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Cuité de Mamanguape: município tem tradição religiosa

Cuité de Mamanguape: município tem tradição religiosa

Devotos de Nossa Senhora da Conceição, os cuiteenses expressam sua religiosidade e fé pela padroeira da cidade

Dotado de um povo hospitaleiro, Cuité de Mamanguape é um município pequeno, mas aconchegante. Recém-formado, este ano, completará 29 anos de emancipação política. Devotos de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município, o cuiteense é um povo simples que expressa a religiosidade e a fé pela Imaculada. De acordo com o IBGE (2021), a população estimada do município é de 6.360 habitantes, sendo uma cidade tranquila e pacata.

Religiosidade

A cultura da localidade se expressa pela religiosidade, o que é muito forte na região. A festa da padroeira da cidade acontece no dia 8 de dezembro e se estende até do dia 18, sendo uma celebração tradicional, com diversos eventos religiosos no decorrer dos dias, a exemplo da procissão. Além disso, outra festa que é destaque entre os cuiteenses, é a emancipação política, que é comemorada no dia 5 de maio.

As opções de lazer na cidade são escassas, mas no centro da cidade pode ser vista a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição que é o cartão-postal da cidade e que representa não só a religiosidade desse povo, como também a cultura. A igreja é simples e pequena e fica em frente à praça homônima ao templo.

Serviço público e comércio são fontes de emprego e renda

O ex-distrito de Mamanguape se tornou independente em 5 de maio de 1994 e está localizado no Litoral Norte, a 72 km de João Pessoa, capital da Paraíba. A Bacia Mamanguape, Rio Cuité, Ribeiro, Guariba e Rio dos Marcos formam a hidrografia de Cuité. Com uma extensão territorial de mais de 108 quilômetros quadrados, o município limita-se ao norte com Itapororoca; ao sul, com o município de Sapé; a leste, com o município de Capim; e a oeste com Araçagi; e ao sul com o município de Mari.

Com relação à economia local, o serviço público e o comércio, que vem se desenvolvendo no centro da cidade, são fontes geradoras de emprego e renda para as famílias. O salário médio mensal no município era de 1,8 salários mínimos, em 2020, em relação aos trabalhadores formais, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, 363 cuiteenses estavam ocupados em 2020, o que presente 5,7% da população local.

Além do mais, a agricultura também é desempenhada pela plantação de cana-de-açúcar e abacaxi, embora seja menos expressiva que as demais formas de movimentação econômica na cidade. A feira livre também faz parte da cultura e economia local e acontece sempre aos domingos, sendo uma forma de abastecer as famílias cuiteenses.

Quanto ao esporte, a prática vem tentando se fortalecer com a promoção de torneios de futebol pela prefeitura, entre crianças e adolescentes no Estádio Luiz Pereira Rodrigues, O Pereirão. Além disso, a prefeitura local vem tentando agora inserir uma nova modalidade esportiva, o futsal, sendo uma alternativa de lazer.

Com ar bucólico e sossegada, as ruas da cidade receberam no últimos dois anos, pavimentação para melhorias na mobilidade urbana. Em 2020, o Governo do Estado, por meio da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento (Suplan), concluiu pavimentação de quatro ruas em Cuité de Mamanguape. Foram pavimentadas as Ruas Projetada 01, Projetada 02, Projetada 03 e a Bela Vista, o que correspondeu a um investimento de mais de R$ 380 mil.

A vegetação do município consiste na Caatinga e na Mata Atlântica, segundo o IBGE.

Origem da cidade se deu com a criação de três fazendas

Cuité de Mamanguape tem em suas principais famílias fundadoras os Corrêa, Bêco e Gerônimos. A família Corrêa era descendente de fugitivos de Fernando de Noronha, a qual teve acesso através do porto de Mamanguape, deacordo com o secretário de Turismo e Cultura, Uilangle Correia. As atividades existentes da época eram basicamente a cana-de-açúcar, o milho, a mandioca e o feijão.

Além disso, contou que inicialmente a região foi frequentada por navegantes franceses, antes da colonização da Paraíba, em 1575. A origem da cidade se deu com a criação de três fazendas: Faço Sempre, que pertencia a Chica Gorda e, por isso, o povoado foi chamado, na época, de Cuité da Chica Gorda. A partir daí, surgiram outras fazendas ondeforam construídos engenhos. Na época, as atividades limitavam-se à produção de canade-açúcar, milho e feijão.

Entre os séculos 16 e 17, com o estabelecimento da colonização portuguesa, o pernambucano Duarte Gomes da Silveira interessou-se pelo progresso da região. Assim, os portugueses iniciavam o aldeamento dos índios potiguaras e o levantamento de engenhos, quando se deu a invasão holandesa causando o abandono da aldeia que seria daregião. Ali se estabeleceram os jesuítas e reconstruíram a antiga aldeia dos índios, que foi acrescida de colonos portugueses.

O primeiro automóvel visto em Cuité foi em 1926, de propriedade do senhor Severino Helai, em visita à família Bêco. O segundo automóvel a visitar Cuité, era de propriedade de Franco Correia, em 1928.