Gripe aviária chegou oficialmente à Antártica, alertam cientistas
Segundo os pesquisadores, a chegada da gripe aviária à Antártica coloca em risco milhares de aves e mamíferos que vivem na região
Testes de laboratório confirmaram o que os pesquisadores temiam. Um mandrião-antártico (Catharacta antarctica), ave típica da Antártica, morreu em função da gripe aviária. Com o registro, a doença oficialmente chegou a região.
- Milhares de animais em risco na Antártica
- Segundo os pesquisadores da British Antarctic Survey (BAS), o animal provavelmente foi infectado pela gripe aviária na Argentina ao longo de sua rota migratória pela América do Sul, onde já foram confirmados surtos significativos da doença em aves selvagens e também focas.
- As aves migratórias representam a maior ameaça para espalhar o vírus pelo planeta, alertaram as autoridades sanitárias.
- Com a confirmação da infecção, outras colônias de aves marinhas estão sendo monitoradas para evitar a proliferação da doença.
- Apenas na Ilha das Aves, localizada a cerca de 1.700 km do extremo sul do território argentino, vivem 50 mil pinguins, 650 mil lobos-marinhos, bem como grandes e diversas populações de aves marinhas.
- Toda essa população está agora vulnerável à gripe aviária.
- As informações são da New Atlas.
Avanço da gripe aviária tem gerado preocupação mundial
A confirmação da chegada da doença à Antártica também é uma má notícia para o mandrião-antártico. Pesquisas recentes indicam que a espécie, que se alimenta de outras aves marinhas, sofreu um declínio populacional de 47% nos últimos cinco anos. Os cientistas não sabem exatamente o que motivou essa diminuição do número das aves, que agora estão ameaçadas pelo vírus.
O atual surto da doença começou a ganhar força no final de 2021. Estimativas apontam que ela já matou milhões de aves selvagens em todo o mundo. Mas as autoridades de saúde alertam que o vírus está se espalhando também para mamíferos como focas e outros animais.