Emmanoel Falcão destaca atividades do Observatório Ambiental em Jacarapé
O coordenador da Coordenação de Educação Popular da UFPB (COEP), Emmanoel Falcão, revelou ao Espaço Ecológico como funcionará o Observatório Ambiental da comunidade de Jacarapé. Falcão destacou que depois da criação e instalação do Observatório, a equipe está dando vida ao espaço que foi constituído e construído as mãos da própria comunidade.
O Observatório contará com a instalação de um centro de formação na linha de educação permanente em todos os eixos. Segundo Falcão, esse centro de formação vai trabalhar o desenvolvimento sustentável, mexendo com os eixos aglutinadores como: produção, formação, organização, qualidade de vida e resgate da cultura local.
“Esse espaço serve para esses empreendimentos culturais e pedagógicos, entretanto precisa-se planejar, então eu estou indo toda segunda-feira montar o plano pedagógico dentro da comunidade no Observatório Ambiental. Há 15 dias atrás nós tivemos as primeiras discussões em termos pedagógicos para discutir sustentabilidade e desenvolvimento e nessa última segunda-feira já fomos fazer o planejamento do trabalho com a produção de energia renovável”, destacou.
Falcão disse que no caso de energia eólica e energia solar, o centro de formação irá ensinar a construir os painéis, além de planejar com a comunidade a instrumentalização e os passos pedagógicos para que a comunidade aprenda a fazer seu próprio painel solar.
“Obviamente que isso fica em aberto para você aprender os princípios, depois se você quiser construir ou comprar ou fazer contratos com empresas do ramo fica em aberto, mas entender os princípios para consumir o máximo de energia gastando o mínimo necessário, em questões financeiras”, afirmou.
Resgatar as danças locais, a ciranda, fazendo o resgate da cultura e da ancestralidade, também será uma das missões do Observatório Ambiental. O coordenador do COEP, também informou que em breve a pedido da própria comunidade será feita a instalação de uma unidade de saúde.
“Será um pequeno posto que a gente vai implantar lá a farmácia viva e já tem dois médicos da comunidade, voluntários e precisam de um espaço físico decente para que as pessoas possam ser atendidas”, confirmou.
Falcão destacou que o Observatório tem a preocupação com a qualidade de vida das mulheres da comunidade. Uma vez sabendo que a comunidade feminina sofre muito, a exemplo de mulheres de pescadores, mulheres agricultoras, catadoras de ostras, catadoras de marisco, e até pescadoras mesmo, o projeto promoverá uma reorientação do ponto de vista feminino, promovendo o entendimento do feminicídio e da violência contra as mulheres. Esse será o trabalho do Observatório Ambiental.