Senado do México aprova lei que proíbe testes em animais para cosméticos
O Senado do México aprovou por unanimidade um projeto de lei federal que proíbe os testes de cosméticos em animais.
Agora, por lá, a pesquisa cosmética não pode considerar testes em animais que incluam ingredientes individuais ou produtos acabados para este fim. A lei também proíbe a fabricação, comercialização e importação deles, mesmo se sua formulação final ou alguns de seus ingredientes tiverem sido testados em outras partes do mundo.
Arriba los animales!
Dos 103 senadores que participaram da votação, todos votaram a favor do projeto e o movimento foi fortemente influenciado pelo filme de animação “Save Ralph”, que teve mais de 150 milhões de visualizações nas mídias sociais e mais de 730 milhões de tags no TikTok. Isso estimulou mais de 1,3 milhão de pessoas a assinar uma petição pela legislação no México.
“Beleza não pode ser crueldade, e é por isso que nós, senadores, salvamos os animais e emitimos leis que proíbem firmemente o uso deles para experimentos de beleza, cosmetologia ou de qualquer tipo. Arriba los animales!”, vibrou o patrocinador da iniciativa, o senador Ricardo Monreal.
Proibições mundo afora
Com o México, os testes de cosméticos em animais já estão oficialmente proibidos em 41 países, além de 10 estados no Brasil e sete nos Estados Unidos. Três outros estados dos EUA – Nova Jersey, Rhode Island e Nova York – estão atualmente considerando atuações semelhantes e projetos de lei federais estão pendentes de reintrodução tanto nos EUA quanto no Canadá.
O projeto também é adotado pela Lush, Unilever, P&G, L’Oréal, Avon e outros na indústria da beleza, que estão trabalhando em conjunto com ONGs e entidades protetoras para alinhamento de políticas que apoiam a transição para métodos de última geração sem uso de animais, que estão prontamente disponíveis e são melhores para garantir a segurança humana do que os testes em animais que eles substituem.
Felizmente, é cada vez maior o número de consumidores a pressionar as empresas por uma produção cosmética mais ética e consciente. Esta legislação inovadora abre o caminho para que o movimento ganhe ainda mais força em direção a um mercado de beleza livre de crueldade. Que chegue logo o dia de anunciarmos essa proibição em nível global!