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Ministério da Saúde lança plano para levar água potável a indígenas

Ministério da Saúde lança plano para levar água potável a indígenas

Brasil tem mais de 400 mil indígenas sem acesso à água potável e 55% das aldeias do país não têm água de qualidade garantida. Por isso, o Ministério da Saúde lançou na última quinta-feira (10) o Programa Nacional de Acesso à Água Potável em Terras Indígenas.

O plano prevê metas para alcançar, em até 20 anos, acesso universal a água tratada nas aldeias de todo país.

No programa estão previstas a construção de novos sistemas de coleta e tratamento de água ou reforma e ampliação de sistemas já existentes.

O ministro Marcelo Queiroga afirmou que o principal objetivo é oferecer aos indígenas acesso à água de qualidade e controlar doenças que causam diarreia, especialmente entre as crianças indígenas.

“Esse programa é uma política pública que foi planejada com critérios técnicos e foi construída com a comunidade indígena”, disse.

Saneamento no Brasil

De acordo com uma matéria produzida pelo G1 sobre o assunto, quase metade da população brasileira ainda não tem acesso a sistemas de tratamento de esgoto adequados, o que significa dizer que quase 100 milhões de pessoas (47% dos brasileiros) usam medidas alternativas para tratar o lixo produzido no dia a dia.

Geralmente, os dejetos são jogados em uma fossa ou lançados diretamente em esgoto ou rios, o que, na prática, pode aumentar os níveis de poluição do local, prejudicando o meio ambiente.

Vale acrescentar que a falta de saneamento básico pode trazer várias consequências para a saúde da população, dentre elas o surgimento de doenças, como leptospirose e cólera, por exemplo. Além disso, polui os recursos hídricos e aumenta a desigualdade social.

Água potável no Brasil

Além do problema de saneamento, mais de 16% da população (cerca de 35 milhões de pessoas) não tem acesso à água tratada ou potável. Assim como no caso do saneamento, o não acesso a uma água de qualidade e tratada pode provocar diversas consequências para a saúde da população.

Algumas doenças que podem surgir em decorrência do consumo de água não tratada são, por exemplo:

• Leptospirose

• Amebíase

• Cólera

• Diarréia por Escherichia coli

• Disenteria bacteriana

• Hepatite A

Saneamento básico e água tratada: o Brasil apresentou melhoras nos últimos anos

Embora o Brasil ainda não tenha muito a fazer para ser saneado e garantir água tratada de qualidade para sua população, pode-se dizer que nos últimos anos o país apresentou leve evolução.

Por exemplo, em 2011, os indicadores mostraram que a população com acesso à rede de coleta de esgoto era de 48,1%. No entanto, em 2018, passou para 53,2%, apresentando assim evolução, ainda que de forma bastante lenta. Mesmo assim, os números ainda dizem que milhões de brasileiros continuam sem acesso aos serviços básicos de saneamento.

No que diz respeito ao consumo de água tratada, também houve uma melhora. No entanto, é importante destacar que também houve aumento do desperdício de água. A título de informação, em 2015, 36,7% da água potável produzida no Brasil foi desperdiçada. Só em 2018, um ano mais recente, o desperdício de água chegou a 38,5%.

Essa é a situação do Brasil com relação ao saneamento básico e água tratada. O país ainda tem muito a evoluir nesse sentido, bem como sua população, que precisa usar a água de forma racional.