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Estudo identifica concentração de mercúrio muito acima do limite tolerável em peixes de rios de Roraima

Estudo identifica concentração de mercúrio muito acima do limite tolerável em peixes de rios de Roraima

Segundo os pesquisadores, a contaminação é consequência da ação dos garimpeiros ilegais, que usam o mercúrio na extração do ouro, principalmente na Terra Indígena Yanomami.

Um estudo em rios de Roraima encontrou uma concentração de mercúrio em peixes muito acima do limite tolerável.

Os pesquisadores percorreram os principais rios de Roraima e recolheram amostras de 20 espécies de peixes muito consumidas na região, como filhote, dourada, tucunaré e matrinxã. O estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz, os Institutos Socioambientais Evandro Chagas e a Universidade Federal de Roraima concluiu que quase metade tinha concentrações de mercúrio acima do limite seguro para o consumo humano.

Segundo os pesquisadores, a contaminação é consequência da ação dos garimpeiros ilegais, que usam o mercúrio na extração do ouro, principalmente na Terra Indígena Yanomami.

O principal objetivo do estudo foi investigar os riscos da contaminação por mercúrio à saúde humana, e os pesquisadores concluíram que o consumo desses peixes pode provocar doenças graves.

O pesquisador Paulo Basta que participou do estudo, diz que é preciso interromper o garimpo ilegal e acompanhar daqui para frente a saúde da população.

“O mercúrio, tem alguns órgãos que nós chamamos de alvo, principalmente o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular, o sistema endócrino, os rins. Então, à medida em que o mercúrio vai se acumulando nesses órgãos dos sistemas e vai provocando lesões, vão sendo produzidos sinais e sintomas relativos aos órgãos afetados”, explica.