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UnB instala equipamentos em Sete Lagoas (MG) para monitorar tremores de terra

UnB instala equipamentos em Sete Lagoas (MG) para monitorar tremores de terra

O município registrou 18 tremores nos últimos quatro meses, e os moradores estão assustados.

Moradores de Sete Lagoas, em Minas Gerais, estão assustados com os tremores de terra cada vez mais frequentes. A prefeitura e a Universidade de Brasília estão estudando o fenômeno.

No município de pouco mais de 240 mil habitantes não é difícil encontrar alguém que já tenha sentido um tremor de terra.

“Como eu trabalho sentado, com a planta dos pés no chão, eu senti o prédio tremer como se fosse uma explosão”, conta o músico Arnond Siriaco de Oliveira Júnior.

A Rede Sismográfica Brasileira contabilizou 201 tremores neste ano no Brasil75 deles em Minas Gerais. Só o município de Sete Lagoas registrou 18 tremores nos últimos quatro meses.

O mais recente foi no dia 29 de julho. Imagens de câmeras de segurança dão ideia do movimento.

“A sensação não é muito boa, não. É assustador, inclusive chega a tremer até as janelas”, diz o açougueiro Leonardo José Ferreira de Souza.

Nenhum dos tremores em Sete Lagoas atingiu a categoria de grande magnitude. Os mais intensos chegaram a 2.9 na Escala Richter, mas, segundo especialistas, são percebidos pela população.

“Muita gente está aterrorizada com isso aí”, diz o empresário Vladimir Silva Cândido.

Diante de tantos registros, e para acalmar os moradores, o município começou a distribuir 30 mil cartilhas com informações e orientações e convidou o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília para investigar os casos.

Os pesquisadores instalaram sete estações de monitoramento em lugares diferentes e estratégicos da cidade. Os equipamentos vão poder registrar qualquer tipo de tremor, inclusive aqueles de pequena magnitude que geralmente a população não percebe. O objetivo é entender as causas dos abalos e o local exato em que acontecem.

“O entendimento dele faz com que próximas ocorrências a gente já possa saber onde é que provavelmente vai acontecer, o que são falhas geológicas, se é provocado por falha e que possa ocorrer ou a magnitude menor ou se tem procedência de ter ocorrências futuras”, explica George Sand França, pesquisador do Observatório Sismológico da UnB.