênico e ecológico que merecem ser preservadas e conservadas às gerações futuras, abrigadas da ganância e da sanha predadora incontrolável dos destruidores do meio ambiente. Esta categoria de unidade de conservação foi criada pelo Decreto nº. 98.914, de 31 de janeiro de 1990. Compete, contudo, ao IBAMA, reconhecer e registrar a reserva particular do patrimônio natural, após análise do requerimento e dos documentos apresentados pelo interessado. O proprietário titular gozará de benefícios, tais como isenção do Imposto Territorial Rural sobre a área preservada, além do apoio e orientação do IBAMA e de outras entidades governamentais ou privadas para o exercício da fiscalização e monitoramento das atividades desenvolvidas na reserva.
Resíduo: material ou resto de material cujo proprietário ou produtor não mais o considera com valor suficiente para conservá-lo.
Resíduos – materiais ou restos de materiais cujo proprietário ou produtor não mais considera com valor suficiente para conservá-los. Alguns tipos de resíduos são considerados altamente perigosos e requerem cuidados.especiais quanto à coleta, transporte e destinação final, pois apresentam substancial periculosidade, ou potencial, à saúde humana e aos organismos vivos.
Resíduos de aeroportos: resíduos sólidos provenientes de aeronaves e aeroportos.
Resíduos de portos: resíduos sólidos provenientes de navios e portos.
Resíduos hospitalares assépticos: resíduos sólidos hospitalares que admitem destinação similar à dos resíduos sólidos urbanos.
Resíduos hospitalares sépticos: resíduos hospitalares que requerem condições especiais quanto ao acondicionamento, coleta, transporte e disposição final por apresentarem periculosidade real ou potencial à saúde humana.
Resíduos industriais comuns: resíduos sólidos e semi-sólidos industriais que admitem destinação similar à dos resíduos sólidos urbanos.
Resíduos industriais perigosos: todos os resíduos sólidos, semi-sólidos e os líquidos não passíveis de tratamento convencional, resultantes da atividade industrial e do tratamento de seus efluentes que, por suas características, apresentam periculosidade efetiva e potencial à saúde humana e ao meio ambiente, requerendo cuidados especiais quanto ao acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposição.
Resíduos sólidos urbanos: resíduos sólidos gerados num aglomerado urbano, excetuados os resíduos industriais perigosos, hospitalares sépticos e de aeroportos e portos, já definidos anteriormente.
Resíduos sólidos: resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade de origem, tais como industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lôdos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente viáveis, em face à melhor tecnologia disponível.
RIMA – sigla do Relatório de Impacto do Meio Ambiente. É feito com base nas informações do AIA (EIA) e é obrigatório para o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como construção de estradas, metrôs, ferrovias, aeroportos, portos, assentamentos urbanos, mineração, construção de usinas de geração de eletricidade e suas linhas de transmissão, aterros sanitários, complexos industriais e agrícolas, exploração econômica de madeira, etc.
Royalties de madeira: taxa baseada na quantidade de madeira nas terras públicas e que devem refletir os valores de mercado da madeira, adicionado os custos da recuperação e da proteção dos ecossistemas As taxas geradas deveriam ser maiores para as espécies de alto valor e menores para aquelas de menor valor.
Saneamento: (i)controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeito deletério, sobre seu bem estar físico, mental ou social. (ii)obtenção e manutenção de um estado de controle sobre as forças naturais ou artificialmente criadas pelo progresso material, adversas ou contrárias à constituição biológica humana, respeitando os ecossistemas naturais e que são necessários ao equilíbrio ecológico.
Saúde Pública: (i)ciência e arte de promover, proteger e recuperar a saúde física e mental, através de alcance coletivo e de motivação da população. (ii) ciência e a arte de prevenir as doenças, prolongar a vida e promover a saúde e a eficiência a saúde e a eficiência física e mental, através dos esforços organizados da comunidade, visando o saneamento do meio, controle das infecções na comunidade, a educação dos indivíduos nos princípios da higiene pessoal, a organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo das doenças, e o desenvolvimento da máquina social que garantirá, para cada indivíduo da comunidade, um padrão de vida adequado à manutenção da saúde.
Saúde: estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.
Seleção natural – processo de eliminação natural dos indivíduos menos adaptados ao ambiente, os quais, por terem menos probabilidade de êxito dos que os melhor adaptados, deixam uma descendência mais reduzida.
Serapilheira: camadas de folhas, galhos e matéria orgânica morta que cobrem o solo das matas.
Seres consumidores – seres como os animais, que precisam do alimento armazenado nos seres produtores.
Seres decompositores – seres consumidores que se alimentam de detritos dos organismos mortos.
Seres produtores – seres que, como as plantas, possuem a capacidade de fabricar alimento usando a energia da luz solar.
Silicose – doença pulmonar que resulta da inalação de sílica ou de silicatos existentes no ar poluído.
Simbiose – associação interespecífica harmônica, com benefícios mútuos e interdependência metabólica.
Síndrome da China – nome que designa um acidente nuclear imaginário, com o derretimento incontrolado de um reator atômico. Segundo a ficção, a quantidade de calor era tão grande que causaria o derretimento do solo desde os Estados Unidos até a China.
Sinúsia: termo que significa um conjunto de plantas de estrutura semelhante, integradas por uma mesma forma de vida ecologicamente homogênea.
Sistema de disposição final dos resíduos sólidos: conjunto de unidades, processos e procedimentos que visam ao lançamento de resíduos no solo, garantindo-se a proteção da saúde pública e a qualidade do meio ambiente.
Sistema de tratamento de resíduos sólidos: conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características físicas, químicas e biológicas dos resíduos e conduzem à minimização do risco à saúde pública e à qualidade do meio ambiente.
Sobrepesca – ocorre quando os exemplares de uma população são capturados em número maior do que o que vai nascer para ocupar o seu lugar. Ocorre também quando os estoques das principais espécies encontram-se sob exploração por um número de embarcações que ultrapassa o esforço máximo tecnicamente recomendado para uma pesca sustentável.
Subosque: estratos inferiores de uma floresta. Vegetação que cresce sob as árvores.
Substância nociva: incluem qualquer substância que representa ameaça à saúde dos seres humanos e ao ambiente, como por exemplo as substâncias tóxicas, corrosivas e inflamáveis.
Sucessão ecológica – seqüência de comunidades que se substituem, de forma gradativa, num determinado ambiente, até o surgimento de uma comunidade final, estável denominada comunidade-clímax.
Sustentabilidade: uma característica de um processo ou estado que pode ser mantido indefinitivamente.
Tabuleiro ou chapada: formas topográficas que se assemelham a planaltos, com declividade média inferior a 10 % e extensão superior a dez hectrares, trerminada de forma abrupta; a chapada se caracteriza por grandes superfícies a mais de seiscentos metros de altitude.
Taxa de fecundidade total: número médio de filhos que teria uma mulher ao fim de um período reprodutivo sin coeficiente de fecundidade.
Tensão ecológica: encontro entre duas ou mais regiões ecológicas, ou entre tipos de vegetação que interpenetram-se sob a forma de enclave ou mistura( ecótono). Exemplo : contato entre as formações florestais e a Campinarana.
Teratogênico : produto químico que, ingerido por um indivíduo do sexo feminino, pode causar deformações no filho que ele gerar. Como exemplos temos a talidomida, mercúrio, etc.
Terras indígenas: terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para as atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessárias a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo os seus usos, costumes e tradições.
Tolerância – capacidade de suportar variações ambientais em maior ou menor grau. Para identificar os níveis de tolerância de um organismo são utilizados os prefixos euri, que significa amplo, ou esteno, que significa limitado.Assim, um animal que suporta uma ampla variação de temperatura ambiental é denominado euritermo, enquanto um organismo que possui pequena capacidade de tolerância a este mesmo fator é chamado estenotermo.
Tombamento: área com características e tombamento variável em função do bem a proteger. O tombamento pode incidir sobre áreas já definidas como unidades de conservação.
Tora industrial: termo utilizado em silvicultura para designar todos os produtos da madeira, exceto a lenha e o carvão.
Toxicidade: medida relativa ao efeito nocivo de uma substância sobre o organismo.
Tóxico: substância química ou biológica capaz de produzir envenenamento.
Transmissão: transferência de um agente etiológico animado de uma fonte primária de infecção para um novo hospedeiro; compreende três fases: vias de eliminação, de transmissão e de penetração. Divide-se em transmissão direta e indireta.
Turismo ecológico: ver ecoturismo.
Unidades de conservação: áreas destinadas a guardar e proteger amostras significativas dos ambientes naturais, da biodiversidade genética, das belezas cênicas e de sítios históricos ou culturais, relacionados a objetivos ecológicos, culturais e econômicos.
Unidades de conservação – áreas criadas com o objetivo de harmonizar, proteger recursos naturais e melhorar a qualidade de vida da população.
Uso restrito: significa áreas que possui limitações para ocupação antrópica do solo, compreendendo as terras indigenas, unidade de conservação e áreas especiais; não incluem as áreas de preservação permanente, previstas no artigo 2* do Código Florestal.
Uso sustentável: uso de um organismo, ecossistema ou de outro recurso renovável a uma taxa compatível com sua capacidade de renovação.
Variedade biológica: diferenças observáveis entre indivíduos que constituem uma dada espécie.
Várzea: planície aluvial, cujas águas, ricas em nutrientes e material em suspensão, responsáveis pela enorme produtividade das áreas adjacentes ao leito do rio e da piscicultura nos lagos.
Vegetação relíquia: comunidade que persiste em situações especialíssimas em altitudes acima de 1800 m.
Vida silvestre: todos os mamíferos, aves, répteis e anfíbios não domésticos que vivem em seu ambiente natural.
Voçoroca – último estágio da erosão. Termo regional de origem tupi-guarani, para denominar sulco grande, especialmente os de grandes dimensões e rápida evolução. Seu mecanismo é complexo e inclui normalmente a água subterrânea como agente erosivo, além da ação das águas de escoamento superficial.
Zona eufótica: o mesmo que eufótico.
Zona fótica: o contrário de afótico.
Zoneamento agroecológico – é o ordenamento, sob forma de mapas, informações relativas ao tipo de vegetação, geologia, solo, clima, recursos hídricos, climáticos e áreas de preservação, de uma determinada região.
Zoneamento ecológico e econômico: metodologia utilizada em ordenamento territorial que através da identificação das potencialidades e vulnerabilidades de um determinado bioma, define os seus usos no aspecto ecológico e econômico.
Zoneamento: divisão de um território de acordo com os critérios e normas de uso e formas de ocupação do solo.
Zooplâncton – conjunto de animais, geralmente microscópicos, que flutuam nos ecossistemas aquáticos e que, embora tenham movimentos próprios, não são capazes de vencer as correntezas.
Zooplâncton: é o conjunto de animais suspensos ou que nadam na coluna de água, incapazes de sobrepujar o transporte pelas correntes, devido ao seu pequeno tamanho ou à sua pequena capacidade de locomoção.
Fonte: Páginas Terra
02.10.2006
02.10.2006