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Quanto peso uma teia de aranha pode aguentar? Cientistas descobrem que o suficiente para um pássaro ficar lá sentado

Quanto peso uma teia de aranha pode aguentar? Cientistas descobrem que o suficiente para um pássaro ficar lá sentado

O comportamento nunca registrado antes foi considerado uma “estreia científica”

Quando pensamos em teias de aranha, geralmente nos vêm a mente estruturas frágeis e que facilmente podem ser destruídas. Mas um novo estudo publicado pela revista Insects mostrou que não é bem assim: algumas teias de surpreendem pela sua rigidez e força, capaz de aguentar até o peso de um pássaro sentado. “Até onde sabemos, esta é uma estreia científica”, afirmou Andy Davis, especialista em aranhas joro da Universidade da Geórgia, ao portal National Geographic.

O comportamento curioso foi registrado pela primeira vez em setembro deste ano, pelo naturalista e especialista em jardins Arty Schronce, de Atlanta (EUA). Ele estava na cozinha da sua casa, quando avistou uma enorme teia de aranha dourada na sua janela e um pássaro sentado dando golpes em um grande aracnídeo preto, amarelo e vermelho, uma aranha da espécie joro (Trichonephila clavata).

O episódio durou alguns minutos e Schronce suspeitou que havia testemunhado algo único. No dia seguinte, ele percebeu que a teia permanecia intacta, como se nada tivesse acontecido.

“Isso é incrivelmente incomum”, disse Davis. Os especialistas contam que o que já havia sido documentado até então foram aves roubando comida de teias de aranha, mas quando faziam isso, estavam pairando no ar ou empuleirados em um galho próximo. Também há registros desses animais ficando presos nas teias ou as coletando para usar em seus ninhos. Mas, literalmente sentados, ninguém nunca havia relatado antes. Schronce disse à National Geographic que a experiência o fez perceber o quão importante os cientistas cidadãos podem ser: “Todos nós podemos observar e aprender e talvez ver algo que nunca foi registrado antes”.

As aranhas joro possuem cores vivas e foram introduzida acidentalmente nos Estados Unidos em 2014 por meio de um contêiner vindo do leste da Ásia, onde a espécie é nativa. Embora sejam inofensivas para os seres humanos, esses aracnídeos pretos, amarelos e vermelhos são grandes e assustam.