Pela 1ª vez na história, cientistas encontram ninhos e filhotes de iguana-rosa, espécie ameaçada de extinção
Após instalarem câmeras no vulcão Wolf, nas Ilhas Galápagos, estudiosos monitoraram movimento dos animais e descobriram que, logo após nascerem, estavam sendo devorados por uma espécie de gato não nativa.
Após dez meses de expedições nas Ilhas Galápagos, no Equador, cientistas avistaram nesta semana, pela primeira vez na história, ninhos e filhotes de iguana-rosa — espécie que corre sério risco de extinção.
- Por que isso representa uma esperança para a sobrevivência desses répteis?
Ao instalarem câmeras no vulcão Wolf e encontrarem esses ninhos, os pesquisadores descobriram por que as iguanas não estão chegando à vida adulta: uma espécie não nativa de gato selvagem devora os filhotes assim que eles nascem.
Não à toa, restam apenas cerca de 200 iguanas-rosa na ilha (e no mundo).
Agora, os cientistas da Iniciativa Galápagos poderão monitorar os locais onde estão os ninhos e evitar que eles sejam atacados pelos felinos.
“Conhecer todos os aspectos que tornam a existência [das iguanas] vulnerável nos permitirá (…) evitar a interrupção dos ciclos naturais nesses ecossistemas frágeis”, diz Danny Rueda, diretor do Parque Nacional Galápagos.
- Desde quando a iguana-rosa existe?
Os primeiros exemplares da iguana-rosa foram encontrados na ilha em 1986. Mas só em 2009 os cientistas classificaram esses répteis como uma espécie diferente das demais.
- Qual é o tamanho do animal?
As iguanas-rosa podem chegar a 47 centímetros de comprimento.
- Por que as iguanas têm essa coloração rosada?
Segundo a Iniciativa Galápagos, como há uma falta de pigmentação na pele das iguanas, elas adquirem a cor do próprio sangue.
Pesquisador segura iguana-rosa em Galápagos — Foto: GNPD / Galápagos Conservancy
Iguanas são numeradas durante expedição na ilha — Foto: GNPD / Galápagos Conservancy