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Nasa quer ampliar parceria com Brasil no monitoramento da Amazônia

Nasa quer ampliar parceria com Brasil no monitoramento da Amazônia

Em visita ao país, Bill Nelson, administrador da Nasa, explicou que a agência espacial tem instrumentos que podem ajudar a aumentar a produtividade no campo, que identificam a umidade do terreno e do ar e detectam pragas

A Nasa quer ampliar a parceria com o Brasil no monitoramento do desmatamento da floresta amazônica e em ações de preservação. O administrador da Nasa, Bill Nelson, se reuniu com o presidente Lula, nesta semana, no Palácio do Planalto, em Brasília, para tratar da cooperação aeroespacial entre Brasil e Estados Unidos.

O administrador da Nasa lembrou que, há 37 anos, fez um sobrevoo no espaço e conseguiu observar a destruição da floresta e a sedimentação na foz do Rio Amazonas, resultado do desmatamento.

Em outro exemplo de possível parceria, Nelson explicou que a agência espacial tem instrumentos que podem ajudar a aumentar a produtividade no campo, que identificam a umidade do terreno e do ar e detectam pragas.

Na terça-feira (25), Bill Nelson visitou as instalações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Embraer, em São Paulo.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, explicou que qualquer tipo de parceria no monitoramento das florestas depende do aval das autoridades científicas que acompanham a política aeroespacial brasileira, que podem apontar a real necessidade de utilização desses equipamentos e sistemas e a viabilidade de cruzamento de informações.

Ela lembrou que, em breve, deve entrar em operação um novo radar sintético que possibilitará a captação de imagens através das nuvens e que o Inpe “continua firme e forte fazendo o dever de casa” na qualificação de informações para o combate ao desmatamento na Amazônia.

Um dos interesses do Brasil é que as autoridades americanas observem as potencialidades da indústria brasileira na área espacial, como a capacidade de produção de equipamentos para a Nasa.

A reunião no Palácio do Planalto durou cerca de uma hora e meia, ocasião em que Nelson presenteou Lula com uma foto da última missão da Nasa à Lua, entre novembro e dezembro do ano passado, com um foguete não tripulado.