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“Diário de Uma Repórter no Pantanal”: as histórias de uma jornalista capixaba com coração pantaneiro

“Diário de Uma Repórter no Pantanal”: as histórias de uma jornalista capixaba com coração pantaneiro

Foi no ano de 1998 que Cláudia Gaigher começou a trabalhar no Mato Grosso do Sul. Ao longo das últimas décadas, mais especificamente 24 anos, a jornalista se tornou um rosto conhecido dos telespectadores brasileiros. Suas reportagens para os principais jornais e programas da TV Globo e da Globonews nos traziam informações, notícias e histórias da região e nos abriam as portas para um bioma pouco conhecido por muitos, o Pantanal.

Com seu trabalho, Cláudia também teve a oportunidade de viajar para outros biomas, como o Cerrado e a Amazônia, e uma ligação com a vida natural, que já existia desde sua infância no Espírito Santo, se tornou ainda maior.

Ela não sabe dizer em que exato momento a jornalista também virou uma ativista, mas sua eloquência e propriedade ao falar sobre os assuntos e problemas que conhece tão bem, não deixam dúvida que estamos diante de um advogada voraz pelo meio ambiente.

“O Pantanal me escolheu. Eu fiquei tão impactada e ainda fico tão emocionada cada vez que visito a região, que nasceu em mim um sentimento de pertencimento. É o meu lugar, é onde eu me reenergizo, me restauro e me integro. Sou uma capixaba com coração pulsando no Pantanal”, diz ela.

Recentemente Cláudia lançou seu primeiro livro: “Diário de Uma Repórter no Pantanal”, obra editada e financiada pela organização Documenta Pantanal, Nela estão 30 histórias de bastidores.

Entrevistamos Cláudia que nos contou um pouco sobre sua trajetória, o envolvimento com a causa ambiental, a paixão pelo Pantanal, seus planos futuros e a urgência em mudar nossa mentalidade em relação à conservação.

“Sempre digo que o maior desafio para a conservação ambiental no Brasil é o brasileiro. Porque ainda perpetua em nosso país um olhar dissociado sobre os nossos biomas. Precisamos urgentemente mudar essa compreensão e passar a tratar os biomas como interdependentes“, ressalta.

Abaixo confira a entrevista completa:

Você é originalmente do Espírito Santo. Na infância e juventude, já tinha essa ligação com a natureza? Quando ela surgiu?
Eu nasci em Cachoeiro de Itapemirim, cidade no sul do Espírito Santo. Fica muito perto da região serrana e do litoral. Essa proximidade facilitava as viagens de fim de semana para a roça. Passávamos férias nas fazendas e sítios dos amigos do meu pai, os feriados subíamos a serra para ficar em Vargem Alta, Venda Nova, Castelo e sempre tivemos esse hábito de em qualquer feriado, fim de semana ou férias fazer passeios para as regiões de mata preservada, tomar banho de cachoeira, de passear de barco pelos manguezais, em praias isoladas.

Os meus pais estimulavam a gente a buscar essa conexão com a natureza respeitando os lugares. Os banhos de cachoeira em Matilde, as visitas às comunidades de imigrantes italianos e alemães produtores de hortaliças e frutas, e assim cresci vivenciando na prática o que hoje virou necessidade: um estilo de vida onde no dia a dia fazemos escolhas sustentáveis.

Os passeios em família sempre eram para lugares no interior do estado. Fazíamos acampamentos na praia, ‘pescando’ o almoço, passávamos férias na região montanhosa do estado, coberta de Mata Atlântica, e as expedições em família no meio da mata e nos campos fazem parte da nossa criação. Então pra mim, estar em contato com a natureza é algo que hoje eu e os meus irmãos também perpetuamos com os nossos filhos. Posso dizer que é uma herança de família esse jeito de olhar o mundo como nossa morada temporária, levando muito a sério as práticas de conservação e respeito pensando no legado que deixaremos para os mais jovens.

Como e quando a jornalista capixaba foi parar no Pantanal?
Eu recebi o convite da Central Globo de Jornalismo para ser repórter de rede nacional em Mato Grosso do Sul. Seria por alguns anos apenas como repórter na TV Morena, afiliada da Globo com sede em Campo Grande. Eu escolhi ir para o interior do país justamente para conhecer mais profundamente os biomas do Brasil Central, Pantanal e Cerrado.

Quando cheguei em 1998 nunca tinha visitados esses biomas, e me apaixonei pela diversidade, pelas paisagens tão diferentes das que eu estava habituada morando no litoral. Eu tive a oportunidade de conhecer e mostrar nas reportagens um Brasil que muitos não conhecem. Me aprofundei nos estudos sobre a colonização, sobre as questões fundiárias e culturais das etnias que vivem no Centro Oeste e Norte do Brasil, nas tradições culturais, nas pesquisas de conservação. E confesso que nem vi passar os 24 anos, quase 25.

A cada viagem, a cada pauta e apuração eu descubro um fato novo que me leva a querer estudar e aprender ainda mais sobre as questões aqui. E o Pantanal me escolheu. Eu fiquei tão impactada e ainda fico tão emocionada cada vez que visito a região, que nasceu em mim um sentimento de pertencimento. É o meu lugar, é onde eu me reenergizo, me restauro e me integro. Sou uma capixaba com coração pulsando no Pantanal. Costumo brincar dizendo que quando eu partir quero as minhas cinzas espalhadas sobre o Rio Negro, no Pantanal da Nhecolândia, e guardar um pouquinho para lançar sobre a Mata Atlântica e o mar… Vai dar um trabalhinho pro meu filho viajar e me integrar aos lugares onde a minha alma encontrou morada.

Quando surgiu a ideia para escrever o livro?
Eu sempre gostei muito de ler e de escrever e desde criança escrevo muito. Na infância eu escrevia redações e histórias que brotavam na minha cabeça. Na adolescência eu tinha os meus diários. Eu sou do tipo que escreve cartas à mão até hoje. Eu tenho por hábito escrever muito quando estou fazendo as apurações e pesquisas para fundamentar as minhas pautas. Em campo eu não levo caderneta e nem caneta, não escrevo nada quando estou gravando, gravo na cabeça. Quando eu volto pra redação, eu já tenho a reportagem pronta na mente e apenas passo pro computador.

Mas sempre tem muito mais do que o tempo destinado à reportagem. Aí, quando eu chego em casa eu escrevo. Escrevo as minhas impressões, o que eu senti, sobre as pessoas que eu conheci, sobre os bastidores e os momentos vividos nas produções. Eu tinha muitos textos prontos quando a Monica Guimarães, da organização Documenta Pantanal que financiou a publicação, me propôs publicar.

"Diário de Uma Repórter no Pantanal": as histórias de uma jornalista capixaba com coração pantaneiro
O livro, com 360 páginas, conta 30 histórias de bastidores

Foi difícil separar 30 histórias para o livro depois de tantos anos de profissão?
O desafio maior foi reler e revisitar os meus escritos, relembrar as experiências e escolher o que entraria no livro. Eu lia o que eu tinha escrito e sempre lembrava ou queria acrescentar mais alguma história. Assim o livro foi ganhando vida e crescendo. E ainda ficaram muitas histórias e muitos textos de fora dessa publicação…

Eu tive a sorte de viver muitas situações nas viagens como repórter percorrendo não só o Pantanal e a Amazônia, mas também a Caatinga, o Cerrado a Mata Atlântica. Fui testemunha de transformações, de eventos históricos e também a oportunidade de participar ativamente acompanhando mensalmente a evolução das descobertas científicas juntos aos pesquisadores que atuam no Pantanal.

São, por exemplo, 24 anos acompanhando a equipe do Instituto Arara Azul, mais de dez anos junto com os pesquisadores dos projetos de conservação da anta, do tatu canastra, das ariranhas, das onças, dos tamanduás, dos rios, enfim, eu me tornei ‘membro honorário’ dos projetos e ONGs que atuam no Pantanal não por ser jornalista e dar visibilidade às descobertas e alertar sobre os perigos e ameaças, mas porque eu realmente me envolvi nas questões sociais, ambientais e os pesquisadores e pesquisadoras se tornaram grandes amigos. Nós convivemos, compartilhamos cada passo e torcemos uns pelos outros numa grande família que nasceu a partir do nosso amor pelo meio ambiente.

E qual foi o critério para a escolha dessas histórias específicas?
Eu queria mostrar como uma pessoa que nunca tinha pisado no Centro Oeste do Brasil se integrou à região à ponto de muita gente achar que eu nasci em Mato Grosso do Sul. Então escolhemos textos pitorescos sobre meu início aqui como forasteira, depois eu fui reunindo as histórias não cronologicamente, mas por assuntos e reportagens que me marcaram.

Falo de geologia, da colonização do Brasil central desde a chegada dos primeiros europeus, das questões indígenas que ainda hoje são dramáticas e carecem de mais atenção por parte dos gestores, dos produtores e da chegada dos primeiros pecuaristas ao Pantanal.

Tive ao longo dos anos como repórter no Pantanal muita gente boa e hospitaleira que me abriu as porteiras das suas propriedades e dos seus corações para me permitir conhecer e mostrar ao mundo as questões e os ‘causos’ da região. No livro eu conto quem foram algumas dessas pessoas, como nos conhecemos, o que eu aprendi com elas e assim as histórias vão ganhando corpo e alma. Não fiz do livro uma bandeira ou uma reportagem. Ali eu me mostro de alma aberta e de coração repleto de gratidão por tudo que vivo por aqui. São histórias engraçadas, tristes, inusitadas, felizes, tem um pouco de tudo e muito de mim.

"Diário de Uma Repórter no Pantanal": as histórias de uma jornalista capixaba com coração pantaneiro
Cláudia durante a cobertura dos incêndios florestais de 2020, quando 30% do Pantanal foi queimado

A linguagem escrita te deu uma oportunidade diferente de você relatar o que tem visto no Pantanal?Com certeza. Porque quando a gente escreve tem mais condições e tempo para aprofundar. Por isso escolhi reportagens como fios condutores dos textos. Porque quando a gente começa a estudar e conversar sobre a pauta com as pessoas nos locais onde estamos gravando, sempre tem muita informação que não cabe nas reportagens, que geralmente são mais voltadas para o factual. Escrevendo eu pude analisar, resgatar fatos históricos e depoimentos que complementam e dão ao leitor informações mais amplas sobre as questões que vivemos no Pantanal.

Na tua opinião, quais são os maiores desafios para a conservação do bioma?
Sempre digo que o maior desafio para a conservação ambiental no Brasil é o brasileiro. Porque ainda perpetua em nosso país um olhar dissociado sobre os nossos biomas. Precisamos urgentemente mudar essa compreensão e passar a tratar os biomas como interdependentes.

Não adianta falar em conservar apenas o Pantanal porque ele só existe por causa do Cerrado e da Amazônia. Todos os rios pantaneiros nascem no Cerrado, e grande parte da chuva que alimenta os rios pantaneiros gerando o pulso de inundação, o sobe e desce das águas, vem da Amazônia. Então a devastação que ocorre nos biomas vizinhos impacta o Pantanal. Não adianta dizer que é o bioma mais preservado do Brasil se as regiões que alimentam esse sistema, o ciclo de cheias e secas, estão sendo destruídas pelo fogo, pelo desmatamento, pela substituição da vegetação nativa por pastagens e lavouras.

O avanço do agronegócio é assustadoramente veloz sobre o Pantanal. Você viaja pelas estradas de chão, no Nabileque, em Miranda, em Aquidauana e olha pela janela e vê pastagens sendo convertidas em lavouras principalmente de soja. Você vê os projetos de infraestrutura em andamento e se assusta ao perceber a quantidade de rodovias que estão sendo pavimentadas ou ampliadas com aterros e pontes enormes sobre os rios e vazantes pantaneiras. Os portos em construção, as barragens para geração de energia, o garimpo na região do Pantanal norte. Então quando você reúne essas atividades que são tocadas simultaneamente você vê que o Pantanal está sitiado e sendo a cada ano alterado para dar lugar ao avanço da produção. Me assusta ver a velocidade das mudanças e a falta de envolvimento da população nas decisões.

Já temos onças no Pantanal norte contaminadas por mercúrio por causa do garimpo. Se a onça está contaminada, os peixes, jacarés, ariranhas que nadam nos mesmos rios também, assim como as pessoas ribeirinhas. No Cerrado em torno do Pantanal antas foram encontradas com deformidades e em muitas amostras coletadas nos animais os pesquisadores detectaram a presença de químicos proibidos no Brasil mas que são aplicados ilegalmente nas lavouras. Araras azuis apareceram mortas devido a exposição à agroquímicos. O bioma queimou quase 30% em 2020 e o próprio Ibama constatou que mais de 95% dos incêndios foram provocados por ação humana. Então a gente vê o Pantanal e o Cerrado silenciosamente serem devastados. E por tabela, com os desmatamentos na Amazônia, já reduziu a umidade e a chuva que chegam por aqui.

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas na área ambiental, sobretudo nos últimos anos, nas tuas andanças você enxerga sinais de esperança pela causa da conservação?
Tem muita gente trabalhando para conservar o Pantanal. Eu acredito que a principal vocação é o turismo de experiência que pode movimentar e muito a economia circular. É inaceitável pensar apenas da prosperidade de um grupo ou um segmento. Pior ainda é pensar que a planície e o seu entorno estão sendo transformados em lavouras de grãos. Pastagens sendo abertas derrubando os pequenos capões, ilhotas de mata no meio dos campos, e chegando até as margens dos rios pantaneiros.

Essas atividades precisam ser contidas em um novo zoneamento agroambiental definindo limites para o avanço das atividades. O modelo produtivo implantado atualmente demonstrou ser muito permissivo. O ambiente é frágil e já estamos vendo as transformações. Mas as leis não podem ser para proibir a produção em algumas áreas sem que o dono da terra seja compensado por isso.

O Pantaneiro raiz ama o Pantanal e tem sua história escrita durante séculos de pecuária extensiva. Mas o clima no planeta mudou, a economia mudou, e tantas alterações afetam sim o equilíbrio no bioma que não suporta mais o modelo de produção atual, baste ver os rios assoreados, as fazendas sofrendo para conseguir escavar poços mais profundos para dar água ao rebanho mesmo estando na maior planície alagável do Planeta.

Já existem iniciativas públicas, tímidas ainda, para reconhecer a importância dos pantaneiros que conservam as suas áreas. Eu defendo que deveria existir um programa de incentivo, monetizando os ambientes preservados, isenções ou taxações diferenciadas para os produtores que conservam, selos de qualidade e sustentabilidade dos seus produtos para agregar valor e mostrar que a bioeconomia, que a sustentabilidade são caminhos rentáveis também. A vocação turística precisa ser incentivada treinando guias locais, estruturando redes de pousadas e restaurantes gerando renda para as cidades pantaneiras.


Reportagem mostrando projeto de conservação do tatu-canastra

O ecoturismo pantaneiro começou no século passado. Uma iniciativa lá dos anos de 1990 no Refúgio Ecológico Caiman se espalhou, e muitos pantaneiros viram no turismo uma fonte de renda. Formaram guias de campo dando oportunidades aos funcionários das fazendas para guiar os visitantes junto com biólogos, pesquisadores e integrantes das ONGs que investem em pesquisa e conservação. Muitos pantaneiros abriram as porteiras para a pesquisa e para o turismo. Isso é muito lindo de ver.

Não existe ainda uma lei federal para o bioma Pantanal. Como a lei da Mata Atlântica. Precisamos de mais rigor no zoneamento agroambiental. Porque o Pantanal é imenso, a fiscalização in loco é difícil, mas com a tecnologia de georreferenciamento é possível saber onde há ações de devastação e punir. Entretanto, isso nem sempre acontece. E mais, enquanto tratarem o Cerrado separadamente, o Pantanal estará em risco. Porque as nascentes dos rios estão no Cerrado. Devastando essas áreas de nascente, muitas estão no meio de campos de lavouras e outras já desapareceram, a maior planície alagável do Planeta estará em perigo.

Que surpresas você acredita que as pessoas podem ter ao ler o livro?
Eu conto algumas lendas pantaneiras, eu falo muito sobre a História desse pedaço de Brasil que a gente não aprende na escola. Conto também sobre a formação geológica do Pantanal, e claro, tem tantos fatos que ocorreram no Brasil central que eu até tenho um capítulo dizendo que “Tudo acontece em Mato Grosso do Sul”. Eu me surpreendi nas pesquisas ao ver tanta coisa que aconteceu por aqui desde a chegada dos europeus em 1500. Tem muita história legal e pitoresca.

Você consegue olhar para trás e definir o momento em que a jornalista se tornou também uma ativista ambiental?
Eu não consigo datar. A minha vontade de mostrar o que eu estava presenciando, a minha indignação, a minha alegria, eu queria compartilhar. E sem perceber abracei como missão de vida a defesa do nosso Pantanal e dos nossos biomas e povos originários. Porque vejo o brasileiro muito fechado em suas prioridades pessoais e em seus setores e não ampliando o olhar para criar um sentimento coletivo de pertencimento.

Nossas riquezas naturais nos pertencem, pertencem ao Brasil e aos brasileiros de todas as gerações. Não podemos permitir que a devastação seja feita em beneficio de um setor ou de um superávit da balança comercial. São milhões de anos de evolução natural para chegar ao que temos hoje em nossos biomas. E os serviços ambientais prestados por áreas conservadas são fundamentais para a manutenção da vida humana também. Então eu posso dizer que essa paixão que me faz brilhar os olhos como se fosse a primeira vez que eu piso nesses lugares, já estava em mim e ao presenciar as transformações, ao conhecer melhor eu pude me posicionar mais.

Costumo dizer que eu sonho que os meus netos um dia possam ver o que eu vi, sentir a emoção que eu senti ao tomar um banho de rio, ao ver uma onça com filhotes na margem do rio, ao ver uma revoada de garças, colhereiros, araras azuis, tuiuiús, ao ver e ouvir a arruaça que as ariranhas fazem quando estão se divertindo nos rios pantaneiros. É tão emocionante, é tão intenso que toca profundamente a nossa alma.

Estar no Pantanal por todos esses anos revirou as minhas entranhas e me resgatou. Somos desafiados pela natureza a tirar os tampões dos ouvidos e escutar os sons da vida. Assim é e eu luto para que assim as pessoas sejam também tocadas por tamanha demonstração de força vital. Sou apaixonada pelo Pantanal e pelas pessoas que vivem nesse lugar tão especial.

Você saiu da Globo há pouco tempo. Vai continuar morando na mesma região? Quais são teus próximos planos profissionais?
Eu sai, mas os meus pés ficaram na produção jornalística e áudio visual. Tenho grandes amigos e mentores na Globo e também em outras emissoras, tem muita gente legal nos canais de streaming trabalhando em questões ambientais. Tenho projetos para produções de conteúdo no Pantanal e em outros biomas. Eu não consigo viver longe do ‘meu’ Pantanal e dos meus rios… Então, mesmo que o meu endereço mude de cidade ou estado, eu estarei sempre por aqui. Estou escrevendo muito. Escrevendo para sites e revistas, escrevendo para novas publicações literárias, é uma nova fase com novos e deliciosos desafios. Não vou sumir da tela porque eu amo contar histórias, reportar e compartilhar as experiências com quem não pode estar nos mesmos lugares que eu. Então vou continuar sim viajando e gravando muito por esses cantos…

*”Diário de Uma Repórter no Pantanal” pode ser encontrado nas livrarias da Travessa (RJ e SP) e no site da Documenta Pantanal


Suzana Camargo
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.