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No Agreste: Gado Bravo celebra emancipação

No Agreste: Gado Bravo celebra emancipação

Município comemora, em abril, os 29 anos da data em que passou da condição de distrito para a de cidade

O jovem município de Gado Bravo estará comemorando aniversário de emancipação política no dia 29 de abril. Na data, o município estará completando 29 anos de existência. Localizado no Agreste paraibano, na Região Metropolitana de Campina Grande, Gado Bravo fica a 179km e João Pessoa.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem atualmente 8.179 habitantes. No município, as principais atividades econômicas que garantem renda para parte considerável dos moradores são a produção de leite e a agricultura com as culturas de milho, feijão, jerimum que movimentam a economia local.

As principais festas da cidade são a tradicional Festa de Março, em homenagem ao padroeiro da cidade, São José, e a Festa do Tapuia (comunidade rural indígena, situada às margens do Rio Paraíba, que guarda valiosas marcas culturais do povo.

A Festa de São José acontece, geralmente, durante o dia e atrai grandes multidões, principalmente, moradores da Região Metropolitana de Campina Grande. Já a Igreja Matriz São José foi construída no ano de 1933. Por conta da construção da igreja, no dia do padroeiro, tambémé realizada uma procissão que atrai praticamente toda a população católica da cidade.

Por outro lado, a Festa Tapuia é realizada todos os anos no mês de julho, em homenagem à padroeira da comunidade de Sant’Ana. O nome dado a festa “Tapuia” se deu em razão da colonização do local pelos indígenas tapuias. É uma festa que acontece na localidade desde a décadade 1950.

No que diz respeito aos esportes, a vaquejada e o futebol amador são as grandes paixões dos moradores de Gado Bravo. Essas são as modalidades que os moradores mais praticam. Segundo informações do jornalista Toni Moraes, a vaquejada e o futebol amador são praticados na cidade desde o período emque Gado Bravo era distrito de Umbuzeiro e depois de Aroeiras, até sua emancipação. “Os gadobravenses são povos advindos da zona rural destas duas cidades”, informou o jornalista.

Gado Bravo, segundo Toni Moraes, teve alguns filhos muito admirados pela população. Um exemplo de pessoa muito querida pelos moradores foi Salomão Lucena. Ele foi o primeiro prefeito da cidadee lutou muito pela emancipação e liberdade política do município. Salomão faleceu antes de concluir seu segundo mandato. Era um político muito amado pela população gadobravense.

O prefeito do município, Marcelo Jorge, fez questão de afirmar que o governador João Azevêdo é um grande parceiro e que tem contribuído muito com a evolução do município. “Estamos recebendo do Governo do Estado, através da Cagepa, uma nova adutora que vai beneficiar toda a populaçãocom água encanada. Por mais de 15 anos, os moradores de Gado Bravo sofriam com a falta d’água e o abastecimento era feito por carros pipa”, contou o prefeito Marcelo Jorge.

Segundo o prefeito, “em parceria com o Governo do Estado inauguramos recentemente a travessia urbana que liga a comunidade de Boa Vista (entrada da zona urbana), ao Centro da cidade. Essaparceria foi fundamental para transformar a mobilidade urbana do município que era bastante complicada”, destacou.

Marcelo Jorge afirmou que nasceu na zona rural de Gado Bravo e que seu grande sonho era um dia ser prefeito na sua cidade.“Costumo dizer que vivo todos os dias a realidade deste sonho. Por vezes,mal acredito. A minha cidade é de uma riqueza cultural tremenda, e nós buscamos sempre despertá-la, fomentá-la e desenvolvê-la. Em nossa história, fomos grandes referência em diversos âmbitos. Hoje, somos destaque na educação,que evolui a cada dia. Somos, sobretudo, uma comunidade unida e de grande pertencimento. Contamos sempre com grande apoio do Governo do Estado, que tem nos ajudado a crescer. Um importante exemplo é a obra da travessia urbana recém-inaugurada pelo róprio governador João Azevêdo e seu vice Lucas Ribeiro. Agradeço a eles por trazerematé nós uma realidade que parecia distante, mas que transformou a cidade”, destacou.

Um dos destaques turísticos da cidade é o antigo cruzeiro (que já deu nome à cidade). Ele foi construído em madeira por um imigrante católico devoto de São José, chamado Zé Chico. Os moradores mais antigos de Gado Bravo contam que Zé Chico chegou a localidade na década de 1920. Na época ele fez o cruzeiro e o colocou nas proximidades da rua José Mariano Barbosa, próximo ao Bar do Zezito. Porém,em 1998 na gestão do ex-prefeito Salomão Lucena, o cruzeiro foi levado e fixado ao lado da igreja matriz da cidade. Nos dias atuais o cruzeiro original, feito em madeira, foi retirado do local e colocado em seu antigo lugar.

Povoamento da região começou no século 19

O primeiro nome de Gado Bravo foi Curtume (local onde ocorre o tratamento de couro cru ou pele animal para convertê-la em couro). Em seguida, a cidade passou a ser chamada de Cruzeiro,devido ao cruzeiro existente no município, que era muito visitado pelos fiéis da igreja católica. Alguns anos depois, a cidade passou a ser chamada de Gado Bravo.

Segundo histórias dos moradores mais antigos, os criadores de Gado Bravo escolheram esse nome porque tinham muita dificuldade em se aproximar de seus rebanhos, que era considerado “gado selvagem”. “Ninguémse atrevia a se aproximar do gado, contava seu Bila, um dos mais antigos moradores do município, já falecido.

O povoamento de Gado Bravo foi iniciado no fim do século 19 e início do século 20, principalmente, por imigrantes vindos do estado de Pernambuco. Na época,o local foi se transformando em um ponto de criadores de gado, o que transformou a vida dos moradores de toda a região.