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ONG realiza trabalho para salvar pombos presos no lixo dos humanos

ONG realiza trabalho para salvar pombos presos no lixo dos humanos

Enroscados em fios descartados, linhas, cabelo humano e outros lixos, eles podem até perder seus pés

Voluntários estão tentando mudar a visão das pessoas sobre os pombos ao mesmo tempo que realizam um trabalho para trabalhar para resgatá-los do lixo dos humanos que pode causar a amputação de seus pés.

Amanda Sykes criou a ONG Happy Feet em Glasgow, na Escócia, há cerca de um ano, inspirada por ativistas veganos. Até agora, ela estima que a equipe já capturou e desembaraçou 150 pombos de fios descartados, linhas, cabelo humano e outros lixos que ficam presos nos pés das aves. Se não tratado, isso causa doenças e até amputação, pois a circulação é reduzida.

“Os pombos sentirão dor, e eles perderão os dedos dos pés e as patas, sofrendo uma deficiência para toda a vida se nossa equipe não agir e sair para resgatá-los”, disse ela à BBC Radio Scotland.

Foto: Happy Feet

Sykes explicou que para resgatar os pombos e realizar procedimento é necessário colocar sementes no chão e muita paciência. Uma vez capturado, a cabeça da ave é coberta para mantê-la calma. “Eu tenho a manga de uma camiseta que cortei e coloquei sobre eles. Oito em cada dez pombos se acalmam com isso. Eles são tão vulneráveis que simplesmente ficam quietos”, contou Amanda.

Então, os fios são então cuidadosamente cortados pelos voluntários. “É muito gratificante, é um privilégio poder capturar uma ave e cuidar dela. Somos um pouco como uma organização que faz assistência na estrada. Nós fazemos isso com os pombos”, acrescentou.

Ela relatou também que tenta explicar para o público sobre a importância dessas aves. “Ajudamos os pombos, ajudamos os voluntários, mas também interagimos com o público. Inicialmente, as pessoas ficam meio impressionadas que alguém se importe em ajudar uma criatura que alguns consideram como ratos voadores, sujando nossas ruas. Mas nós consideramos que eles estão aqui porque os humanos tiraram seus ancestrais da natureza”, afirmou.

A voluntária ainda reforçou que eles foram explorados durante toda a história. “Usamos eles para comida, os mantivemos em pombais, os usamos para mensagens, para ovos, para sua carne. Nós os usamos nas guerras, para corridas de pombos. Mas eles foram efetivamente descartados em nossas ruas”, finalizou Sykes.