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Isolada, Meire descobriu que prefere fazer arte no “lixo” do que em telas – CREDITO:

Isolada, Meire descobriu que prefere fazer arte no “lixo” do que em telas – CREDITO:

Artesã transforma latas que seriam descartadas em vasos coloridos para plantas

Apaixonada por pinturas e artesanatos desde quando era criança, Rosemeire Arruda, de 54 anos, descobriu durante a pandemia que prefere fazer trabalhos artísticos em itens que iriam para o lixo do que nas tradicionais telas. Dedicada a reutilizar latas, ela transforma os “descartáveis” em vasos coloridos para plantas. Ao lado do marido, Jamil, a artesã começou a se dedicar apenas às latas desde o período em que ficou isolada. Contando que durante a pandemia se viu sendo salva pelo cultivo de plantas, a ideia dos vasos foi surgindo naturalmente a partir de memórias antigas.

“Quando eu era criança, a gente morava em uma casa antiga de tábuas e minha avó abria aquelas latas de óleo para pendurar as plantas. Hoje em dia nem se vê mais óleo em lata, mas a memória ficou e me lembro de achar aquilo tão bonito”, conta Meire.

Podendo apenas permanecer em casa, ela se apegou às lembranças, assim como à terapia em cultivar as plantas. Daí surgiu tanto o gosto maior por migrar das telas quanto por se aprofundar no mundo das suculentas.

Artesã descobriu que prefere colorir latas ao invés das tradicionais telas. (Foto: Kísie Ainoã)
Artesã descobriu que prefere colorir latas ao invés das tradicionais telas. (Foto: Kísie Ainoã)

Até cones de sorvete as tampas se transformam. (Foto: Kísie Ainoã)

Até cones de sorvete as tampas se transformam. (Foto: Kísie Ainoã)
Meire relata que por muito tempo se dedicou às pinturas mais tradicionais, mas que foi percebendo as possibilidades de criar em espaços diferentes. “Desde que me entendo por gente faço arte, mas aprendi que gosto de coisas recicladas, de ver que aquilo que você iria jogar no lixo pode ser transformado”.

Entre os itens comercializados por Rose estão as latas separadamente e também mudas de suculentas. Já em casa, ela explica que quase tudo vira espaço artístico.

“Comecei a pegar telha que sobra de construções, pedaços de ferro e até enxada. Acho bacana ver essas coisas que seriam jogadas fora porque a arte está ali”, completa.

E, destacando que não faz nada sozinha, ela relata que ver arte onde só existia “lixo” também uniu seu relacionamento. “Jamil me ajuda com tudo, faz o trabalho de cortar as latas, fazer furos e preparar a base. Vamos juntos para as feiras e é muito bacana. Juntamos a casa com o botão mesmo”.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Rose é necessário acompanhar suas idas às feiras da Bolívia ou do Coopharádio. Também é possível entrar em contato pelo perfil do Instagram, @flordodia_meire.

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