Cafeína retarda a progressão do Alzheimer, diz estudo

Doença é caracterizada por problemas de memória, funções executivas e de orientação no tempo e no espaço
Um novo estudo sugere que a cafeína pode ser benéfica para retardar a progressão do Alzheimer em pacientes em estágio inicial. Diferentes estudos epidemiológicos já indicaram que o consumo regular e moderado de cafeína parece retardar o declínio cognitivo relacionado ao envelhecimento e o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
Em um novo estudo, publicado nesta sexta-feira na revista “Brain”, pesquisadores do centro francês de pesquisa Lille Neuroscience e Cognition analisaram os mecanismos que provocam o desenvolvimento da doença, caracterizada por problemas de memória, funções executivas e de orientação no tempo e no espaço.
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A cafeína influencia os receptores situados nos neurônios que favorecem a perda de sinapses. Quando esses receptores aumentam de maneira anormal, isso contribui ao desenvolvimento precoce de problemas de memória em animais que sofrem de Alzheimer.
Em 2016, o mesmo grupo de pesquisa descreveu um dos mecanismos pelos quais a cafeína poderia bloquear esses mesmos receptores em animais.
“Podemos imaginar que, bloqueando esses receptores, cuja atividade é superior em pacientes com Alzheimer, a cafeína poderia prevenir o desenvolvimento de problemas de memória e até mesmo outros sintomas cognitivos e comportamentais”, indicou David Blum, diretor de pesquisa no Inserm (Instituto Francês de Saúde e Pesquisa Médica), um dos autores do estudo.
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