Dia das Mães: 5 mulheres que vão te inspirar a pensar um futuro mais verde
As mulheres se preocupam mais com o meio ambiente e o futuro do planeta. Pelo menos é o que diz uma pesquisa da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que concluiu que, quando o assunto é mudanças climáticas, as mulheres possuem mais consciência ambiental.
Neste Dia das Mães, Ecoa apresenta cinco mulheres mães que não só se preocupam com um mundo mais sustentável, como estão arregaçando as mangas para proteger, cada uma de uma forma diferente, a natureza.
Marina Santa Helena e sua filha
Imagem: Reprodução/Instagram @santahelena
Marina Santa Helena é podcaster, influenciadora, consultora de moda e professora. Uma mulher de mil profissões, como se define, mas que em todas ela tem levantado a bandeira da moda sustentável. Mestre em têxtil e moda pela USP, Marina pesquisa sobre estilo e sustentabilidade, e acredita na importância da informação e de repensar os hábitos de consumo para contribuir com uma transformação na indústria da moda.
“Por que a indústria da moda gera tanta roupa que é depois jogada nos aterros sanitários, nos lixões pelo mundo, se tem gente que não tem o que usar? Se tem tanta roupa disponível no mundo, por que nem todo mundo tem acesso? Isso algo que a gente pode pensar nessa lógica de tentar entender melhor a moda”, diz.
Aline Matulja e sua filha
Imagem: Reprodução/Instagem @alinematulja
Aline Matulja não é só mãe e empreendedora social: é também blogueira, professora, engenheira ambiental, articuladora de uma plataforma online de agricultura e construtora de banheiros para pessoas em vulnerabilidade social. Nascida em 1984, em São Paulo, ela gosta de falar sobre “ecologia profunda e sustentabilidade sem neura” em suas redes sociais e cursos e acredita que, por meio do diálogo não elitista do que significa sustentabilidade, é possível, sim, mudar o mundo.
Quando a gente fala de sustentabilidade, eu acho que tem uma tendência muito grande de elitizar essa discussão. No Brasil, o ativista de sustentabilidade que não começa pelas questões básicas está descolado da realidade.
Aline Matulja, engenheira ambiental e professora
Neidinha Suruí e sua filha
Imagem: Reprodução/Instagram @neidinha_surui
Nascida no Acre, Ivanilde Bandeira Cardozo, mais conhecida como Neidinha Suruí, 62, há 50 anos dedica a vida para defender povos originários e a floresta Amazônica. Fundou a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, organização que desde 1992 atua com o povo indígena Uru-eu-wau-wau em Rondônia. Neidinha é mãe de cinco filhos, entre eles a ativista indígena e ambiental Txai Suruí.
“Continuamos executando os projetos de fortalecimento das associações indígenas, proteção territorial, desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, reflorestamento e distribuição de cestas básicas, kits de higiene, equipamentos e veículos para a melhoria dos roçados voltados à segurança alimentar. Também apoiamos a perfuração de poços artesianos para levar água potável às aldeias”, conta a ambientalista.
Bela Gil e filhos
Imagem: Reprodução/ Instagram @belagil
A cozinheira e apresentadora Bela Gil desde muito nova já se ligava na importância que a alimentação tem em nossas vidas. Cresceu com a vontade de levar para mais gente alternativas saudáveis e sustentáveis, e assim tem feito desde então. Bela diz que, apesar de saber que ter comida no prato hoje é um privilégio, quer poder levar para cada vez mais gente o conhecimento que adquiriu ao longo dos anos — até para ajudar a transformar essa realidade.
“Você pode realmente mudar o mundo através da alimentação por causa da eficácia que a escolha alimentar tem no planeta. Eu enxergo isso como um ato político, porque se quero um alimento orgânico, eu sei que estou investindo na minha saúde, mas também estou protegendo a terra, estou escolhendo não envenenar o solo, estou escolhendo proteger a saúde daquele agricultor, sabe? Estou investindo numa economia mais regional”, diz Bela Gil.
Marina Silva e suas filhas
Imagem: Reprodução/ Instagram @ _marinasilva_
Antes de se tornar ministra do meio ambiente no governo Lula de 2003 a 2008, Marina Silva já possuía um histórico de luta pela natureza. Nascida em um seringal em Rio Branco, no Acre, ela lutou ao lado de Chico Mendes contra a destruição da floresta amazônica e as más condições de trabalho dos seringueiros. Em 2009, enquanto senadora, Marina Silva recebeu um dos mais importantes prêmios internacionais na área ambiental por sua defesa da Amazônia.
