Estudo britânico identifica duas novas espécies de dinossauros
Trabalho foi coordenado por pesquisadores da Universidade de Southampt
Estudo liderado por paleontólogos da Universidade de Southampton identificou fósseis de dinossauro encontrados na ilha de Wigth, no Reino Unido, como pertencentes a duas novas espécies.
A investigação publicada na Scientific Reports permitiu associar os fósseis descobertos na praia de Brighstone, ao longo de vários anos, com o grupo de dinossauros terópodes da família dos espinossauros, que tinham características que lhes permitiam caçar na terra e na água.
No total, o conjunto identificado no estudo divulgado é composto por cerca de 50 ossos recuperados por colecionadores e por uma equipa do Dinosaur Isle Museum, em Sandown, onde ficarão em exibição.
O único esqueleto de um espinossaurídeo existente no Reino Unido foi descoberto em 1983 numa pedreira em Surrey, tendo sido recuperados apenas mais alguns dentes e ossos isolados.
Embora os esqueletos estejam incompletos, os pesquisadores estimam que os dinossauros mediam cerca de nove metros de comprimento, diz o estudo, ao admitir também que os espinossaurídeos podem ter evoluído pela primeira vez na Europa, antes de se dispersarem pela Ásia, África e América do Sul.
“Esse trabalho reuniu universidades, o Dinosaur Isle Museum e o público para revelar esses incríveis dinossauros e a ecologia diversa da costa sul da Inglaterra, de 125 milhões anos atrás”, salientou Neil Gostling, da Universidade de Southampton que supervisionou a investigação.
Martin Munt, curador do Dinosaur Isle Museum, classificou a descoberta de grande relevância para consolidar o estatuto da Ilha de Wight como um dos principais locais de fósseis de dinossauros em toda a Europa.