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Onda de calor prolongada acima da média põe a Europa em alerta

Onda de calor prolongada acima da média põe a Europa em alerta

Os incêndios florestais se multiplicaram em países do continente nas últimas horas. Resultado de uma combinação de umidade baixa, ventos fortes, vegetação seca e temperaturas altíssimas.

Uma onda prolongada de calor acima da média pôs países da Europa em alerta.

CroáciaTurquiaFrançaEspanhaPortugal. Os incêndios florestais se multiplicaram nas últimas horas. Resultado de uma combinação de umidade baixa, ventos fortes, vegetação seca e temperaturas altíssimas.

A Defesa Civil de Portugal colocou o país quase inteiro em alerta vermelho, o mais alto na escala de risco para a população. Na quarta-feira (13) fez 46º C, muito perto do recorde histórico de mais de 47,3º C, registrado em 2003. E a previsão é de que a temperatura aumente ainda mais nos próximos dias. Pesquisas recentes já confirmaram que ondas de calor extremo, como essa, estão cada vez mais comuns.

A cientista climática da Universidade Imperial College de Londres disse que os exemplos estão em toda parte.

“Europa, Arábia Saudita, China, Estados Unidos… A frequência aumentou muito e as mudanças climáticas são um fator-chave nisso”, afirmou a cientista.

 

Em março e abril, uma onda de calor na Índia e no Paquistão levou a temperatura para perto dos 50º C. O evento ficou 30 vezes mais provável por causa do aquecimento global, de acordo com um grupo internacional de cientistas.

Reino Unido e França se preparam para possíveis temperaturas recordes no começo da semana que vem. As pessoas já vão se virando como podem em qualquer canto. Na Itália de 44º C, os turistas aderiram a um velho acessório: o leque.

Um doutorando do Instituto de Mudanças Ambientais da Universidade de Oxford lembrou que o clima extremo causa enormes impactos à saúde e também à economia “porque as pessoas têm dificuldade em focar, em trabalhar ao ar livre”.

É o que se vê em Madri, com seus 38º C. O administrador diz que é terrível: “Quem usa terno acaba todo ensopado”, afirma.

O trabalhador da construção civil também não gosta: “É muito duro. As pessoas reclamam, mas se elas estivessem aqui saberiam o que é trabalho de verdade”, conta um jovem.