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Seis espécies de sapos da chuva são descobertas no Equador e uma leva o nome de “resistência”

Seis espécies de sapos da chuva são descobertas no Equador e uma leva o nome de “resistência”

Todas as rãs pertencem ao gênero Pristimantis, que inclui mais de 569 espécies diferentes vivendo em áreas que vão do leste de Honduras até os Andes ao norte da Argentina e do Brasil

Após várias expedições a lugares remotos em florestas chuvosas amazônicas, cientistas descobriram seis novas espécies de sapos da chuva no Equador, encontradas nas encostas orientais dos Andes, em dois parques nacionais, o Llanganates e Sangay. O estudo foi publicado na revista PeerJ por três pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Equador e do Instituto Nacional de Biodiversidade.

Todas as rãs pertencem ao gênero Pristimantisque inclui mais de 569 espécies que vivem ao norte do leste de Honduras e Panamá através dos Andes até a Bolívia, norte da Argentina e Brasil. O Equador tem 669 espécies de anfíbios, tornando-se o terceiro país mais diversificado do mundo depois do Brasil e da Colômbia. O nome “sapos da chuva” se deve ao fato de eles não dependerem de corpos d’água para reprodução, pondo ovos em terra.

Segundo os cientistas, a Colômbia e Equador têm a maior riqueza desses pequenos sapos que habitam a terra e há a expectativa de outras espécies ainda serem descobertas. No entanto, eles alertaram que as novas espécimes de pristimantis foram encontradas em um raio de 20 km de áreas desmatadas e recomendaram que todos fossem adicionados à lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de espécies ameaçadas.

Na nomeação das novas espécies, uma chama a atenção. Em um tweet, um dos pesquisadores, Santiago Ron, contou que eles chamaram um dos sapos de “resistencia”, em homenagem aos ativistas ambientais que foram mortos na América Latina. “Durante os últimos 10 anos, a região tem sido a mais perigosa para os defensores do meio ambiente”, disse ele.

De acordo com um relatório do grupo de advocacia Global Witness, mais ambientalistas foram mortos na América Latina do que qualquer outra região do mundo em 2021.