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Projeto de Recuperação da Costa Brasileira é reconhecido pela UNESCO

Projeto de Recuperação da Costa Brasileira é reconhecido pela UNESCO

Com 15 anos de trabalho nas dunas de Ipanema e Leblon, projeto do Instituto E atua pela regeneração da restinga na orla carioca

O Projeto de Recuperação da Costa Brasileira acaba de alcançar um marco histórico: em 2024, a restinga das praias de Ipanema e Leblon se integra ao Programa de Restauração Cidadã da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA).  A restinga desempenha um papel fundamental na fixação das dunas litorâneas, na proteção contra a erosão e na regulação do clima. Além disso, abriga uma rica fauna e flora, muitas vezes endêmicas e ameaçadas de extinção. 

Idealizado por Oskar Metsavaht, presidente e fundador do Instituto-E, o projeto recebeu reconhecimento internacional durante o G20. Com a Diretora Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, com atribuições semelhantes à uma chefe de Estado durante a conferência global, se juntou à Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Noleto, para oficializar a importância do trabalho do Instituto-E nas dunas de Ipanema e Leblon, dentro da Reserva da Biosfera da UNESCO da Mata Atlântica.

projeto de regeneração da restinga
Oskar Metsavaht, presidente e fundador do Instituto-E, e a Diretora Geral da UNESCO, Audrey Azoulay. Foto: Instituto E

Hoje, o projeto conta com 28 canteiros de restinga adotados, 6 mil m2 de área remanejada para as dunas, mais de 10 mil m2 de área replantada e cerca de 40 mil mudas de restinga plantadas de espécies nativas como Ipomeia, Feijão da praia, Perpétua, Carrapicho, Guriri, Sofora, Senna pendula e Hidrocotile.

Ao reconhecer a iniciativa como um exemplo de Restauração Cidadã, a UNESCO contribui para o fortalecimento da rede de projetos que atuam na recuperação desse bioma e reforça a importância da participação da sociedade civil na conservação da natureza.

regeneração da restinga
Foto: Instituto E

A partir de agora, o projeto entra no rol de iniciativas globais de preservação da Mata Atlântica, bioma que representa a maior Reserva da Biosfera do planeta, com 89.687.000 hectares nos 17 estados brasileiros. O apoio da UNESCO é um reflexo do compromisso do projeto com a promoção da sustentabilidade e da participação da comunidade local nas ações de restauração.

“É um olhar generoso e de cuidado com a natureza e sua relação com a cidade. Quando juntos protegemos a restinga das praias de Ipanema e do Leblon, estamos demonstrando ao mundo o quanto nós, cariocas, cuidamos deste espaço de expressão de nossa cultura singular, do equilíbrio entre a complexidade de uma vida urbana com a vulnerável e bela natureza que envolve nossa cidade”, declara Oskar Metsavaht.

preservação da restinga no rio de janeiro
Foto: Instituto E

A iniciativa representa um incentivo para que o projeto continue trabalhando em prol da conservação da Mata Atlântica e inspire outras iniciativas semelhantes em todo o país.   

Oskar Metsavaht

Oskar é fundador e presidente do Instituto-E, uma OSCIP que atua como um hub aplicando conceitos e práticas de Sustainable Design Thinking para promover um desenvolvimento humano mais sustentável por meio de projetos socioambientais.

Embaixador da UNESCO para Sustentabilidade e para a Década do Oceano 2021-2030., ele é artista, designer, ambientalista e ativista, com formação acadêmica em Medicina. Criador multidisciplinar, transita entre diversas áreas e é reconhecido como um visionário por defender e aplicar práticas socioambientais desde os tempos em que essas causas e valores ainda não estavam em voga.

restinga rio de janeiro praias
Foto: Instituto E

Fundador e diretor de criação e estilo da Osklen, foi pioneiro com conceito que prima pela fusão entre ética e estética e preconiza a moda consciente comprometida com a filosofia ASAP | as sustainable as possible, as soon as possible, que traz a urgência de agir da maneira mais sustentável possível no nosso dia a dia e um chamado para a adoção de melhores práticas de impacto social e ambiental na indústria da moda.

Expressa em seus trabalhos artísticos o tema da preservação da floresta, da água, do empoderamento e proteção dos povos originários. Desde 2011 realizou e participa de diversas exposições individuais e coletivas tanto no Brasil quanto no exterior. Diretor criativo do studio OM.art, onde reúne seu ateliê de artes plásticas, o espaço expositivo e o estúdio para desenvolvimento e produção de projetos de arte, ciência e filosofia.