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Escócia propõe proibir a destruição de mercadorias não vendidas no combate à crise climática

Escócia propõe proibir a destruição de mercadorias não vendidas no combate à crise climática

A França adotou recentemente a medida. Agora, essa proposta será apresentada em consulta no novo Projeto de Lei da Economia Circular a ser publicado em maio no país escocês

Já parou para pensar para onde vão aquelas peças ou materiais que não são vendidos no comércio? Lá na Escócia, diversas mercadorias em bom estado acabam sendo inutilizadas e vão parar em lixões e aterros sanitários. Foi pensando na pegada ambiental que o governo irá apresentar uma proposta sobre um novo Projeto de Lei da Economia Circular, como parte de um plano para reduzir o desperdício e incentivar o consumo consciente.

O projeto de lei será lançado em maio, juntamente com uma consulta sobre novas medidas para atingir as metas de resíduos e reciclagem da Escócia em 2025. Uma economia circular é um componente-chave da resposta do governo escocês à crise climática. Na Europa, a França já fez a mesma proibição às empresas.

Michael Cook, executivo-chefe da Circular Communities Scotland, destacou á BBC: “Estamos fazendo campanha pela proibição de empresas que destruam produtos que poderiam ser facilmente reaproveitados por algum tempo e, portanto, saudamos e apoiamos totalmente esta proposta.”

Caso a medida for aprovada, varejistas podem ter que procurar outras opções para produtos não vendidos, incluindo a doação e reciclagem.

A Ministra da Economia Circular, Lorna Slater, disse em comunicado: “É absolutamente sem sentido que produtos perfeitamente bons acabem em aterros sanitários. Em vez de serem desperdiçados em aterros ou incinerados, eles devem ser reutilizados ou reaproveitados”.

Para marcar a iniciativa, a ministra está visitando a instituição de caridade Fresh Start em Edimburgo, que distribui bens domésticos essenciais e produtos doados por comerciantes para ajudar pessoas sem-teto a se estabelecerem em uma nova casa. “Organizações como a Fresh Start mostram que há uma necessidade real de itens como esses e, com o aumento do custo de vida, essa necessidade está crescendo rapidamente”, disse à BBC.

“Ao buscar uma proibição, podemos garantir que eles cheguem às mãos daqueles que precisam deles e ajudar a Escócia a reduzir sua pegada de carbono”, acrescentou.

“A Circular Communities Scotland representa uma gama impressionante de instituições de caridade e empresas sociais que oferecem uma variedade de alternativas criativas para materiais considerados resíduos ou excedentes. Este projeto valida sua contribuição significativa para o estabelecimento de uma economia mais circular na Escócia.”, complementou Michael Cook.