Ameaçado de extinção, tatu-canastra é visto por câmera de monitoramento durante passeio na Transpantaneira

Também conhecido como tatuaçu ou tatu gigante, é o maior e mais raro dos tatus existentes no mundo. Trata-se de um animal característico do Cerrado, mas que também habita outros biomas do Brasil e América Latina – embora, em menor quantidade.

O vídeo mostra os dois tatus adultos juntos, passeando pela estrada. Além deles, onças, antas e outros animais são flagrados.

De acordo com o analista de meio ambiente da Sema, Marcos Roberto Ferramosca Cardoso, o que chamou atenção foi justamente identificar dois tatus-canastra juntos, durante o dia, já que o animal tem hábitos noturnos.

“A presença deste animal na região é importante porque mostra não apenas a incidência da espécie, mas aponta que o bioma oferece condições de sobrevivência para eles”, explicou o analista.

De acordo com Cardoso, é provável que a aparição tenha acontecido por conta da cheia do Pantanal, pois eles vão para as partes mais altas, que estão secas, escavam e se abrigam em tocas no chão.

O projeto está prestes a completar um ano e, com ele, é possível avaliar quais as espécies frequentam aquelas regiões, por meio das câmeras que estão instaladas em todos os ciclos das águas.

Além de monitorar a saúde dos animais, é possível registrar os hábitos das espécies, emitir documentos técnicos e verificar a existência de espécies ameaçadas de extinção.