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Pessoas que comem menos carne tem menor risco de desenvolver câncer

Pessoas que comem menos carne tem menor risco de desenvolver câncer

Pesquisa realizada no Reino Unido associa o consumo de carne com o desenvolvimento do câncer

Durante um período de quatro anos, o dado de mais de 400 mil britânicos foi analisado para investigar a associação entre o desenvolvimento do câncer com o consumo de carne. A pesquisa publicada na BMC Medicine indica que pessoas que comem menos carne, ou não comem carne em geral, têm menos risco de desenvolver a condição.

Dentre os participantes, 52% comia carne e apenas 2% eram considerados veganos ou vegetarianos. Até a conclusão do estudo, mais de 50 mil dos entrevistados, o que equivale a 12%, desenvolveram algum tipo de câncer.

De acordo com o resultado da pesquisa, veganos e vegetarianos tinham 14% menos chances de desenvolver a condição em comparação com os participantes que comiam carne mais de cinco vezes por semana. Pescetarianos apresentaram 10% menos riscos.

Em casos de câncer de próstata, participantes que não comem carne apresentaram 30% menos riscos.

A pesquisa reuniu resultados contínuos, que não podem ser conclusivos por não resumirem toda a dieta dos participantes durante sua vida inteira. Portanto, os pesquisadores não conseguiram chegar em uma conclusão certeira sobre o relacionamento entre consumo de carne e desenvolvimento do câncer.

Mais pesquisas deverão ser feitas para afinar os resultados que foram publicados na BMC Medicine, porém, essa não é a primeira vez que a associação foi feita.

De acordo com um estudo publicado em 2020, o consumo excessivo de carne e produtos de origem animal pode ser prejudicial à saúde humana, com evidências relacionadas ao câncer, doenças do coração, doenças metabólicas, obesidade, diabetes e a episódios de acidente vascular cerebral. Além disso, o consumo de carne também promove o surgimento e a disseminação de patógenos resistentes a antibióticos.

O vegetarianismo e o veganismo também apresentam dados significativos na redução de desenvolvimento de doenças e condições prejudiciais à saúde. Uma pesquisa mais antiga sugere que uma dieta vegetariana estrita ainda pode diminuir os sintomas da asma. Mas não para por aí. Uma revisão de 25 estudos concluiu que uma dieta com redução nos produtos de origem animal contribui para a redução do risco de obesidade e diabetes tipo 2. Além de doenças cardiovasculares ou no auxílio contra o envelhecimento, ambas as dietas já se mostraram eficientes na melhora do quadro mental de pacientes.

É possível que vegetarianos tenham menos indícios de depressão, ansiedade e pensamentos negativos do que pessoas que consomem carne. A pesquisa foi publicada no Nutrition Journal e contou com a participação de um grupo de Adventistas do Sétimo Dia.