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Conferência dos oceanos tenta impedir declínio da saúde do mar

Conferência dos oceanos tenta impedir declínio da saúde do mar

Evento, que acontece de hoje a sexta-feira em Lisboa, irá discutir soluções para reverter a degradação dos mares, que atingiram os níveis mais quentes e ácidos que se tem registro

Desde a semana passada, Portugal tem sido o centro mundial das discussões sobre a economia do mar. O primeiro marco desses debates foi a realização do Global Innovation Summit, na semana passada, no Estoril Convention Center, a 25 km de Lisboa. O festival reuniu líderes, empresários, investidores e pesquisadores para tentar desenhar um futuro mais sustentável para o planeta.

A partir desta segunda-feira, é a vez de Lisboa, receber o mais importante evento sobre a conservação do ecossistema marinho: a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas 2022. O encontro, que segue até a próxima sexta-feira, é uma realização dos governos de Portugal e do Quênia.

São esperados mais de 7 mil participantes de mais 140 países, além de 38 agências e organizações especializadas. Aguarda-se a presença de pelo menos 16 chefes de Estado, incluindo os de Angola, Colômbia, Líbia, Mônaco e Noruega. Emmanuel Macron, chefe de Estado de França, comparecerá ao encontro, segundo a embaixada francesa.

O governo americano mandou cinco pessoas, entre elas John Kerry, o enviado especial do presidente Joe Biden para o clima, e Monica Medina, responsável pelos Oceanos e Assuntos Ambientais Departamento de Estado. Mas de 100 outros países enviarão ministros – incluindo China, Índia e Brasil.

A conferência será aberta pelos presidentes Marcelo Rebelo de Sousa (Portugal) and Uhuru Kenyatta (Quênia), e também pelo secretário-geral da ONU, António Guterres – que também compareceu a um evento paralelo voltado aos estudantes, o Fórum da Juventude e Inovação, realizado no último domingo (26). Na ocasião, afirmou: “Eu quero pedir desculpas, em nome da minha geração, à sua geração, relativamente ao estado do oceano, ao estado da biodiversidade e ao estado das alterações climáticas”, afirmou.

Alerta vermelho

Durante a conferência, governantes, empresários e cientistas vão discutir as melhores soluções para interromper a rápida degradação dos oceanos. Segundo o relatório Estado do Clima Mundial, da Organização Meteorológica Mundial, em 2021, os oceanos atingiram os níveis mais quentes e mais ácidos de todos os tempos.

Ainda segundo o estudo, as emissões de carbono são as responsáveis pelo aquecimento dos mares, a sua acidificação e a perda de oxigênio, que ameaçam os ecossistemas – e, por consequência, a segurança alimentar, o turismo e a economia mundiais

Entre as nações que mais correm riscos estão as ilhas localizadas no oceano Pacífico, que sofrem com águas ácidas, poluição e subida no nível do mar. Representando algumas dessas ilhas estará presente Surangel Whipps, Presidente de Palau, na Ásia.

Acompanhe em Época NEGÓCIOS a cobertura da Conferência dos Oceanos – e de outros eventos ligados à economia do mar.