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Xaxim brasileiro e sustentável, com fibra reciclada da palmeira do palmito, é premiado no exterior

Xaxim brasileiro e sustentável, com fibra reciclada da palmeira do palmito, é premiado no exterior

O xaxim de sambaiaçu era muito comum no passado, utilizado como vaso para samambaias, orquídeas, bromélias e outras plantas. Todavia, a exploração sem limites da planta (o xaxim é extraído de seu caule) fez com que, em 2001, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) proibisse a extração e a comercialização do xaxim, já que a espécie foi declarada em risco de extinção. Desde então várias alternativas a ele já foram desenvolvidas, como a fibra ou palha de coco. E recentemente, um desses novos xaxins, fabricado por uma empresa brasileira, com fibra reciclada da palmeira do palmito, ganhou a atenção mundial e foi premiado numa feira de plantas e paisagismo nos Estados Unidos.

“A criação dos xaxins surgiu através de uma pesquisa para aproveitamento do descarte da palmeira na produção do palmito. Na extração do produto só se aproveita 3% da palmeira para consumo, portanto 97% da palmeira era descartada”, contou Barbara Fink, presidente da BioFink*.

Ela conta que o desenvolvimento do produto contou com a parceria de um centro de pesquisas para que se criassem várias formas de reaproveitar as fibras da palmeira, até então jogadas no lixo. “Dentre elas destacaram-se o vaso e o substrato para plantas, ambos ecológicos, biodegradáveis e 100% naturais, oriundos do descarte de plantações cultivadas”.


Nos últimos 18 meses, já foram recicladas mais de 300 toneladas de fibras de palmeira para a produção dos xaxins.

Toda a matéria-prima utilizada pela empresa vem de Porto Belo, em Santa Catarina. Segundo a BioFink, os xaxins não possuem nenhum tipo de aditivo químico ou mineral e são livres de tanino, substância presente nos vasos de fibra de coco e que atrapalha o crescimento das raízes de algumas plantas.

No final de janeiro, a BioFink participou da Tropical Plant International Expo (TPIE), em Tampa, na Flórida, onde apresentou os xaxim pots para o mercado americano. “Ficamos muito contentes em receber dois prêmios durante a feira: “Best New Product” e o “Cool Product Award”, que foram escolhidos pelos próprios visitantes da feira”, comemora Barbara.


*A BioFink é a representante nos Estados Unidos da Biogreen, a empresa brasileira, com sede em Santa Catarina, que fabrica os xaxins