Parkinson deve superar o câncer como causa de morte mais frequente
Ao lado do Alzheimer, outra condição neurodegenerativa, o Parkinson deve superar o câncer como a causa de morte mais frequente até 2040, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema. No Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, comemorado nesta segunda-feira (11), vale muito saber sobre a patologia como forma de minorar os sintomas.
Segundo o neurologista Rafael Andrade, a Doença de Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comum e a sua principal característica é a lentidão. “Associado a lentidão pode haver rigidez, tremor ou dificuldade para caminhar”, informou.
Para o especialista, infelizmente não existe forma de prevenção. “Alguns estudos indicam que alguns fatores protetores como consumo de café e atividade física estão associados a um risco menor de desenvolver a doença, porém esses dados não são suficientes para uma recomendação formal”, adiantou.
Rafael Andrade disse ainda que o controle da doença consiste em uso de medicamentos para aliviar e controlar os sintomas e a prática de atividade física regular. “As terapias de reabilitação como fisioterapia motora e terapia ocupacional são reservadas para os pacientes com quadros mais avançados”, informou.
Conforme o neurologista, nos casos avançados, além da terapia de reabilitação, outra alternativa de tratamento é a terapia neurocirúrgica. “É importante frisar que esse tratamento cirúrgico não substitui os medicamentos e também não são indicados para todos os pacientes. Na verdade, só há benefício para os pacientes que ainda respondem aos medicamentos, e por algum motivo desenvolveram efeitos colaterais decorrentes da medicação oral”, explicou.
O especialista ainda destacou que é fundamental que o paciente esteja sendo acompanhado por um neurologista, de preferência com experiência em Parkinson.
Ele lembrou que a doença é mais comum aparecer a partir dos 50 anos e por ser uma doença crônica e ainda incurável, o acompanhamento se faz necessário por toda a vida.
De acordo com Rafael Andrade, o diagnóstico é eminentemente clínico, baseado na história do paciente e no exame físico neurológico. “Em alguns casos pode-se realizar exames complementares para afastar outros diagnósticos, porém, em casos típicos, não se faz necessário exames adicionais”, disse
Rafael esclareceu que pelo SUS, o tratamento cirúrgico está disponível no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires em Santa Rita.
Medicação de alto custo – Para os pacientes com Parkinson que não conseguem bancar a medicação, o SUS é uma solução. Na Paraíba, os medicamentos podem ser adquiridos pelo Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais (Cedmex), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, mas para isso é necessário dar entrada no processo para a aquisição dos insumos.
Para ter acesso ao medicamento, o usuário ou seu representante deve se dirigir ao Cedmex de posse dos seguintes documentos pessoais, como: Carteira de Identidade (RG); CPF; Cartão Nacional de Saúde; Comprovante de Residência com CEP; Declaração Autorizadora + RG e CPF (caso deseja autorizar representante para cadastrar e receber o(s) medicamento), além dos documentos preenchidos pelo médico.
Os documentos preenchidos pelo médico são: Laudo para Solicitação/Avaliação (LME) e Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica; Receita de Controle Especial, com posologia para um mês de tratamento; Anexo com laudo detalhado dos sinais e sintomas realizado em serviço especializado em neurologia ou geriatria e o Termo de Esclarecimento e Responsabilidade.
Para quem precisa dar entrada no medicamento clozapina, há necessidade de levar o hemograma completo.
O LME e Termo de Esclarecimento e Responsabilidade encontram-se disponíveis no Portal da Cidadania: https://portaldacidadania.pb.gov.br
A sede do Cedmex fica localizada na Avenida Maximiano Figueiredo, 453, centro, João Pessoa. A unidade é aberta de segunda a sexta-feira, com entrega de fichas das 7h00 às 15h00. No último dia útil do mês, o centro é fechado para balanço.
Veja abaixo as medicações disponíveis pelo Cedmex para os casos de Parkinson:
Amantadina 100 mg (por comprimido);
Bromocriptina 2,5 mg (por comprimido);
Clozapina 25 mg (por comprimido);
Clozapina 100 mg (por comprimido);
Entacapona 200 mg (por comprimido);
Pramipexol 0,125 mg (por comprimido);
Pramipexol 0,25 mg (por comprimido);
Pramipexol 1 mg (por comprimido);
Selegilina 5 mg (por comprimido);
Triexifenidil 5 mg (por comprimido);
Rasagilina 1 mg (por comprimido)