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Conheça 6 animais quase extintos que voltaram à natureza

Conheça 6 animais quase extintos que voltaram à natureza

Caça ilegal, tráfico, mudanças climáticas e até envenenamento colocam em risco vida de espécies

Diversos animais já foram considerados praticamente extintos em algum momento da história, mas voltaram à natureza. Entre baleias, macacos, felinos, aves e até lobos, algumas espécies foram reintroduzidas graças a programas de conservação. O processo de restauração, chamado de conservação de espécies ameaçadas, é complexo e envolve várias estratégias coordenadas.

Confira a lista de animais que quase deixaram de existir, mas que hoje conseguiram repovoar sua espécie.

Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) — Foto: Liliane Lodi
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) — Foto: Liliane Lodi

Baleias jubarte

As baleias jubarte, assim como a maioria das grandes baleias, quase foi extinta pela caça indiscriminada que durou séculos e foi intensificada no século XIX com tecnologias modernas como o navio a vapor e o canhão-arpão.

Segundo o Instituto Baleia Jubarte, uma das mais importantes organizações de conservação no Brasil, em 1830 havia 30 mil animais na região do Atlântico Sul. Esse número chegou a 500, até ser proibido em 1968. Com o trabalho de recuperação, hoje estima-se que a população do animal na região chegou ao patamar histórico de quase 30 mil baleias jubarte.

Elefantes, leões, ursos polares, gorilas e tigres são espécies-chave criticamente ameaçadas e que fazem parte da lista de animais selvagens que precisam ser fotografados.  — Foto: Foto: Getty Images
Elefantes, leões, ursos polares, gorilas e tigres são espécies-chave criticamente ameaçadas e que fazem parte da lista de animais selvagens que precisam ser fotografados. — Foto: Foto: Getty Images

Gorila-das-montanhas

O primata quase foi extinto devido à caça ilegal e à perda de habitat natural para produção de carvão, garimpo ilegal e mudanças climáticas. Esses aniamis vivem em apenas dois ecossistemas: as montanhas Virunga, no encontro do Congo, Ruanda e Uganda, e a floresta de Bwindi, no sudoeste de Uganda.

Na década de 1980, o número de gorilas era de cerca de 250. Hoje, a estimativa é que existam cerca de 1000 animais dessa espécie.

Panda — Foto: Mark de Jong/Pexels
Panda — Foto: Mark de Jong/Pexels

Panda-gigante

Apesar de não serem mais classificados como animais ameaçados de extinção, são considerados vulneráveis. Segundo a Associação de Conservação e Vida Selvagem da China, que criou um programa de pesquisa e reprodução da espécie, há cerca de 1800 animais na natureza, enquanto outros 600 vivem em zoológicos ou centros de reprodução.

Tigre em seu habitat no Kanha Kisli National Park, na Índia — Foto: Unsplash
Tigre em seu habitat no Kanha Kisli National Park, na Índia — Foto: Unsplash

Tigre-de-bengala

Esse grande felino já percorreu a Ásia, desde a costa oriental da Rússia até o Mar Cáspio. Contudo, desde o início do século XX, estima-se que 97% dos tigres selvagens do mundo foram perdidos devido à caça ilegal, destruição do habitat natural, mudanças climáticas e tráfico de animais selvagens. A espécie chegou a ter cerca de 1000 animais no início dos anos 2000. Hoje, há cerca de 4000 remanescentes na natureza.

Ave de rapina, águia  — Foto: Getty images
Ave de rapina, águia — Foto: Getty images

Águia-de-cabeça-branca

A águia-de-cabeça-branca, animal símbolo dos Estados Unidos, quase foi extinta devido ao uso de pesticidas no país na década de 1960. Segundo os pesquisadores, o veneno acumulava-se nos ovos das águias, tornando-os muito frágeis. Com isso, os ovos quebravam durante a incubação, impedindo o nascimento de filhotes. A ave só saiu da lista de extinção em 2007. O número de animais que chegou a cerca de 400, em 1960, hoje é de mais de 300 mil.

Rinocerontes-brancos — Foto:  guenterguni/ getty images
Rinocerontes-brancos — Foto: guenterguni/ getty images

Rinoceronte-branco

Em 1940, existiam apenas 100 rinocerontes-branco no mundo — também conhecido como rinoceronte-branco-do-sul. Hoje, o número passa dos 18 mil. Apesar da boa notícia, a espécie rinoceronte-branco-do-norte, que se diferencia pela raridade, é considerada extinta na natureza — o último da espécie morreu em 2018.

Em 2024, cientistas realizaram a primeira fecundação in vitro bem-sucedida de embriões de um rinoceronte-branco-do-norte, uma esperança na tentativa de salvar a subespécie rinoceronte-branco-do-norte, criticamente ameaçada de extinção.