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Incêndio que já dura oito dias ameaça área de preservação em Mato Grosso

Incêndio que já dura oito dias ameaça área de preservação em Mato Grosso

O estado tem o maior número de focos de calor no país. No nordeste de MT e no Xingu, brigadistas indígenas reforçam o combate aos incêndios.

Um incêndio que já dura oito dias está ameaçando uma área de preservação em Mato Grosso.

Do alto, aviões agrícolas adaptados, jogam água nos focos de incêndio em uma área de Cerrado entra Cuiabá e Chapada dos Guimarães. É um reforço contratado pela Defesa Civil estadual que atua no combate com os bombeiros, são mais de 90 profissionais envolvidos.

“Com as aeronaves a gente realiza o lançamento de água nesse incêndio e a equipe terrestre do Corpo de Bombeiros faz o combate com a bomba costal com os abafadores. É uma área montanhosa também, que está dificultando o acesso aos focos deste incêndio da equipe terrestre”, explica o superintendente da Defesa Civil, Luís Cláudio Pereira Cruz.

Em um ponto as equipes já apagaram o fogo duas vezes.

“As condições de temperatura mais de 30°, a umidade baixa de 30% realmente contribuem para poder ter esses incêndios, como pode ver aqui o fogo tá ficando ativo novamente pelo tronco da árvore e possivelmente se bater um vento ele pode ficar bem forte”, aponta um bombeiro.

As equipes combatem agora esses focos que se aproximam da Rodovia Estadual Mato Grosso 351, o objetivo é impedir que o fogo atravesse para o outro lado e siga em direção ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

“Se o fogo pular pro parque digamos assim, o próprio acesso vai ficar muito dificultoso, muito difícil de entrar lá, não tem estradas, o próprio terreno ele é bem estão acidentados”, diz o chefe das operações do Bombeiros, Max Semoto.

Mato Grosso tem o maior número de focos de calor no país, mais de 15 mil até agora, quase a metade registrada no mês de agosto. Na região de Floresta Amazônica, o fogo ameaça fazendas e aldeias. No nordeste do estado e no Xingu, brigadistas indígenas reforçam o combate aos incêndios.

“Uma extensão muito grande, e a dificuldade por se tratar de terra indígena os acessos são é um pouco complicado, ou seja, difícil acesso. Mas estamos trabalhando com o apoio da aeronave que faz aí, que facilita a chegada da água para fazer esse lançamento, a extinção desse incêndio”, afirma Luís Claudio Pereira Cruz.