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Dia Mundial sem Carne: Especialistas explicam crescimento no consumo de orgânicos e plant-based

Dia Mundial sem Carne: Especialistas explicam crescimento no consumo de orgânicos e plant-based

Saulo Marti, CMO da Diferente, e Vanessa Giangiacomo, Head de Marketing da NotCo, falam sobre consumo e os novos hábitos do brasileiro

Celebrado em 20 de março, o Dia Mundial sem Carne visa a conscientização a respeito dos benefícios à saúde e ao meio ambiente a partir de uma dieta livre de produtos de origem animal. De acordo com uma pesquisa feita em 2021 pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), 46% dos brasileiros deixaram de comer carne por vontade própria ao menos uma vez na semana. O número é bem próximo do estudo The Good Food Institute (GFI), que mostrou que, em 2020, 49% dos brasileiros já estavam reduzindo esse consumo de alguma forma.

Já o IPC Maps apontou que nos últimos anos o consumo de verduras e legumes pelos brasileiros também segue em alta, tendo aumentado sua receita de R$ 16,9 bilhões em 2017 para R$ 17,7 bilhões em 2021. O consumo de frutas também vem crescendo, passando de R$ 22,3 bilhões em 2017 para o recorde de R$ 25,4 bilhões em 2021.

Seja como for, o fato é que há cada vez mais pessoas estão trocando a carne por frutas, legumes e verduras em busca de uma alimentação mais saudável, e a indústria de alimentos já percebeu isso.

O mercado de proteínas alternativas, feitas a partir de plantas, deve crescer quase 70% nos próximos seis anos, movimentando mais de US$ 28 bilhões globalmente, de acordo com a empresa de pesquisas de mercado Meticulous Market Research. Enquanto isso, o mercado de alimentos orgânicos pode alcançar a marca de R$ 7 bilhões em 2023. A pandemia acelerou esse mercado e, hoje, a preocupação ambiental se soma à preocupação com a saúde. As pessoas estão consumindo mais orgânicos e, inclusive, dispostas a pagar mais por eles”, afirma Saulo Marti, CMO da Diferente, principal foodtech de assinatura de alimentos orgânicos do Brasil.

Quando removemos o animal das refeições, não estamos apenas ajudando os animais em si, mas também retirando todas as partes ruins da produção de alimentos: consumo de água, emissão de carbono, pressão sobre o espaço de terra e desmatamento. É assim que realmente movemos a agulha e fazemos uma mudança, que pode acontecer por meio de ações sutis na rotina alimentar”, relata Vanessa Giangiacomo, head de Marketing da NotCo, foodtech global e principal referência de alimentos à base de plantas.

Foto – Dreamstime