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Reciclagem: artesã faz luminárias e abajures com filtro de café

Reciclagem: artesã faz luminárias e abajures com filtro de café

Aposentar-se é uma possibilidade que nem passa pela cabeça da artesã Rosana Colombo, entusiasmada com a proximidade de completar 70 anos em julho. As quase quatro décadas de experiência em trabalhos manuais não a deixam cansada. Pelo contrário. Disposição e motivação não faltam à profissional, que já trabalhou com decoração de festas e é conhecida por reutilizar materias recicláveis em suas criações. No passado, fez peças variadas com garrafas PET. Atualmente, produz revestimentos para luminárias e abajures com filtro de café.

— Amigos, familiares e clientes juntam filtros usados e me dão para que eu possa trabalhar. O ideal é que os filtros de café sejam guardados lavads porque assim ficam mais adequados para serem tingidos. Além de criar a parte estética, decorativa, faço a instalação elétrica da base do abajur. A divulgação das minhas peças é feita, na maioria das vezes, na base do boca a boca. Participar de feiras ecológicas, de reciclagem, também ajuda bastante. Eu sou muito ativa. Estou sempre criando uma coisa nova, não gosto de parar no tempo. Amo o que eu faço, por isso nem penso em um dia me aposentar — diz a artesã.

Entre os destaques da coleção de produtos assinada por Rosana estão os chinelos revestidos de tecidos.

Sandálias forradas em tecido pela artesã Rosana Colombo Foto: Acervo pessoal
Sandálias forradas em tecido pela artesã Rosana Colombo Foto: Acervo pessoal

 

— Eu recorto o pano e moldo em cima do próprio chinelo. A partir daí, vou dando o formato que considero que combina mais com cada estampa. Quem não sabe nem imagina que as sandálias que eu vendo são feitas a partir de chinelos de dedo — aposta.

A artesã se orgulha muito do seu trabalho, que foi fundamental para adquirir o imóvel onde vive na Rua Itacuruçá, na Tijuca.

— Em 1992, ganhei muito dinheiro depois de participar do programa da Ana Maria Braga, que naquela época ainda nem trabalhava na Globo. Ela divulgou o artesanato que eu fazia, e isso gerou um número imenso de encomendas. Trabalhei muito e investi tudo o que ganhei na compra do apartamento em que moro há 28 anos. Eu nunca gostei de depender do dinheiro do meu marido, então sempre trabalhei para comprar as minhas coisas e também para ajudar nas despesas da casa — observa a especialista em trabalhos manuais, que recebe pedidos por meio do WhatsApp 99462- 3776.