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Cães e gatos sentem mais fome no inverno? Veterinários respondem

Cães e gatos sentem mais fome no inverno? Veterinários respondem

Aumentar a oferta de alimentos sem orientação do veterinário pode fazer mal à saúde dos pets, entenda

Você é do time que come mais no inverno? Sejam com comidas mais pesadas, como feijoada e chocolate quente, ou uma maior frequência das refeições, a estação mais fria do ano é um período em que muita gente acaba ingerindo mais calorias. Mas, se você é tutor, atenção: aqui no Brasil, a dieta dos pets não deve ser alterada.

Talvez você já tenha ouvido falar que, no frio, gastamos mais energia e, portanto, precisamos de mais calorias. No entanto vale lembrar que o inverno brasileiro não é tão rigoroso como em outros lugares do mundo. Em muitas regiões do nosso país, na verdade, praticamente não há diferença de temperatura entre as estações.

No frio intenso, de fato, o gasto energético aumenta, porque o corpo precisa trabalhar mais para manter sua temperatura. Nesses casos, faz sentido que o indivíduo – inclusive os pets – coma mais para realizar as mesmas atividades do verão, por exemplo. Mas, segundo especialistas, isso não se aplica ao Brasil.

“Estamos falando de um inverno não tão rigoroso e, além disso, os animais são criados dentro de casa. Por isso, ficam mais aquecidos e não requerem maior gasto energético para manter a temperatura corporal. Então esse aumento de apetite seria um mito”, explica Rodrigo Capitânio Goldoni, professor de Medicina Veterinária na UniAvan e especialista em Medicina Veterinária do Coletivo.

Se o apetite do pet aumentar, procure um médico-veterinário (Foto: Canva/ CreativeCommons)
Se o apetite do pet aumentar, procure um médico-veterinário (Foto: Canva/ CreativeCommons)

Fabio Alves Teixeira, médico-veterinário que atua com nutrição colunista do Vida de Bicho, diz que, muitas vezes, o que acontece é que o tutor come mais no inverno – por razões culturais, comportamentais ou fisiológicas – e acaba oferecendo mais comida para o pet. Mas isso não quer dizer que o apetite do animal tenha aumentado. Na verdade, essa prática pode oferecer diversos riscos à saúde, inclusive o desenvolvimento de diabetes.

E se o apetite do pet aumentar?

Segundo Rodrigo, é o veterinário quem vai determinar a quantidade que o pet deve comer, levando em consideração a idade, o peso e as atividades realizadas pelo animal.

Por isso, Fabio ressalta que, se o tutor notar alteração no apetite do animal, deve procurar um médico-veterinário imediatamente, pois isso pode ser sinal de alguma doença, como diabetes, insuficiência pancreática, entre outros. Enquanto isso, se precisar aumentar a oferta de comida, o responsável deve optar por alimentos menos calóricos, como aqueles para bichos castrados ou do tipo “light”.