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Raiva: saiba como prevenir a doença nos pets; Veterinária alerta sobre a importância de imunização

Raiva: saiba como prevenir a doença nos pets; Veterinária alerta sobre a importância de imunização

Quando pegamos apego por um pet, ele deixa de ser visto apenas como um animal de estimação e acaba virando um membro da família. Com esse carinho todo que temos pelos peludinhos, é imprescindível cuidar da saúde deles e ficar de olho no calendário de vacinação, principalmente quando falamos sobre a raiva.

Atingindo inclusive os seres humanos, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos; é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

Pouco se fala, mas agosto é conhecido como o mês da vacinação contra raiva canina e felina. Desse modo, além de ficar atento ao calendário para vacinar seu melhor amigo, é necessário saber mais sobre os perigos dessa doença e como ela age no organismo dos animais.

Sendo assim, para proteger o bem-estar e a saúde dos amigos de quatro patas, entenda, com a ajuda da médica veterinária Fernanda Ambrosino, como os pets contraem a doença, quais são os sintomas e como prevenir. Confira:

Como os pets contraem a raiva

Primeiramente, é preciso entender que existe o contágio direto e indireto. O direto pode acontecer por três vias: troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida, a mais comum de infecção. Já no indireto, o animal pode ser contaminado ao lamber ou morder um objeto que teve contato com um animal com raiva, ou caso tenha um ferimento na pele que entre em contato com secreções contaminadas, ele também consegue se infectar.

O vírus age primeiro no sistema periférico de cães e gatos, ou seja, no local da mordida. Depois, ele se replica pelo organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas. “A doença age no sistema nervoso central e evolui de forma progressiva, dessa forma, o animal contaminado perde o domínio da sua capacidade física e psíquica se tornando, irritadiço, agressivo e descoordenado em todos os sentidos”, explica Fernanda.

Além disso, os principais transmissores da doença, que acabam contaminando os pets de forma acidental, são morcegos, guaxinins, gambás e macacos.

Sintomas

Você já deve conhecer a salivação excessiva, um dos sintomas mais populares da raiva. Essa condição é apenas o primeiro sinal apresentado pelos animais, que manifestam os sintomas da doença de 3 a 6 semanas após o contágio. Após o início da sintomatologia a evolução da condição se divide em duas etapas: raiva furiosa e raiva paralítica.

Segundo Fernanda, nos primeiros dias com a doença, os animais apresentam mudanças repentinas no comportamento, como medo, ansiedade, excitação ou depressão. Os bichanos também se tornam agressivos e apresentam alterações nos reflexos. “Essa fase dura em média quatro dias, após esse período, os sintomas neurológicos se acentuam. O cão pode apresentar dificuldade de engolir, salivação excessiva, falta de coordenação nos membros e paralisia. É nessa fase que a salivação excessiva começa”, detalha.

Ademais, é bom lembrar que a raiva não tem cura e não existe tratamento para enfermidade, sendo fatal para os animais e seres humanos afetados. Ao suspeitar que o bichinho está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente.

Prevenção

Para manter cães e gatos protegidos, é imprescindível prestar atenção na prevenção. Por isso, realizar a vacinação contra a raiva é extremamente importante. No caso dos filhotes, é indicada a imunização a partir do quarto mês de vida. Já os animais adultos devem ser vacinados anualmente.

De acordo com Fernanda, é importante reforçar que a vacinação é uma ferramenta indispensável na vida dos pets em relação à prevenção contra doenças. “Os tutores devem realizar a revacinação anual contra raiva e seguir o calendário de imunização estabelecido pelo médico-veterinário. Atrasar ou não realizar a imunização do pet o deixará vulnerável para o contágio pelo vírus da raiva e por outros agentes”, finaliza.