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Projeto de replantio do mangue que tem menina de 6 anos como embaixadora é apresentado na ONU

Projeto de replantio do mangue que tem menina de 6 anos como embaixadora é apresentado na ONU

Guanabara Verde, fundado em 2021 pelo Instituto Mar Urbano, replantou até hoje 30,5 mil mudas de espécies nativas

Uma ação individual com propagação global. A cena de Nina, à época com 3 anos, catando plástico com o pai, o biólogo Ricardo Gomes, no mar de Copacabana, na Zona Sul do Rio, viralizou no Brasil em 2020. A repercussão levou empresas a apoiarem o Instituto Mar Urbano, de Gomes, que fundou o projeto Guanabara Verde e agora tem seus resultados reconhecidos na Conferência da Água na ONU, em Nova York.

O Guanabara Verde, em um ano e meio, fez o replantio de 30,5 mil mudas de espécies nativas de mangue na Baía de Guanabara, na região da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, no Estado do Rio — no dia 13 deste mês, o projeto realizou o plantio da última muda.

Foi com um vídeo de Nina plantando a primeira muda dos 12,2 hectares já recuperados que o biólogo carioca introduziu o projeto em um painel sobre economia azul, ontem, durante o mais importante evento global sobre o tema, na sede das Nações Unidas. A apresentação ficou lotada: recebeu 1.300 inscrições para as 200 vagas disponíveis.

— A gente mostrou as cenas desde o mar até chegar à recuperação dos rios, com o fortalecimento do mangue. O projeto teve sucesso em 95% dos plantios, o triplo da média mundial — conta o biológo. — Fizemos um trabalho conjunto, usando a sabedoria dos pescadores locais para tornar o processo mais prático e otimizar o tempo. Foi muito inspirador para todo mundo.