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Iguanas nascem no arquipélago de Galápagos pela primeira vez em dois séculos

Iguanas nascem no arquipélago de Galápagos pela primeira vez em dois séculos

Espécie ‘Conolophus subcristatus’ foi observada por Charles Darwin, em 1935, mas desapareceu da região menos de 70 anos depois da visita do naturalista britânico. Em 2019, animais foram reintroduzidos ao arquipélago equatoriano.

Segundo o anúncio feito pelas autoridades do Parque Nacional de Galápagos na segunda-feira (1°), os animais são descendentes das 3.143 iguanas da espécie Conolophus subcristatus, reintroduzida na ilha em 2019.

“[Encontrar os filhotes] significa que as iguanas da ilha de Santiago estão se reproduzindo com sucesso e estão desempenhando seu papel ecológico correspondente”, afirmou Danny Rueda, diretor da instituição equatoriana.

Charles Darwin, naturalista britânico criador da teoria da evolução, registrou, em 1835, uma grande população de iguanas-amarelas na ilha de Santiago durante sua visita ao arquipélago de Galápagos. Anos depois, entretanto, o cenário já era bem diferente.

Em 1903 e 1906, duas expedições da Academia de Ciências da Califórnia, dos Estados Unidos, visitaram a região, mas os cientistas não encontraram nenhum espécime de C. subcristatus.

A equipe do Parque Nacional de Galápagos mediu e pesou os recém-nascidos antes de marcá-los. Estes procedimentos são importantes para monitar a saúde e o tamanho da população desses animais.

“A descoberta de recém-nascidos não marcados significa que a população está se reproduzindo na natureza. Isso não acontecia desde o final dos anos 1800″, pontuou o cientista Luis Ortiz. “Temos uma estrutura populacional saudável. Machos, fêmeas e recém-nascidos estão distribuídos em uma área de 12 quilômetros por 2 quilômetros.”