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Pulgas e carrapatos: saiba como proteger seu animal

Pulgas e carrapatos: saiba como proteger seu animal

Além de coceira, esses parasitas podem causar aos animais dermatites, alergia e alopecia

A pulga pode infestar tanto cães como gatos. Além de picar os bichos, ela pode ser ingerida acidentalmente pelo animal, causando danos graves através do verme Dypilidium Caninum, que reflete em perda de peso e diarreia.

É mais comum que ela se alastre nas estações mais quentes do ano, mas, para conseguir evitar a infestação, é preciso entender todo o ciclo da pulga nas suas 4 fases de vida. São elas: a adulta, estágio final da evolução, na qual ele pica o hospedeiro; o ovos, depositados pelo parasita adulto; as larvras, que podem elovluir para outras pulgas ou em pupa, um casulo que leva de 3 semanas a 1 ano para eclodir.

Se o tutor encontrar a pulga no animal que está dentro de casa e tratar o bicho apenas momentaneamente, possivelmente no próximo mês ou até no próximo ano, ele ainda vai ter o parasita dentro da residência. Cada pulga pode colocar de 20 a 30 ovos que se transformam em larvas e ficam no ambiente se alimentando de sujeira, poeira e de qualquer outra matéria orgânica, a pupa analisa a condição favorável para o momento de eclodir, o que pode durar meses.

“Por esse motivo, quando o animal está infestado, tem que tratar o ambiente com inseticidas próprios, a quantidade de pulgas que são vistas no espaço representa apenas 5% do que realmente existe no ambiente como um todo, pois normalmente elas ficam escondidas. Ocorre, ainda, que 10% sempre se transforma em pupa, que é resistente a desinfetante e venenos, e pode ficar durante muito tempo viva no ambiente”, explica a médica-veterinária Isabella do Espirito Santo Martins.

Faz parte do tratamento desinfetar também o espaço que o pet vive para evitar novos contágios  (Foto: pexels/ yaroslav-shuraev / CreativeCommons)
Faz parte do tratamento desinfetar também o espaço que o pet vive para evitar novos contágios (Foto: Pexels/ yaroslav-shuraev/ CreativeCommons)

Outro parasita externo de seres vertebrados, que ocorre em animais silvestres, domésticos e até mesmo nos humanos, alimentando-se do sangue, é o carrapato. Segundo Dra. Isabella, a preocupação com o carrapato não é só sobre a infestação no animal ou no ambiente, o que preocupa é a transmissão da “doença do carrapato”, causada por quatro tipos de micro-organismos que causam as seguintes enfermidades: babesiose, rangeliose, erliquiose e anaplasmose. Todos podem causar anemia, plaquetas baixas, sangramentos e uma série de outras complicações muito sérias que podem levar ao óbito. “A hemoparasitose pode causar anemia nos animais, podendo levar a níveis de hematócritos bem baixos, com isso o animal precisaria de transfusão sanguínea”, conta a médica-veterinária Bruna Assolini Cardoso.

Para tratamento no animal, é indicado medicação via oral, ou com um tópico que pode ser aplicado na pele, além das coleiras que fazem uma proteção mensal contra algumas pragas, como pulgas e carrapatos. “Para evitar que o animal seja infestado, devem ser feitas aplicações periódicas, com o uso adequado de remédios específicos que, dependendo do fabricante, duram em média de 30 dias até 3 meses”, diz Dra. Bruna.

É bom lembrar que existe uma diferença entre as medicações que fazem a prevenção. Algumas funcionam como repelentes, não deixam o carrapato picar e outras matam após a primeira picada. “A diferença entre elas é que uma medicação oral para controle vai matar o carrapato quando ele picar o animal, e, dependendo da carga parasitária, a doença pode ser transmitida já nesse primeiro contato. As que são repelentes (líquidos aplicados na pele e coleiras), não deixam o carrapato picar” diz Dra Isabella.