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Seminário Nacional de Desenvolvimento da Caatinga debate boas práticas de sustentabilidade

Seminário Nacional de Desenvolvimento da Caatinga debate boas práticas de sustentabilidade

A Caatinga é um bioma que faz parte de boa parte do Nordeste. E pensando em boas práticas de sustentabilidade para este ecossistema, será realizado na Paraíba um seminário nacional para discutir o assunto.

O 1º Seminário Nacional de Desenvolvimento da Caatinga acontece até sexta-feira (30) em Campina Grande. O Governo da Paraíba será representado pela secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Paraíba, Rafaela Camaraense, que será mediadora na mesa-redonda: Mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos e geodiversidade – Boas práticas para sustentabilidade na Caatinga.

O evento busca reconhecer a Caatinga como patrimônio nacional e tem como objetivo posicionar o bioma no centro das agendas estratégicas de políticas públicas, assim como nas agendas de prioridade de investimento das instituições financeiras públicas e privadas.

O Seminário é uma iniciativa conjunta do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Idesne). E como parceiros a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidadeda Paraíba, o Instituto Hori, a Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), o Consórcio Nordeste, a UFMG, a UEPB, a UERN, o Plandites – Programa de Pós Graduação da UERN, a Sudene, o Banco do Nordeste, a Reserva da Biosfera da Caatinga – MaB – Unesco e a Fapesq-PB.

Quais as principais discussões sobre a Caatinga?

Durante o evento, serão discutidos cinco eixos temáticos que abordarão os seguintes temas: políticas públicas, financiamento e novos arranjos institucionais; mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos e geodiversidade; inovação e novas territorialidades da Caatinga; cultura, sociodiversidade e alternativas para o desenvolvimento; e alimentação, combate à pobreza e alimentos saudáveis.

“A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupando cerca de 70% da Região Nordeste, o que comprova a sua importância para nossa região. O seminário é uma oportunidade muito importante para ouvir as instituições de pesquisa e de financiamento e, a partir disso, traçar metas e ações de investimento no Bioma”, declarou Rafaela Camaraense, secretária estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, que também ocupa o posto de coordenadora de Ações e Projetos do Consórcio Brasil Verde dentro do Bioma Caatinga.

Programação

A programação do Seminário tem início nesta quarta-feira (28) com o credenciamento que acontece pela manhã. No período da tarde, a partir das 14h, será realizada a primeira mesa redonda com o tema: Políticas públicas, financiamento e novos arranjos institucionais.

Na noite da quarta-feira (28), acontece a solenidade de abertura, com horário previsto para iniciar às 18h, quando serárealizada uma conferência e atividade cultural com participação de representantes do Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional; da secretária estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense; da diretora do Insa, Mônica Tejo; e do secretário nacional do Ministério da Ciência, Inácio Arruda.

Já na quinta-feira (29), a programação terá início com a mesa-redonda: Mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos e geodiversidade – Boas práticas para sustentabilidade na caatinga. Participam da atividade a secretária Rafaela Camaraense, o representante do Comitê Científico do Araripe Unesco/Global Geopark, José Patricio; o representante do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga Barreto Campello, o advogado e vice-presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB/PE e assessor do Consórcio Nordeste, Pedro Firmino. O início está marcado para 9h.

Seguindo a programação da quinta-feira (29), a partir das 14h tem início a mesa redonda: Inovação e novas territorialidades da Caatinga, com participação de Monica Tejo, diretora do Insa; Tiago Araújo, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional; Claus Reiner, diretor do Fida.

A noite será marcada pela mesa-redonda: Cultura, sócio diversidade e alternativas para o desenvolvimento. O início da mesa está marcado para 18h.

Na sexta-feira (30), último dia do seminário, a programação segue com a realização da mesa-redonda: Alimentação, combate à pobreza, alimentos saudáveis, que tem previsão para início às 9h. A programação será finalizada com a realização de um Painel de encerramento com uma síntese do que foi discutido durante todos os dias do evento, que está previsto para ter início às 14h.

As inscrições continuam abertas e podem ser realizadas por meio do site: bit.ly/seminarionacionaldacaatinga. A participação ainda pode acontecer por meio da transmissão on-line no canal oficial do Insa, no Youtube. Mais informações pelo telefone (15) 99118-6998 ou o e-mail seminac@insa.gov.br

Confira a programação completa do 1º Seminário Nacional de Desenvolvimento da Caatinga :

Dia 1 (28/06/2023)

Manhã : Credenciamento

Mesa redonda: Redonda: Políticas públicas, financiamento e novos arranjos institucionais

Horário: 14h às 17h

Local: Sede do Insa

Participantes:

1. Adriana Alves – Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional

2. Diego Pessoa Gomes – Consórcio Nordeste

3. Aristides Monteiro/Dirur/Ipea

4. Maria Losangela Martins – UERN/Abruem

5. Keke Rosenberg – Gerente Executivo do BNB

6. Jonas Duarte – Articulação no Semiárido Brasileiro

Abertura, Conferência e Atividade Cultural

Horário: 18h às 21h

Local: Sede do Insa

Participantes:

1. Adriana Alves – Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional

2. João Azevedo – Governador da Paraíba

3. Rafaela Camaraense – Sec. de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado da Paraíba

4. Monica Tejo – Diretora do Insa

5. Inácio Arruda – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

6. Antônio Guedes Rangel Junior – Fapesq

7. Adroaldo Quintela, Diretor-Executivo Idesne

8. Fernando Aquino – Conselho Federal de Economia

9. Antônio Fernandes – Reitor da UFCG

10. Alexandre Pires – Diretor do Departamento de Desertificação no Ministério do Meio Ambiente

11. Danilo Cabral – Superintendente Sudene

12. Keke Rosenberg – Gerente Executivo do BNB

Dia 2 (29/06/2023)

Mesa Redonda: Mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos e geodiversidade – Boas práticas para sustentabilidade na caatinga

Horário: 9h à 12h

Participantes:

1.Rafaela Camaraense – Sec. de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado da Paraíba

2. José Patricio Pereira Melo -Comitê Científico do Araripe Unesco/Global Geopark

3. Francisco Carneiro Barreto Campello – Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga

4. Pedro Firmo – Advogado, vice-presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB/PE e Assessor do Consórcio Nordeste

Mesa Redonda: Inovação e novas territorialidades da Caatinga

Horário: 14h às 17h

Participantes:

1. Monica Tejo – Diretora do Insa

2. Tiago Araújo – Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional

3. Claus Reiner – Diretor do Fida

Mesa Redonda: Cultura, sociodiversidade e alternativas para o desenvolvimento

Horário: 18h às 21h

Participantes:

1. Antônio Guedes Rangel Júnior – Presidente da Fapeb, professor da UEPB, Conselheiro do Idesne

2. Maria Clara Araújo – Estudante de Direito/ UFRN. Presidente do AFS Intercultura Brasil

3. Thereza Christina Bahia Coelho – Professora titular da UEFS. Médica da ABMMD. Integrante do GT Saúde do Idesne

4. Telma Firme Barros – Assessora de Relações Institucionais do Idesne e integrante da ABJD-DF6.

Dia 3 (30/06/2023)

Mesa Redonda: Alimentação, combate à pobreza, alimentos saudáveis.

Horário: 9h às 12h

Participantes:

1. Camile Sahb – Diretora de Promoção da Inclusão Produtiva e Acesso à Água, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

2. Jonas Duarte – Articulação no Semiárido Brasileiro

3. Alexandre Lima – Secretário de Desenvolvimento Sustentável e da Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte e Coordenador da Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste

4. Patrícia Vasconcelos – Secretária Nacional de Agricultura Familiar e Agroecologia, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDAAF)

5. Paulo Mansan – Dirigente do Movimento dos Sem Terra e Coordenador do Programas Mãos Solidárias e Cozinhas Comunitárias do MST em Pernambuco

6. Maria Losangela Martins de Souza – Plandites/Universidade Estadual do Rio Grande do Norte Associação Brasileira de Universidades Estaduais e Municipais – Abruem

Painel de encerramento com síntese do que foi discutido

Horário: 14h às 17h

O que é a Caatinga?

A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, que ocupa cerca de 11% do território nacional, principalmente na região Nordeste. O nome caatinga vem do tupi-guarani e significa “floresta branca”, pois a vegetação perde as folhas e fica esbranquiçada na época da seca.

A região apresenta um clima semiárido, com altas temperaturas, baixa umidade e chuvas escassas e irregulares. A vegetação é adaptada à falta de água, com plantas de folhas pequenas, espinhosas ou suculentas, como cactos e bromélias. A fauna é diversificada e inclui mamíferos, aves, répteis, anfíbios e insetos, muitos deles ameaçados de extinção, como a ararinha-azul e o tatu-canastra.

A caatinga é um bioma rico em biodiversidade e importância cultural, mas também sofre com a degradação ambiental causada pelo desmatamento, pela queimada, pela agricultura e pela pecuária extensivas e pelo uso da lenha como fonte de energia. Por isso, é preciso conservar e valorizar esse patrimônio natural do Brasil.