Com o crescimento dos veículos elétricos, modelos à combustão vão acabar?
Com o crescimento dos veículos elétricos, modelos à combustão vão acabar?
O mundo da mobilidade está passando por uma revolução poderosa, impulsionada pela ascensão dos veículos elétricos. Essa transição vai principalmente ao encontro das diversas preocupações ambientais. Enquanto os modelos à combustão emitem grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) durante seu funcionamento, os elétricos vão na contramão dos gases poluentes, o que contribui para a mitigação das mudanças climáticas e a redução do efeito estufa.
De acordo com a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), agosto bateu novo recorde mensal de vendas de veículos leves eletrificados no Brasil, com 9.351 emplacamentos – 25% acima do recorde anterior de julho (7.462) e 120% sobre agosto de 2022 (4.249). Ainda em apenas oito meses de 2023, o país emplacou 49.052 eletrificados leves, praticamente o mesmo número de todo o ano anterior (49.245 em 2022), que já tinha sido uma marca histórica. Hoje, o total da frota de eletrificados leves em circulação chegou a 175.491 veículos (janeiro 2012 a agosto 2023).
O que isso significa? Os veículos à combustão estão fadados a desaparecer? Ainda não há uma resposta definitiva para a questão. No entanto, a ascensão de motos e carros elétricos em países que ainda não estão tão preparados para receber a tecnologia de forma maciça, como o Brasil, tende a ser gradual. Inclusive, várias pesquisas já vêm reiterando essa evolução progressiva.
Além disso, montadoras de peso estão se programando para eletrificar 100% a frota até meados da próxima década. No meio disso tudo, a União Europeia determinou recentemente que, a partir de 2035, todos os carros produzidos sejam livres de emissão de CO2. Já em terras brasileiras, o projeto de lei 304/2017, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ainda em tramitação, quer proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 1º de janeiro de 2030. A matéria prevê ainda a proibição da circulação de veículos à combustão a partir de 2040.
Entretanto, ainda é importante considerar os diferentes tipos de veículos. Caminhões e ônibus, por exemplo, podem enfrentar desafios mais significativos para a eletrificação completa devido à energia e infraestrutura necessária para suprir suas demandas.
De qualquer forma, o crescimento dos VEs é inegável e promissor. Portanto, é mais provável que vejamos uma transição gradual no mercado, em que a eletrificação desempenhará um papel crescente e crucial na mobilidade global. A chave para o sucesso é trabalhar os desafios relacionados à infraestrutura e às individualidades da indústria automotiva em todo o mundo. À medida que a tecnologia avança e as preocupações ambientais se intensificam, os veículos elétricos movimentarão o planeta.
*Thiago Freire é sócio-fundador da Boram Eletric Motors
Sobre a Boram
A Boram é a maior empresa de mobilidade elétrica na região norte do país e já acumula números que saltam aos olhos no mercado: conta com oito lojas operando em três estados, cinco motos elétricas no portfólio, 1,2 mil unidades vendidas, R$ 13 milhões de faturamento em 2022 e projeta aumentar a receita em 400% com a abertura do mercado para outras regiões do país, o equivalente a R$ 69 milhões em 2023. O atendimento e o pós-venda de excelência também são marcas registradas da companhia. Para mais informações, acesse: www.boram.com.br ou @boramelectricmotors.
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