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Pedaços de lixo espacial escapam de colisão em órbita por pouco

Pedaços de lixo espacial escapam de colisão em órbita por pouco

Parece que dois grandes pedaços de lixo espacial quase colidiram no espaço. Segundo a LeoLabs, empresa que fornece mapeamentos da órbita terrestre, os objetos envolvidos são uma carga útil soviética e um foguete da China, que passaram um pelo outro a altas velocidades.

A empresa identificou o objeto soviético como o Cosmos 807, uma carga útil de 400 kg lançada em 1976; já o outro é um estágio de um foguete Long March 4C, lançado pela China há cinco anos. Eles se moviam a 7,5 km/s, à altitude de 689 quilômetros.

A probabilidade de a colisão acontecer era de 0,1% e, felizmente, a dupla escapou do impacto por uma distância de 36 metros — se um tivesse atingido o outro, provavelmente formariam três mil pedacinhos de lixo espacial que se juntariam aos inúmeros já existentes.

Quando pedaços de lixo espacial colidem, eles podem gerar uma verdadeira nuvem de fragmentos no espaço. Estes detritos são capazes de podem permanecer na órbita da Terra por anos, colocando em risco naves espaciais tripuladas e robóticas.

Donald Kessler, ex-cientista da NASA, propôs na década de 1970 um cenário ainda mais preocupante. Ele observou que as colisões no espaço poderiam causar um efeito dominó de novos impactos, deixando a órbita terrestre repleta de lixo espacial — eventualmente, isso tornaria impossível o lançamento de novos satélites e outros objetos.