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Confira cinco dicas importantes para lidar com uma crise de ansiedade

Confira cinco dicas importantes para lidar com uma crise de ansiedade

É fundamental procurar ajuda de médico psiquiatra e de psicólogo, em caso de agravamento do transtorno, mas há alguns hábitos que podem ajudar a enfrentar o problema no dia a dia. Confira

Nos últimos tempos, por conta de toda tensão gerada na vida das pessoas pela rotina exaustiva e pela pandemia de covid-19, muito tem se falado sobre crises de ansiedade. Não importa a idade, qualquer pessoa pode apresentar um comportamento ansioso em um determinado momento da vida. Entretanto, é importante se atentar aos sinais, pois eles indicam um problema bastante sério. Em casos mais críticos é possível notar tanto sintomas psicológicos quanto físicos, que podem ocasionar consequências graves para o indivíduo. Além disso, é importante destacar também o risco desta doença ser crônica. Por isso, postamos cinco dicas que podem ajudar em uma crise.

Como reconhecer os momentos de crise de ansiedade  — Foto: Povozniuk/iStock Getty Images

Como reconhecer os momentos de crise de ansiedade — Foto: Povozniuk/iStock Getty Images

Claro que o primeiro passo ao ter uma crise de ansiedade é buscar ajuda médica, isto é, um atendimento especializado para reduzir os sintomas e minimizar as chances de que novas crises aconteçam. É importante ter em mente que, quando uma crise de ansiedade surge e se torna constante, um especialista deve ser procurado para impedir o agravamento da doença. Porém, no momento da crise, algumas atitudes de emergência podem amenizar os sintomas

5 atitudes que ajudam em uma crise de ansiedade

1 – Focar na própria respiração e tentar atingir um padrão

Respirar profundamente nos ajuda a focar a atenção em algo diferente, além de prevenir a hiperventilação. Você pode testar uma técnica: a respiração quadrada. Conhecida como Sama Vritti, é uma das técnicas do pranayama (respiração da yoga), de origem hindu. Essa respiração pode ser praticada em qualquer lugar e hora. Como fazer:

O exercício de respiração quadrada, 4x4 ou em quadrado: controle de ansiedade — Foto: Divulgação / Psicóloga Heloísa Sampaio

O exercício de respiração quadrada, 4×4 ou em quadrado: controle de ansiedade — Foto: Divulgação / Psicóloga Heloísa Sampaio

  1. Sentado ou deitado, inspire lentamente pelo nariz contando até quatro;
  2. Pause por 4 segundos;
  3. Expire pela boca contando até quatro novamente;
  4. Pause por mais 4 segundos.

2 – Exercícios de mentalização e meditação

É importante procurar pensamentos com os quais se distrair da sua própria tensão e ansiedade. Você pode se imaginar em um local calmo, seguro e agradável. Faça isso praticando a respiração profunda. Ou mesmo a respiração consciente, como ensina a Monja Coen no vídeo abaixo.

– O pensamento acelerado é comum nas crises de ansiedade, por isso é essencial que você lute contra ele – pontua a psicóloga Rafaela Elisa.

Aprenda a fazer uma respiração consciente com a Monja Coen

3 – Evitar estímulos de telas e tentar diminuir o uso do celular

Apesar de todos os benefícios e da praticidade, a hiper conectividade também tem o seu lado negativo. O excesso do uso do celular, com conteúdos consumidos diariamente, pode aumentar a ansiedade e o estresse. Há alguns sinais que acendem alerta para o quão as redes sociais, por exemplo, afetam a saúde mental, como quando checar as redes é a primeira coisa que fazemos quando acordamos e a última antes de dormir, ou a sensação de que precisamos de interações virtuais para sermos felizes.

4 – Tomar um chá com propriedades calmantes

O chá de camomila possui propriedades que podem te ajudar a relaxar  — Foto: Istock Getty Images

O chá de camomila possui propriedades que podem te ajudar a relaxar — Foto: Istock Getty Images

Alguns chás possuem propriedades para ajudar em momentos de ansiedade. Como a passiflora incarnata, também conhecida como “flor do maracujá”, que ajuda a dar tranquilidade. Outra excelente opção é o chá de camomila, que também possui ação calmante.

5 – Buscar realizar atividades prazerosas

Novamente, o objetivo é tirar o foco dos sintomas. Busque atividades que lhe deem prazer, como escutar uma música (concentrando-se somente em sua respiração e no som), uma leitura leve, exercícios físicos, entre outras atividades.

Mesmo essas ações parecendo bem simples e óbvias, elas ajudam no processo de redução de sintomas, fazendo com que a crise passe de maneira mais rápida.

Independentemente do grau das crises de ansiedade, sendo recorrentes ou não, é fundamental buscar por um atendimento especializado. Cada pessoa é única e cada tratamento deve ser realizado de maneira exclusiva.

Para entender melhor o que é uma crise de ansiedade e como evitá-la, confira esse texto até o final!

O que é uma crise de ansiedade? Veja sintomas

De modo geral, uma crise de ansiedade é uma situação que gera uma sensação de insegurança, nervosismo e angústia, como se algo de ruim que foge totalmente do controle fosse ocorrer a qualquer momento. Em outras palavras, uma crise pode provocar sentimentos e emoções negativas, ao ponto de a pessoa que passa pela situação não conseguir controlá-la.

O corpo passa a emitir sinais de alerta e a se comportar de forma diferente. A psicóloga Rafaela Elisa Teodoro, que pontua alguns dos sintomas mais comuns de uma crise de ansiedade, que são:

  1. Calafrios – Arrepios que causam contrações e relaxamento involuntário dos músculos de todo o corpo;
  2. Suor excessivo – Podendo ocorrer em diversos pontos do corpo, sendo as mãos e os pés os mais comuns para a ansiedade;
  3. Excesso de irritabilidade – Baixa tolerância e reações exageradas em pequenos problemas do dia a dia, deixando a pessoa extremamente irritada;
  4. Coração acelerado e dor no peito – Os sintomas da ansiedade são emocionais e físicos, com duração de alguns minutos, e podem incluir taquicardia;
  5. Náuseas – Além de enjoos, é comum a pessoa sentir angústia, tremores e boca seca;
  6. Problemas gastrointestinais – O que está acontecendo em nossas mentes pode afetar diretamente nosso intestino, pois o cérebro e intestino são quimicamente conectados por meio de neurotransmissores. Dores abdominais, má digestão, diarreia e azia são alguns dos sinais que podem surgir;
  7. Medo e insegurança – Muitas vezes esses sentimentos vêm sem um motivo aparente ou calcado na realidade. Em outras, há um motivo real por trás, mas muitas vezes amplificado;
  8. Fadiga – A pessoa em crise de ansiedade pode sentir um cansaço extremo, físico e mental;
  9. Tensão muscular – Os músculos, principalmente na região de pescoço e lombar, ficam extremamente tensos e rígidos, causando dores e até lesões, com desconfortos como torcicolos;
  10. Dificuldade para dormir – A mente fica em estado de alerta, há pacientes com problemas de sono, como insônia e terrores noturnos. A pessoa não consegue se desligar dos problemas;
  11. Procrastinação, falta de concentração ou raciocínio – A pessoa costuma adiar as tarefas, assuntos do cotidianos acabam não sendo foco naquele momento e acabam sendo deixados de lado.

Muitas vezes, a crise de ansiedade pode estar relacionada a situações que geram medo, irritação ou até mesmo a traumas e frustrações. Isso significa que para ter uma crise não necessariamente a pessoa precisa ter o transtorno de ansiedade. Para identificar a crise, é importante prestar atenção nos sinais que o organismo está emitindo.

– Em boa parte das vezes, o corpo entra em estado de alerta, o que ocasiona uma descarga muito grande de adrenalina – comenta Rafaela.

Por conta disso, a primeira reação que pode ser notada é a inquietude, podendo estar acompanhada por outros sintomas como estresse, insegurança e medo

Até mesmo situações rotineiras, como por exemplo, uma apresentação de trabalho, um encontro ou a espera de uma notícia podem ser gatilhos para uma crise de ansiedade. Porém, quando a ansiedade atinge níveis extremos, ou até mesmo recorrentes, ela deixa de ser comum e passa a indicar um grande problema.

Cada pessoa enfrenta o problema de forma diferente, e embora seja possível citar os sintomas mais comuns, é muito importante avaliar com atenção todos os sinais e frequência das crises e buscar ajuda médica e psicológica, evitando assim o seu agravamento.

Um dado importante que deve ser mencionado, é que a população brasileira é a que mais sofre com ansiedade em todo o mundo: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 18,6 milhões de brasileiros, cerca de 9,3% da população.