Extinto há 70 anos, mais um guepardo morre na Índia durante reintrodução
A Índia não tem tido sucesso para reintroduzir guepardos no país depois que eles foram extintos ali há 70 anos.
Mais um animal – o sétimo – foi morto no Parque Nacional de Kuno, no estado de Madhya Pradesh, onde os guepardos que foram reintroduzidos têm ficado. A informação é da CNN.
Ao todo, quatro guepardos adultos e três filhotes morreram nos últimos meses no parque nacional indiano.
A vítima mais recente é o guepardo macho Tejas. Ele foi encontrado com ferimentos graves na parte superior do pescoço e os médicos não conseguiram salvá-lo.
Uma investigação está em andamento para entender como foi que ele sofreu os ferimentos.
O plano de reintrodução de guepardos no país planeja trazer 100 animais do sul da África na próxima década
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Tejas foi um dos 12 animais que foram levados da África do Sul para a Índia no início deste ano.
As populações de guepardos foram significativamente reduzidas devido à perda de habitat, à caça e aos conflitos com os humanos.
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Essa mudança faz parte de um projeto histórico que começou em 2022, quando a Índia levou oito guepardos da Namíbia para lá.
Depois, em 2023, outros animais chegaram, dessa vez da África do Sul. Todos foram alocados juntos no parque nacional.
Anteriormente, os guepardos percorriam livremente o Oriente Médio, a Índia central e a maior parte da África subsaariana.
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Em março deste ano, o país chegou a anunciar que um dos oito guepardos procedentes da Namíbia deu à luz a quatro filhotes. Mas isso não foi o suficiente para que a reintrodução fosse vista como um sucesso.
A mortalidade de filhotes é alta tanto na natureza quanto em cativeiro.
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Mas, também em março, o guepardo fêmea vindo da Namíbia Sasha morreu de doença renal.
Em abril, a sul-africana Uday morreu devido a insuficiência cardíaca e poucas semanas depois, a também sul-africana Daksha morreu após um encontro violento com guepardos machos durante uma tentativa de acasalamento.
Em média, 30% de todos os filhotes nascidos sob cuidados humanos morrem dentro de um mês após o nascimento.
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Logo em seguida, em maio, três filhotes de uma ninhada de quatro, nascidos de um guepardo fêmea da Namíbia chamada Siyaya, morreram em uma semana devido ao “calor, desidratação e fraqueza”, como informaram funcionários do departamento florestal da Índia.
O guerpardo é o animal terrestre mais rápido do mundo. Ele pode atingir de 80 a 130 quilômetros por hora.
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Após todas essas mortes, o ministro do Meio Ambiente indiano, Bhupender Yadav, disse que o governo assume a responsabilidade, no entanto afirmou que o projeto é um “grande sucesso”.
‘É um projeto internacional e tínhamos antecipado a mortalidade’, afirmou o ministro do Meio Ambiente da Índia, Bhupender Yadav
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Agora, eles são encontrados em apenas 9% de sua área de distribuição histórica, com menos de 7.100 animais adultos e adolescentes na natureza, segundo a organização Cheetah Conservation Fund.
Atualmente, os guepardos vivem principalmente no Quênia e Namíbia.
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Para alguns especialistas indianos, trazer guepardos de volta poderia favorecer os ecossistemas do país e restaurar o habitat dos grandes gatos, o que também seria bom para outras espécies.
Outros especialistas expressaram preocupação uma vez que afirmavam que não há alimento suficiente no parque nacional para os guepardos, o que poderia aumentar a competição por comida entre eles e outros predadores agressivos, como leopardos.
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Até o momento, apesar das mortes, a Índia não deu indícios de que vai interromper o programa de reintrodução de guepardos no país.
