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Parto ecológico: como funciona o procedimento de dar à luz seguido pela filha de Ana Maria Braga

Parto ecológico: como funciona o procedimento de dar à luz seguido pela filha de Ana Maria Braga

Técnica também foi eleita por famosas como Gabriela Pugliesi, Bela Gil e Gisele Bündchen

“Chegou no conforto de sua casa, numa madrugada escura, calma e serena; cheia de estrelas brilhantes a te saudar e zelar”, escreveu Mariana Maffeis. Filha mais velha da apresentadora Ana Maria Braga, a praticante e professora do hatha yoga deu à luz a sua quarta filha na madrugada da última segunda-feira, em um parto “tranquilo”, que contou apenas com a companhia do marido Badarik González.

Maffeis optou pelo parto ecológico, que foi feito na casa da família no interior de São Paulo. O procedimento, também conhecido como “parto humanizado”, costuma ser seguido por pessoas que adotam uma vida mais natural, como o caso da primogênita da titular do “Mais Você”, que é adepta à filosofia Vedanta Vaishnava e vive uma rotina em meio à natureza.

Como funciona o parto ecológico

A imagem que muitos têm do parto ecológico se limita ao procedimento em que a mãe tem o filho em casa, sem recursos artificiais. O termo, na verdade, não categoriza um tipo específico de parto, mas prega o nascimento da maneira mais natural e tranquila possível e dá à mulher o máximo de autonomia no processo. Deve ser realizado com poucas intervenções médicas e técnicas consideradas invasivas ou desnecessárias e com recursos que tranquilizem a gestante. A equipe médica está presente apenas para dar suporte, apoio e intervir caso seja necessário em alguma emergência.

Especialistas ressaltam que bebês que nascem sem uma intervenção invasiva ou medicações desnecessárias já vêm ao mundo mais preparados e maduros, pois têm uma capacidade de respiração melhor e a mãe tem menos risco de sangramentos no pós-parto e de dores crônicas causadas por cortes. No entanto, médicos defendem que o parto humanizado seja feito em ambiente hospitalar — uma realidade cada vez mais comum nas capitais do país.

Contraindicações

São poucas as contraindicações da técnica. A principal é a posição anômala do bebê no ventre da mãe. Se ele está encaixado sentado, por exemplo, não é aconselhado, pois o nascimento pode ser difícil para a mãe e para o feto. Gestação gemelar também.

Patologias relacionadas à mãe, como cardiopatias graves (em que ela não pode fazer esforço), descontrole da hipertensão, bebês muito grandes (acima de 4,5 quilos) ou muito pequenos, por serem muito sensíveis, também são um empecilho para o parto ecológico e humanizado.

Entre os possíveis problemas durante o parto estão a dificuldade de extrair o bebê e a distocia de ombro — quando a cabeça do bebê nasce, mas o ombro e o tronco ficam presos. Em casos mais graves pode ocorrer o deslocamento da placenta e até mesmo uma hemorragia pós-parto pela falta de contração do útero, levando a gestante ao óbito — esta, inclusive, é a principal adversidade que causa a morte de gestantes hoje no país.