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Projeto Doce Futuro recebe autorização do Governo Estadual para uso e manejo de ANSF

Projeto Doce Futuro recebe autorização do Governo Estadual para uso e manejo de ANSF
Projeto é desenvolvido por três ambientalistas e conta com parceria da Prefeitura de Marília

O Projeto Doce Futuro expediu junto à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo autorização de uso e manejo para criação de ANSF (Abelhas Nativas Sem Ferrão) em cativeiro, a qual permite a manutenção de colônias em colmeias sob cuidados humanos. O projeto desenvolvido pelos ambientalistas Johnny Thiago Santana, André Luis de Lima e João Carlos Tramarim, em parceria com a Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e de Limpeza Pública, está introduzindo em Marília a meliponicultura, criação de abelhas sem ferrão, responsável pela produção de mel e polinização das plantas, permitindo a produção de sementes de várias espécies, muitas das quais fundamentais para a alimentação humana.

Foto Noticia Principal Grande

Segundo o Secretário do Meio Ambiente e de Limpeza Pública, Vanderlei Dolce, a parceria tem por objetivo revitalizar áreas degradadas por queimadas, proteger nascentes, melhorar a polinização e propagar a educação ambiental sobre o tema através de visitação monitorada: “Os benefícios oferecidos pelo projeto Doce Futuro vão além da produção de mel e polinização, que por si só já seriam altamente benéficos ao meio ambiente. Neste projeto, uma imensa área degradada pelas queimadas está sendo reflorestada, além de quatro nascentes recuperadas e protegidas. O que nos orgulha é saber que o local servirá para visitação dos alunos das escolas de Marília e região, que conhecerão de forma prática, através de caminhadas em trilhas ecológicas, como é formada toda esta estrutura que mantém o equilíbrio desse ecossistema.”
Para o chefe do Meio Ambiente, Cassiano Rodrigues Leite, a expedição da autorização junto ao Governo Estadual solidifica o projeto, pioneiro na região. “O Projeto Doce Futuro nasceu com o nobre propósito de expandir a polinização em Marília, alem de permitir a promoção da educação ambiental em nossa cidade. Já vínhamos reflorestando a área e recuperando as nascentes, enquanto aguardávamos a expedição das autorizações que cumprem às leis vigentes. Não poderíamos manejar as colônias, pois estaríamos descumprindo a Lei Federal 9.605/1998, em seu artigo 29, que orienta quanto aos crimes contra a fauna o desenvolvimento de ações que utilizam espécimes silvestres sem a devida autorização do órgão competente. Agora poderemos avançar com as instalações das colônias e iniciar, de fato, a meliponicultura em Marília.”

O meliponicultor Johnny Thiago Santana, coordenador do Projeto Doce Futuro, explica a importância da parceria com a Prefeitura de Marília, protagonizando o pioneirismo regional e permitindo a propagação do conhecimento sobre o tema. “A principal função executada pelas abelhas é a polinização. Elas são responsáveis por 73% da polinização das plantas cultivadas. Através desse serviço ambiental, elas atuam na regeneração das florestas e da biodiversidade, tendo ainda importância fundamental na alimentação humana e proporcionando a existência de muitos alimentos presentes em nosso cotidiano. Contudo, impactos ambientais como o desmatamento, as queimadas, o uso de pesticidas e agrotóxicos, o aquecimento global e as alterações climáticas estão devastando as populações deste inseto. Caso não haja abelhas, toda a cadeia alimentar poderá ser afetada. Além disso, a meliponicultura é uma atividade sustentável, que auxilia na preservação das espécies vegetais e no equilíbrio biológico nos diferentes biomas brasileiros. Assim, este projeto equilibrará a polinização em Marília, e, ainda, contribuirá para a promoção educação ambiental sobre o tema em nossa cidade, propagando entre nossos alunos a importância em se preservar as abelha e evitar queimadas”, afirmou Johnny.