Como cultivar sua própria farmácia? Saiba para que servem 11 ervas medicinais

O uso de plantas e ervas medicinais é uma tradição tão antiga quanto a origem da humanidade. Há relatos de que os chineses já tinham sua farmácia natural e utilizavam plantas como o “ginseng” para manter sua vitalidade há mais de 3.000 anos a.c.
De fato, o Imperador Shennong, que viveu nessa época, ficou conhecido por ser um grande disseminador da medicina das plantas e acabou ganhando o nome de “Rei dos Medicamentos”.
Além da China, muitos outros povos sempre demonstraram o conhecimento das plantas como recurso de tratamento de diversas doenças, com adeptos na Europa, Egito e América.
Quando os colonizadores chegaram ao Brasil, encontraram pajés com grande dominância sobre os poderes de cura das ervas.
A união dos conhecimentos botânicos indígenas com os dos europeus e mais tarde enriquecidos pela cultura africana, tornou o povo brasileiro grande adepto aos recursos naturais para o tratamento de muitas doenças.
A forma de uso inclui chás, emplastros, compressas, xaropes, inalação ou o uso de óleos essenciais.
A cultura do uso das ervas é transmitida de geração a geração e muitos adeptos gostam de ter em casa alguns dos seus remedinhos plantados no quintal.
Por isso selecionamos algumas destas plantas, o que tratam e como devem ser o cultivo delas, seja no jardim ou em vasos.
Ervas medicinais para ter em casa

1. Espinheira Santa
- Nome Científico: Maytenus ilicifolia
- Origem: Brasil
- Como cultivar: É uma arvoreta que gosta de sol pleno e muita água. Desenvolve-se melhor quando plantada no chão, embora possa ser cultivada em vaso, que deve ser trocado conforme ela cresce.
- Uso terapêutico: Gastrites, dores de estômago, azia, úlceras. Também tem efeito diurético, laxativo e anti-infeccioso.
- Forma de Uso: Geralmente na forma de chá.
2. Alecrim

- Nome Científico: Rosmarinus officinalis
- Origem: Mediterrâneo
- Como cultivar: Cultivado em vasos ou jardim em sol pleno, gosta de solo alcalino e bem drenado.
- Uso terapêutico: Tosse, asma, ameniza dores reumáticas, equilibra pressão arterial, diurético e auxilia a digestão.
- Forma de uso: Tempero culinário, chás e óleo essencial.
3. Erva doce
- Nome Científico: Foenuculum vulgare
- Origem: Mediterrâneo e Ásia
- Como cultivar: Este arbusto de folhas miúdas gosta de muito sol, com muita matéria orgânica (compostagem ou húmus de minhoca), mas em solo bem drenado.
- Uso terapêutico: Má digestão, gases, cólicas menstruais e intestinais. É rico em vitaminas A, B, C, cálcio, ferro, fósforo, potássio, sódio e zinco. Pode ser usado em todas as idades.
- Forma de Uso: Chás, xaropes, uso culinário.
4. Gengibre

- Nome Científico: Zingiber officinale
- Origem: Ásia
- Como cultivar: Planta de touceira que pode atingir 1,5 metros de altura, melhor cultivo direto no solo, mas pode ser plantado em vasos também. Gosta de sol pleno, bem drenado e rico de matéria orgânica.
- Uso terapêutico: Dores de garganta, artrites, antioxidante, anti-inflamatório, além de termogênico auxiliando o metabolismo e ajudando no emagrecimento.
- Forma de uso: Cataplasmas, chás, uso culinário, sprays.
5. Carqueja
- Nome Científico: Baccharis trimera
- Origem: Brasil
- Como cultivar: Planta entouceirada de cerca de 60 cm, plantada em sol pleno e solo arenoso enriquecido com composto ou húmus de minhoca.
- Uso terapêutico: Má digestão, prisão de ventre, anemia, doenças de fígado, azia, colesterol.
- Modo de uso: chás.
6. Erva cidreira
- Nome Científico: Melissa officinalis
- Origem: Europa e Ásia
- Como cultivar: Pode ser cultivada a pleno sol ou a meia sombra em locais muito quentes. O solo deve ser composto pela mistura arenosa e argilosa, mas sempre bastante adubado.
- Uso terapêutico: Melhora a qualidade do sono, ajuda digestão, cólicas menstruais e intestinais.
- Modo de uso: Chás e uso culinário.
7. Lavanda

- Nome Científico: Lavandula angustifolia
- Origem: Europa e mediterrâneo
- Como cultivar: Cultivado em pleno sol em solo rico e bem drenado. Vai bem em vasos e floresce no verão. Rústica, não tem necessidade de muita água.
- Uso terapêutico: Cicatrizante, anticéptico, analgésico, combate a ansiedade e depressão.
- Modo de uso: Chás, emplastros, óleos essenciais, difusor de ambientes.
8. Capim-santo ou capim-limão
- Nome Científico: Cymbopogon citratus
- Origem: Ásia tropical
- Como cultivar: Planta muito rústica, bastante invasora e portanto, deve ser contida. Gosta de solos bem drenados e enriquecido com composto orgânico.
- Uso terapêutico: Ação analgésica e anti-inflamatória, regula a pressão, diurético, rica em antioxidantes.
- Modo de uso: Chás ou sucos
9. Hortelã

- Nome Científico: Mentha spicata
- Origem: Oriente médio
- Como cultivar: Planta de meia-sombra, solo rico em matéria orgânica e bastante úmido. É bastante invasor e pode ser plantado em vasos.
- Uso terapêutico: Energizante, refrescante e combate doenças respiratórias.
- Modo de uso: Chás, emplastros, xaropes.
10. Confrei
- Nome Científico: Symphytum officinale
- Origem: Índia
- Como cultivar: Gosta de sol pleno e solo bem adubado, porém drenado. Pode ser cultivado em vasos, pois não costuma atingir mais de 60 cm de altura.
- Uso terapêutico: Para doenças gastrointestinais, diarreias, hemorroidas e reumatismos, mas é bastante disseminado o efeito de cicatrizante de feridas.
- Modo de uso: Chás ou emplastros.
11. Ginseng

- Nome científico: Panax ginseng
- Origem: Ásia
- Como cultivar: Planta de meia-sombra, solo rico em composto orgânico e bem drenado. Tem crescimento lento e a raiz pode demorar até cinco anos até ficar no ponto de ser consumida.
- Uso terapêutico: Energizante, estimulante e auxilia o sistema circulatório.
- Modo de uso: Chás.