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Novo conceito pode tornar sua geladeira mais barata e sustentável

Novo conceito pode tornar sua geladeira mais barata e sustentável

Pesquisadores avaliaram método de resfriamento termogalvânico para reduzir pegada de carbono de geladeiras atuais

resfriamento termogalvânico pode ser o caminho para tornar os refrigeradores mais econômicos e sustentáveis. O método foi estudado na Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, na China, como relatado pelo jornal The Guardian.

A descoberta tem grande importância especialmente após um relatório apontar que geladeiras e freezers domésticos consomem cerca de 4% da eletricidade global. O novo conceito substitui princípios da compressão de vapor das geladeiras atuais e que contribuem para as emissões de gases do efeito estufa.

“O resfriamento termogalvânico com potencial baixa pegada de carbono é uma tecnologia ecologicamente correta, que promoverá a neutralidade de carbono se seu uso se tornar generalizado”, disse ao jornal o autor sênior do estudo, Jiangjiang Duan.

Refrigeradores consomem 4% da eletricidade global (Imagem: LightFieldStudios/iStock)

A solução pode estar no hidrogel termogalvânico…

A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Wuhan, na China, e da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos.

No processo de aquecimento, a eletricidade é gerada a partir da transferência de elétrons e eletrodos dos íons de ferricianeto. Enquanto isso, a água no hidrogel evapora e remove parte do calor sem afetar a conversão termoelétrica. O sistema de umidade é equilibrado pelos íons positivos de lítio e negativos de bromo.

Células termogalvânicas podem reaproveitar calor e gerar energia (Imagem: leolintang/iStock)

Na prática, o material pode diminuir a temperatura da bateria de um celular em 20 °C e recuperar 5 μW de eletricidade em taxas de descarga rápidas. O hidrogel mede cerca de 12 x 30 x 3,6 mm, resistência mecânica de 0,24 MPa, podendo ser esticado em até 2 ou 3 vezes do seu comprimento original sem causar danos.

O estudo pontuou que boa parte do calor nos equipamentos atuais é desperdiçada ou leva ao superaquecimento, reduzindo a eficiência e a vida útil dos dispositivos. A criação de módulos termoelétricos buscou resgatar esse calor, mas não resolveu o problema do superaquecimento.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero
Ana Luiza Figueiredo
Redator(a) Ana Luiza Figueiredo no LinkedIn

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.