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Outubro Rosa: desafios emocionais associados ao câncer

Outubro Rosa: desafios emocionais associados ao câncer

O Outubro Rosa, campanha de conscientização sobre o câncer de mama, levanta debate sobre os desafios na luta contra à doença

O Outubro Rosa é a campanha que marca o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama. O objetivo é alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce da doença. Porém, muitas mulheres ainda encontram dificuldades para o acesso ao serviços de saúde, aponta a médica ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Luana Ariadne Gomes.

“As principais dificuldades enfrentadas pelas mulheres em relação ao câncer de mama incluem o diagnóstico tardio, falta de acesso a cuidados médicos adequados, desafios emocionais e psicológicos associados à doença, e questões relacionadas à qualidade de vida durante e após o tratamento”, diz.

A especialista explica que a realização de exames periódicos é essencial para a identificação precoce do câncer de mama. Mas que o autoexame não substitui exames clínicos e mamografias. “A frequência ideal depende da idade e do histórico de saúde. Mas geralmente é recomendado um autoexame mensal a partir dos 20 anos e mamografias de rastreamento a partir dos 40 anos”, orienta.

A profissional ainda enfatiza que o apoio emocional e psicológico às mulheres com a doença é fundamental no Outubro Rosa e ao longo de todo o ano. “A conscientização contínua sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce deve ser promovida durante todo o ano para melhorar a saúde das mulheres e reduzir a incidência e mortalidade por câncer de mama”, pontua.

Atenção à saúde

De acordo com Luana, é sempre importante ficar atenta aos sinais e sintomas que podem indicar a existência do câncer de mama, como a presença de um nódulo no seio e alterações na sua forma ou tamanho, dor persistente, secreção mamilar anormal, pele avermelhada ou descamada na mama, entre outros.

A médica detalha que existem vários tipos de câncer de mama, alguns com desenvolvimento rápido e outros mais lento. Além disso, alguns fatores podem contribuir para o aparecimento da doença, como histórico familiar, idade avançada, exposição a hormônios e predisposição genética. Mas nem todas as mulheres com esses genes desenvolvem a doença.

Para a ginecologista, os cuidados discutidos no Outubro Rosa são cruciais no diagnóstico da doença. “A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. Então é importante sempre estar em dia com os exames e, se necessário, procurar um médico para tirar as dúvidas existentes”, finaliza.