Tigela de pets tem bacteriana parecida com a de banheiros e pode afetar saúde dos donos

Segundo estudo, tigelas de alimentos de animais de estimação possuem contaminação bacteriana próxima de banheiros
Com que frequência você costuma higienizar a tigela do seu animal de estimação? Se ao pensar sobre o assunto, você nem conseguiu lembrar quando foi a última vez que isso aconteceu, cuidado! A sua saúde pode estar em perigo!
Um estudo realizado por pesquisadores da iniciativa One Health, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, publicado recentemente na revista Plos One, mostrou que não lavar a tigela do cão com frequência pode resultar em problemas de saúde para os pets e para os humanos.
Entre os problemas que podem aparecer estão a proliferação de bactérias como salmonela e listeria, que causam diarreia, febre, náuseas, cólicas, dores de estômago, entre outros, e podem ser potencialmente mais graves para gestantes, maiores de 65 anos e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
O estudo
Realizado com 417 tutores de cães, a pesquisa teve como objetivo analisar os impactos dos protocolos de higiene da Food and Drug Administration (FDA), a agência federal de saúde dos Estados Unidos, para a limpeza de tigelas para cães.
Além de perguntas, os pesquisadores realizaram um experimento com 68 tutores, que foram divididos em três grupos: um que seguia dicas do FDA, como lavar as mãos antes e depois de manusear alimentos para pets, especialmente alimentos crus comerciais e caseiros; e lavavam a tigela com água quente e sabão depois do uso; um segundo grupo que deveria lavar as mãos por 20 segundos com água morna após preparar a comida do pet e lavar a vasilha com água mais quente e sabão; e um terceiro grupo que não recebeu instrução.
Após oito dias, as orientações seguidas pelos tutores dos dois primeiros grupos levaram a uma redução significativa na escala de contaminação, com uma diminuição maior para o segundo grupo que lavou as tigelas com água mais quente.
No terceiro grupo, por sua vez, nenhum dos tutores lavou as tigelas dos cães no período, o que levou a um aumento de contaminação dos recipientes.

Outros achados
De acordo com uma das autoras do estudo, Emily Luisana, a tigela de comida dos cães é um dos objetos mais contaminados de uma casa, podendo chegar ao nível de contaminação bacteriana de banheiros.
Entre o número total de respondentes da pesquisa, apenas 12% dos tutores lavavam a vasilha dos cães diariamente, 22% limpavam uma vez por semana e 18% a cada três meses ou não lavavam.
Sobre o armazenamento e preparo dos alimentos, o estudo apurou que 43% dos tutores armazenam os alimentos dos pets a 1,5 metro de distância dos alimentos para os humanos e 33% preparam a comida do cão na mesma superfície usada para o preparo da própria comida.
Já no que diz respeito ao hábito de lavar as mãos após o preparo da alimentação do animal, o hábito é adotado somente por 34% dos tutores.