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5 animais e plantas extintos na natureza, mas mantidos por humanos

5 animais e plantas extintos na natureza, mas mantidos por humanos

A extinção significa a perda permanente de um organismo do planeta. Um organismo “funcionalmente extinto” é aquele que possui poucos indivíduos ainda vivos, mas que nunca será recuperado. Alguns organismos estão “extintos na natureza”, o que significa que não são mais encontrados em seus habitats prévios.

Essa designação, para a maioria, significa que eles também estão funcionalmente extintos, ou sob grave risco. Felizmente, há alguns organismos já conhecidos como extintos natureza, mas que ainda possuem populações vivas em outras partes do mundo.

A lista abaixo apresenta cinco organismos que escaparam da extinção completa graças aos esforços de jardins botânicos, zoológicos e entusiastas naturais.

Brugmansia (flor-trompete)

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Imagem: Lochstampfer/Dreamstime

A Brugmansia é um gênero botânico de árvores ou arbustos com flores que penduram dos galhos e que lembram a forma de um trompete. Há sete espécies no gênero, mas todas foram extintas no seu alcance original na América do Sul.

Dado que os frutos murcham nas plantas sem produzir remanescentes, acredita-se que os dispersores animais estejam extintos, possivelmente tendo sido preguiças gigantes ou outra megafauna que outrora percorria as Américas. Felizmente, todas as sete ainda são cultivadas, tanto por razões médicas como religiosas por povos indígenas da América do Sul, e de forma ornamental em outras partes do mundo.

Elas são populares em jardins e estufas, especialmente em climas quentes.

Atelopus zeteki (sapo-dourado-do-Panamá)

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Imagem: Winston D. Munnings/Dreamstime

Ainda que alguns zoológicos sejam mal vistos por manterem animais cativos, muitos são importantes como reserva genética de animais sob risco de extinção, sendo cruciais em sua preservação.

Uma doença conhecida como quitridiomicose anfíbia dizimou diferentes populações anfíbias ao redor do mundo, extinguindo diversas espécies de sapos. O sapo-dourado-do-Panamá (Atelopus zeteki), outrora encontrado nas florestas do Panamá, e um símbolo nacional, é um um sapo venenoso que sofreu com a doença.

Infelizmente, o animal não foi mais visto na natureza desde 2006, e acredita-se que tenha sido funcionalmente extinto em seu habitat natural. Todavia, graças a um projeto colaborativo, o Projeto Sapo Dourado, há mais de 1.500 espécimes vivos em zoológicos e instalações de pesquisa na América do Norte e no Panamá.

Alula

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Imagem: Raul654

A alula (Brighamia insignis) é uma planta havaiana que infelizmente enfrentou muitos desafios no passado. Um deles é o fato de ser endêmica, estando limitada a um habitat, crescendo apenas em penhascos nas ilhas de Kauai e Niihau. Em segundo lugar, o único polinizador de suas flores incrivelmente longas e estreitas foi extinto, tornando a planta incapaz de se reproduzir.

Por anos, botânicos dedicados escalaram rochedos ou até mesmo se penduraram de helicópteros para polinizar as populações manualmente, e a espécie foi mantida viva. Contudo, em 1992, o furacão Iniki destruiu metade da população natural em Kauai, e dois furacões subsequentes destruíram outras populações.

Felizmente, hoje a planta ainda é cultivada de forma ornamental por humanos, sendo plantada e vendida em jardins botânicos.

Ameca splendens

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Imagem: Lukas Blazek/Dreamstime

Esse pequeno peixe já foi encontrado numa área limitada do rio Ameca, no México. Eles estão formalmente listados como extintos na natureza, ainda que uma pequena população, possivelmente nativa, tenha sido descoberta próxima a um parque aquático na região.

Seu declínio está ligado à construção de uma barragem. Felizmente, o fácil é fácil de ser criado, e foi mantido vivo por aquaristas.

Nogueira-do-japão

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Imagem: hiromi8787/Fotolia

A nogueira-do-japão é o único membro sobrevivente de uma longa linhagem de plantas antigas. A árvore, com folhas em forma de leque e sementes de odor desagradável, é conhecida como um fóssil vivo por sua similaridade com espécies que foram extintas há muito tempo atrás.

A planta, no passado, se espalhava por todo o planeta. Seu alcance natural diminuiu até cobrir apenas uma pequena parte da China, e por muito tempo acreditou-se que ela estava extinta na natureza. Recentemente, duas populações foram descobertas numa província do leste chinês, ainda que haja debates sobre se essas populações são de fato naturais.

Extinta ou não na natureza, a planta não corre mais tanto risco de se perder, pois ela é largamente cultivada com propósitos ornamentais.