Além de desenvolver bioinseticidas, o PROBIO já atende também a implatanção de biofabricas, avalia o impacto de tecnologias usadas no solo e na água, faz laudo de confirmação taxonômica de parasitoides e teste de efiência agronômica de todos esses resultados. “Cerca de 25 empresas já são associadas ao programa, sendo algumas delas multinacionais” afirma Batista.
“O importante é o manejo integrado das práticas biológicas e químicas, que muitas vezes se complementam. O controle químico nasceu na Segunda Guerra Mundial e é muito importante até hoje, tudo depende da espécie e da população da praga”, conta o presidente do Instituto Biológico.
Vale lembrar que o próprio Instituto nasceu desse tipo de manejo. “Nos anos 1920, a broca de café veio direto da África e assolou os cafezais de São Paulo, maior produtor de café do país até então. Foi aí que os principais estudiosos da época se reuniram e combateram essa praga. O resultado foi tão positivo que resolveram manter e ampliar o Instituto para outras áreas de sanidade”, completa Batista.
Outras iniciativas
Além do PROBIO, o Instituto ainda mantém outras iniciativas de controle biológico. “Temos um trabalho há 5 anos voltado para patologia de insetos —principalmente os broquiadores— que usa fungos, vírus e nematóides do bem através de um controle microbiano,”
Outro projeto importante do Instituto foi o desenvolvimento de uma população de ácaros predadores que reduziu a população dos ácaros rajados, espécie muito resistente que ataca diversas culturas, em 5 vezes. “Depois desse controle caiu para 5 ou 10 ácaros por folha, antes esse número ultrapassava os 100”, diz Batista.
Apesar dos bons resultados que o segmento biológico vem apresentando, ainda há muito trabalho há se fazer. O número de bioinseticidas protocolados no país representa apenas 1% do mercado de inseticidas. Na Europa, por exemplo, a fatia é de 15%.

